Capítulo 2 - "A verdade é que eu nasci para isto"

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Havia se passado 2 semanas e era a hora de eliminar o primeiro nome da lista. Giovanni Armerigo um gangster “old school” que atuava na parte da períferia de Nova York. Jackie sabia que Giovanni buscava uma vez ao mês um caminhão com heróina que vinha direto da Bolívia. Giovanni não confiava muito em todos, por isso gostava de ir pessoalmente buscar seu carregamento. Era a oportunidade perfeita de Jackie atacar. Afinal quem iria empedir qualquer ato no meio daquele “nada” aonde pousava o pequeno Cessna 206 carregado.

   Então Jackie montou uma pequena equipe de 5 homens, todos armados e preparados para atacar. O plano era simples. O Cessna pousaria em uma pequena pista na parte rural da cidade as 8:15 AM. O pequeno caminhão de carga chegaria na pista as 8:25 AM. E o carregamento sairia 8:45 AM da pista. Jackie esperaria entre a pista e a rodovía. O caminhão iria passar exatamente as 8:56 AM, e neste momento seria a hora para atacar. Homens fardados e altamente armados esperavam dentro do carro pela visão do caminhão e não deu outra. Exatamente as 8:56 AM o caminhão passou e o som das AK-47 era ensurdecedor. Os cinco homens de Jackie incluindo ele mesmo, alvejavam o caminhão sem dó algum, na esperança de acertar Giovanni. 

   As balas recocheteavam na lataria do veículo até que o som de tiros sessa. Jackie anda até o caminhão, e não encontra Giovanni.

- Aonde se meteu aquele filho da puta ? – Se perguntou.

   E ao se perguntar ouviu um barulho de rastejo. Inclinou seu corpo para baixo e viu que Giovanni tentando se esconder, fugir da morte. Jackie sem perder tempo o pega pela perna e o arrasta até o meio da estrada de chão batido. O põe de joelhos e mira a arma em sua cabeça.

- Sipprianno te mandou aqui certo ? – Disse Giovanni em um tom severo porem angustiado.

- Ele mesmo, mandou lembranças inclusive. – Disse Jackie.

- E você quem é ? A putinha dele ? Me diz uma coisa, quando você conseguiu essa empreitada, você chupou quantas vezes as bolas dele ? – Disse Giovanni querendo se levantar.

- Engraçado não é mesmo, Armerigo. Você ai no poder, tentando escalar, tentando se tornar o maioral, e ainda tem coragem de insultar o seu executor ? Eu quero sentir você suplicar, quero ver você implorar pela sua vida que nem um cachorro.

  Então Jackie deu um chute tão forte na barriga de Giovanni que o mesmo caiu para trás. E mirando no testículo esquerdo do homem, Jackie atirou. Giovanni gritou, gritou alto. Tão alto quanto o som do tiro naquele imenso horizonte onde eles se encontravam.

- Seu filho da puta, seu traditore, Figlio di puttana. E melhor que você me mate, se você não me mat...

  E então Jackie atirou no testículo direito de Giovanni. E mais um grito de agônia, dor e desespero foi dado. Giovanni estava atirado no chão, quase que inconciênte devido a tanta dor. Mas não se calava.

- Você é um battona, Grazinni, uma bicha que se volta contra a família e depois tenta voltar, tenta recuperar aquilo que perdeu. Mas não vai ser assim, sabe o que Carlo irá fazer contigo depois de você fazer tudo o que ele te pediu ? Ele irá meter uma bala entre os teus olhos pra você aprender a nunca mais se voltar contra a famiglia.

- É, pode ser. Talvez. Mas em quanto isto não acontece, cala esta boca imunda.

   Dois tiros foram disparados na boca de Giovanni Armerigo que acabou morrendo no ato. Rapidamente os quatro homens que acompanhavam Jackie pegaram alguns litros de gasolina no porta-mala do carro em que vieram. Colocaram todos os homens de Armerigo dentro do caminhão. Banharam o veículo carregado de heroina de cadáveres com álcool. Jackie fumava um cigarro em quanto assistia a agilidade dos homens para “organizar a bagunça”. E depois de tudo pronto Jackie lança o resto de seu cigarro em direção ao caminhão. O fogo se alastra rápido, e em poucos minutos o caminhão vira uma imensa bola de fogo no meio daquela estrada. Jackie pega seu telefone e disca um número.

- O trabalho está feito, o primeiro foi levado. – E desliga.

   E com um sorriso esboçado ele para, reflete, e diz para si mesmo.

- A verdade é que eu nasci para isto.

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