26- Not my responsibility

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Durante toda a consulta, a minha mãe não falou comigo, nem ao menos olhou para mim.

Agora ela já sabia que eu queria a guarda da minha irmã, Joseph já tinha aberto o caso com o juiz e eles já tinham enviando uma notificação para meus pais.

A sua raiva era também por eu ter denunciado Duane por maus tratos e agressão. Eu sabia que poderia perder já que minha mãe não falava e continuava negando as coisas que acontecem naquela casa, mas eu estava determinada a conseguir uma prova até o dia do julgamento.

Agora era esperar durante os próximos meses para saber com quem minha irmã realmente ficaria e saber se meu querido pai ia para prisão.

Não vou mentir, a ansiedade está me matando.

Eu sei que é difícil para Susan saber que a filha mais velha está tentando tirar o bebê que nem nasceu ainda dela, mas ela também deveria ver o meu lado, ela deveria entender que a única coisa que eu quero é que minha irmã tenha uma família saudável.

E entre um lar abusivo e um orfanato, Billie e eu éramos a melhor opção.

Depois da consulta com a pediatra, eu a levei até um psicólogo.

Quando a sessão acabou, enquanto Susan andava até o carro eu falei rapidamente com ele, ele me disse que minha não disse uma palavra.

Dirigi até sua casa em silêncio, quando eu puxava assunto ela não respondia e a situação já estava constrangedora para mim.

— Tchau, se cuida — disse, assim que ela abriu a porta do carro — Eu te amo —

— Também — ela respondeu rápido e saiu.

Já era uma coisa.

De longe pude ver Duane, com um sorriso falso acenando para mim.

Acenei de volta, sorrindo com a mesma ironia, e segui meu caminho até o final da rua.

Billie tinha passado o dia todo fora, ela me disse que estava gravando algo mas, não me disse o que era.

Saí do carro e subi as escadas da sua varanda correndo, toquei a campainha e quem me atendeu foi Maggie, que logo me puxou para um abraço.

— Não vi você na festa pós Grammy — ela disse sorrindo, me soltando.

Abaixei o olhar me lembrando da vergonha e do ciúme desnecessário que eu tive.

— Er... Eu também não te vi —

— A Billie está no quarto, chegou agora. Daqui a pouco eu levo um lanchinho pra vocês —

— Obrigada, Mag —

— De nada, querida —

Bati na porta de Billie algumas vezes e entrei logo depois.

Ela estava deitada na cama mexendo no celular, o casaco que ela estava, estava aberto mostrando uma blusa fina e de alça, preta.

Parei no batente da porta por um minuto, admirando a minha namorada.

— Não vai entrar? — ela me olhou por cima do celular e sorriu.

Fui até ela e me sentei em sua frente, Billie se sentou, fazendo com que a blusa ficasse um pouco pra baixo e o decote aumentasse um pouco.

Olhei para seu decote arregalando os olhos e desviei o olhar. Não queria que ela pensasse que eu era uma tarada.

— Pode olhar, Margo. Você me vê com menos que isso diariamente — ela segurou em meu queixo, levantando minha cabeça e me fazendo olhar para seus olhos.

My dear teacher •Billie Eilish• |✅Onde histórias criam vida. Descubra agora