Eu quero matar Henry Hart!
Desde o primeiro beijo que eu tivera com o garoto loiro da noite passada, até o meu orgasmo, tudo o que minha mente imaginava era Henry no seu lugar.
Os lábios entrando em contato com a minha pele, seus dedos dentro de mim, as palavras sussurradas…..
Eu estou me sentindo péssima, o garoto não merecia isso. Se ele soubesse que o meu orgasmo foi pensando em outra cara ele ia ficar com muita raiva de mim, imagina só, pensar que está mandando bem, mas no fim da conta a pessoa está imaginando outra pessoa.
Céus eu sou uma péssima pessoa!
A única coisa que está me deixando feliz nesse momento é saber que o meu palpite estava certo, as pessoas estão parecendo zumbis hoje;
os seus cabelos bagunçado, olhos inchados, eu acho que eles pegaram a primeira peça de roupa no tom escuro que encontraram.É tão reconfortante saber que ficar sem beber em uma festa tem os seus benefícios.
Avisto meus melhores amigos sentados numa mesa afastada, quanto mais eu me aproximo mas a vontade de rir vem á tona. Será que eles concordaram em usar moletom preto e óculos escuros combinando?
- Bom dia! – Sento no banquinho que fica de frente para eles.
- Bom dia só se for para você! – Argh … não acredito que eu vou ter que aguentar o mal humor do Ray durante as aulas todas.
- Credo! Por que tanto mal humor? – Pergunto mesmo sabendo a resposta “ ressaca”.
- O motivo desse mal humor se chama ressaca. – Henry responde massageando as têmporas.
- Tô de saco cheio da escola por hoje! – Jasper diz.
- Cara, as aulas ainda nem começaram. – Digo indignada.
- Exatamente por isso, se não começaram, vão demorar mais para terminar.
É inevitável não fazer uma careta, eu tenho certeza que o efeito do álcool ainda está correndo nas veias do Jasper porque a sua lógica não faz sentido.
Observo Henry com seus óculos escuros que eu particularmente, achei ridículo, conheço ele o suficiente para saber o motivo dele estar massageando as têmporas sem parar, ele deve ter saído de casa sem tomar café, e convenhamos que o Hart não se sentirá calmo sem cafeína nas suas veias.
- Você quer que eu compre um copo com café? – Pergunto, me esticando por cima da mesa para segurar a sua mão e ignorando o formigamento que estou sentindo.
- Sim, por favor!
- Se você puder comprar uma rosquinha para mim, eu agradeço! – Ray diz juntando as mãos em forma de súplica.
- Eu aceito um copo de café também!
Não me dou o trabalho de responder, mesmo se eu dissesse não, eles saberiam que eu iria trazer de qualquer forma.
- Charlotte, eu posso falar com você? – Encaro Anne, e percebo o nervosismo na sua voz, o que será que ela que dizer?
Anne não é o tipo de garota que gosta de jogar conversa fora, a nossa conversa mais longa foi na aula de arte, nós discutimos sobre qual alternativa estava correta. E eu fico feliz de dizer que a alternativa que eu escolhi estava certa.
- Claro, eu vou comprar café você me acompanha? – Vejo ela assentir com a cabeça e seguir ao meu lado. Percebo o quanto a Anne está tensa e isso só aumenta a minha curiosidade.
- Então, sobre o que queria falar? - Encorajo-a falar.
- Eu queria um favor seu, ou a sua opinião, dar forma que você entender melhor! – Anne se enrola nas palavras, e eu incentivo ela a continuar.

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Beijos e Conflitos
Novela JuvenilUm beijo, mil confusões... Uma amizade, um beijo, mil conflitos. O que fazer quando um simples e inesperado beijo te causa sentimentos por uma pessoa que, ainda por cima, é o seu melhor amigo? Charlotte e Henry decidem se beijar. Um ato tão íntimo...