3° Amante por uma noite

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Saímos do lago, peço para um dos caseiros molhar por gentileza as flores da caminhonete para mim(antes de eles encerrarem seus serviços por hoje) e fomos até o meu avô que estava sentado em uma poltrona grande na cor cinza escuro, lendo um livro. Eu não estava feliz apesar de tudo. Mas vocês já sabem. Bato na porta

Manuella : licença vô. Tem uma pessoa que quer te conhecer. Posso pedir pra entrar? - peço um tanto incomodada. Eu não sabia qual ia ser a reação do meu avô. Ele era muito diferente da minha mãe e a minha avó e acho que isso machucava ele
Anttonio : claro - diz sem me olhar e eu e o nick entramos
Nicolas : prazer senhor Anttonio - diz indo até ele e o estende a mão. Meu avô o olha por cima dos olhos curioso. Eu fecho a porta
Anttonio : prazer é todo meu. O que faz aqui? - aposta perguntar e engulo em seco. Logo vou até eles após dar uns passos
Nicolas : sua neta é especial pra mim. Eu precisava vim ver ela - e entrelaça meus dedos com os seus. Meu avô me olha e me encolho
Anttonio : pensei que tivesse dito que queria ficar sozinha - diz um tanto irritado
Manuella : sim vô. É verdade, mas foi ele que me procurou - dou uma desculpa, que era bem verdadeira. Minha vontade era ao mesmo tempo essa e outra
Anttonio : vai passar muito tempo aqui na fazenda? - pergunta para ele me ignorando
Nicolas : não. Meu trabalho é no Brasil - diz com gentileza e meu vô o estuda com os olhos. Eu gostava do jeito que ele olhava para as pessoas. Ele parecia estudá-las para depois conversar
Anttonio : Brasil? Você tem traços franceses - diz por fim. como ele sabe? 😨 Fico um tanto impressionada com isso
Nicolas : meus avós são da França - explica e meu vô faz um leve gesto com a cabeça como de quem havia entendido
Anttonio : se me dêem licença eu gostaria de ler agora - diz um tanto indelicado e eu iria respeitar seu espaço. Eu que estava incomodando 
Manuella : tabom vô - e saimos da biblioteca : ele não gosta de ficar perto das pessoas. - digo ao fechar a porta : Quero dizer... Ele gosta de ficar sozinho. Só tem empregados porque a fazenda é grande e ele já está de idade pra fazer tudo sozinho - explico o jeito meio bruto do meu avô para o nick enquanto caminhávamos
Nicolas : agora entendi a quem você puxou - rimos : ele não gostou bem da minha presença - comenta
Manuella : ele não se importa. Contanto que não incomode ele - admito o que um dia minha mãe havia me contado
Nicolas : certo - diz com as mãos nos bolsos olhando para o chão enquanto caminhávamos pelo enorme corredor de piso de madeira lustrado. Tinham vários quadros enormes na parede e algumas mesas com vasos carissímos pelo corredor como decoração
Manuella : quer jantar? - pergunto tentando livrar o clima ruim que meu avô meio que provocou, mas eu não o julgo
Nicolas : comidas caipiras? - sugere e sorrio
Manuella : se quiser
Nicolas : quero sim. Tô com um pouquinho de fome - sorri e concordo com a cabeça
Manuella : amanhã eu te apresento a fazenda - digo por fim. Já ia dar 19:00h imagino eu e ficar em uma fazenda onde não estou acostumada não era de muita confiança. Tinham cachorros bravos que ficavam soltos depois das 20:00h
Nicolas : você trouxe roupas pra cá ou nem deu tempo? - aposta perguntar e fico confusa com a pergunta aleatória. Eu estava com essa roupa, menos os acessórios:

 Eu estava com essa roupa, menos os acessórios:

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O meu Silêncio - Sonho de criança(6) ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora