47° Nasci para negócios?

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Continuação...

Carolina : grávidas não podem se estressar mamãe - sorrio e ela solta meu braço bruscamente : agora se me der licença eu tenho um celular pra furtar pra um tal de Filipe. Conhece? - respondo sua pergunta com irônia massageando meu braço cujo ela havia apertado
Evelin : Jesus! Como ele brinca com fogo! Tabom vai lá. Se divirta ladrazinha de quinta - diz com suposta raiva e sorrio forçado. Vou até o Nicolas e as irmãs dele. No caminho peguei uma taça com suco de uva. 😏 Eu não ia furtar o celular dele, não depois que vi o garçom servindo suco. Por acaso sou besta? Sei que se o traficante fizer alguma coisa com aquela loira o Nicolas se mata e eu não vou perder meu Nicolas!
Carolina : licencinha... - digo me aproximando da família : Nicolas, posso? - pergunto para ele segurando a cadeira
Nicolas : pode o quê? - pergunta impaciente. Sorrio e me sento ao lado dele que bufa. Suas irmãs estavam abraçadas vendo alguma coisa no celular da Laurinha. Jogo meu suco no celular que estava na mesa fingindo que escorregou da minha mão enquanto eu me sentava. Eles arregalam os olhos e sinto uma tremenda satisfação. Tudo bem rápido
Emanuelle : meu celular!!! - para a minha surpresa é a modelo quem diz
Nicolas : sabia que ela tava aprontando algo. - diz revoltado : O que foi? - me olha : O alvo era o meu? - ele tira o celular do bolso e arregalo meus olhos que burra eu fui!!! 😤
Laura : Carolina porque você não se interna no hospício fofa? Não vê que o Nicolas nunca vai ser seu? - pergunta inconformada e fico sem reação
Carolina : eu não sabia... - digo paralisada olhando para o iphone da menina que para o meu azar custa uma fortuna
Nicolas : pois bem. Agora sabe. Trate de dar um celular novo para a minha irmã se não quiser ser presa - o vejo guardar seu aparelho no bolso da calça
Carolina : mas Nicolas...
Nicolas : Carolina cala a boca! Deixa de ser doente garota. Vai se internar! - exclama exaltado e se levanta transtornado indo em direção a Evelin. Eu não sabia o que fazer
Emanuelle : o que meu irmão falou está de pé. Ou você me dá outro ou eu faço um boletim na polícia. Que espécie de ser humano é você? Meu irmão deveria ir atrás na justiça daquela permissão de ter que ver você só a uns 10 metros de distância dele no mínimo. Meu celular é um instrumento de trabalho! Agora como eu vou trabalhar? - pergunta inconformada de maneira escandalosa 🙄
Laura : garota louca. Não posso nem mostrar fotos minha de infância em um clima agradável de irmãos que vem uma estraga prazer - comenta com desprezo e ergo a sobrancelha para ela
Carolina : eu já falei que foi sem querer - digo revoltada e ela continua
Laura : meu irmão estava sorrindo até ver você se sentar na nossa mesa. Carolina vai embora. Você não pertence a nossa família. Já pertenceu um dia, mas não se pode fazer do passado futuro outra vez então vai embora! - ordena como se a festa fosse dela
Emanuelle : agora como eu vou falar com meu assessor sobre minha viagem no sábado? - diz completamente inconformada olhando para o celular e me olha : VAI EMBORA CAROLINA! - manda e com os olhos arregalados o faço. quanto exagero 😒 Olho para o Nicolas que olhava para a mesa das ratinhas dele inconformado, mas assim que me vê olhando para ele, se volta para a Evelin. Bufo de raiva e vou embora da festa. Outro dia dou a droga do dinheiro pra Evelin para ela dar a esse idiota do Nicolas. Bando de sem noções 😒

...

Manuella narrando_
Hoje é quinta e estou na reunião. Uma coisa que vocês precisam saber é que o Richard está nela e não para de me olhar. 😓 Eu não sei se pergunto ou não, se ele disse ou não disse para a namorada dele sobre a tal surpresa do nick para mim em Miami, mas está claro pra mim que ele contou. Afinal... Ele não estava em Londres?

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Hugo : meu plano para a concessionária o ano que vem é de 21% da renda mensal ser completamente focada em doações de caridade, vendo que só doamos 5% do lucro mensal - meu pai esclarecia sua proposta olhando para todos conforme segurava uma caneta. O relógio caro a mostra
Paulo : é muita coisa. Tanto para a economia da empresa, tanto para a sua também não é Hugo? - olha para o meu pai. Ele estava falando conforme analisava os dados de sua pasta
Hugo : como eu disse isso é meu plano para ano que vem. Não disse a data. E doar uma quantia assim seria bom para a imagem da empresa - tenta convencer os assessores e o sócio.(Richard) Eu e o Richard somos sócios desse lugar
Richard : concordo com o Hugo - diz após analisar a pasta
Hugo : conversei durante muito tempo com o gerente de finanças da concessionária e ele disse que estava de acordo. Que não iria abalar a economia - completa
Paulo : certo. E onde está ele agora? - olha para os lados irritado atraindo meu olhar meus pais tem que lhe dar sempre com esse tipo de coisa? Que cara chato 🤨
Cintia : estou vendo o plano de negócios e ele é realmente bom. No começo pode deixar a concessionária apertada, mas depois com a fama de ter a concessionária doando uma porcentagem assim para instituições carentes, a economia pode dobrar - concordo com a cabeça sem perceber. Eu não discordava dela. O projeto pelo que estou vendo é bom apesar de eu não entender sobre coisas da empresa. Mas agora eu entendi o porque do meu pai ter me chamado para essa reunião em especifico. Eu me importo com as pessoas
Richard : por isso que eu disse que estava de acordo - comenta
Paulo : você é engenheiro, não trabalha com contabilidade e finanças - diz com firmeza
Richard : engano seu. Engenharia vai muito além de checar a estrutura de um terreno. Tem que ser muito bom em matemática. Ou você acha que o prédio que estamos não foi todo calculado por um engenheiro? - aposta perguntar e contenho o riso. Eu estava focada na pasta. Não estava olhando para eles. Só havia eu e a Cintia de mulher na sala
Hugo : Richard por favor... - pede
Richard : só estou dizendo que eu e a Cintia estamos de acordo com a porcentagem para o ano que vem. E acho que sua filha também - afirma. Todos me olham e sinto uma tremenda vontade de me encolher. Acho que ele viu quando eu balancei a cabeça positivamente
Manuella : sim... Estou. Pelo pouco que vi acho que a empresa consegue lhe dar com despesas mensais, com tudo. Além de doar - dou minha opinião tentando olhar para todos
Cintia : Manuella quando for dar sua opinião seja mais firme. Não diga "eu acho" - aconselha com grosseria
Paulo : exatamente. - olha para o meu pai : Hugo sua filha chegou esses dias, não está totalmente ciente de toda a economia - tenta convencer meu pai do contrário
Hugo : minha filha já trabalhou aqui. Ela sabe como funciona. Bom. Somos quatro contra um. - ele olha rapidamente para a pasta e olha para todos nós : A maioria vence. Então estamos de acordo com uma porcentagem de 21% para o ano que vem? - aposta perguntar e quando eu ia balançar a cabeça, a moça observava a pasta o tempo todo tem que ser firme nas palavras Manuella Nogueira
Cintia : que tal... 15%? - propõe para todos : Antes da concessionária ser vendida para a Jéssica Martins o local doava essa quantia - explica e olho para a pasta. Ela tinha razão
Paulo : engraçado... Acabou de dar sermão na filha do Hugo, mas agora está voltando atrás? - pergunta com sarcasmo e meu pai suspira profundamente
Richard : só acho que na empresa todos temos um cargo. Ela é sócia então vamos tratá-la como sócia e não filha do dono. - diz com firmeza olhando para o assessor : Por mim 21% está bom, mas para todos ficarmos de acordo 15% está de bom tamanho - conclui sua parte e concordo com a cabeça observando os planos na pasta
Hugo : o que acha Manuella? - me pede opinião
Manuella : está bom, mas no ano seguinte eu sugiro que aumente mais 3% e assim por diante até alcançar o patamar de 21%. Concordo com a Cintia. - olho rapidamente para ela : 21% é uma porcentagem generosa de doação para a caridade, mas futuramente isso poderia afetar algo, então melhor irmos com calma. Pular de 5% para 21 é muita coisa - tento ser firme como a moça pediu
Paulo : agora senti firmeza no que ela diz. Praticamente repetiu minhas palavras - sorri
Richard : arrogante - ouço ele murmurar após abaixar o olhar e contenho o riso. Continuo
Manuella : a empresa doava 15% mensalmente e despencou para 5% depois que foi praticamente declarada a falência do senhor Hugo e se manteu nisso até hoje sendo que a economia vem crescendo a cada dia. Não é justo com as instituições que a concessionária ajudava antes de ser vendida a família do Richard, e não é justo com a empresa ser doada uma porcentagem tão alta agora sendo que não sabemos do futuro. O que estou falando é que para não iludirmos ninguém é melhor ir aumentando aos poucos assim como foi com a economia daqui até agora - explico com firmeza e meu pai olha para todos em volta da mesa
Hugo : estamos de acordo? - pergunta por fim e todos concordam com a cabeça. Até o Paulo : declaro por encerrada a reunião com 15% de dedicação a instituições para o ano que vem da economia mensal da empresa - encerra e todos começam a se levantar. Um som de murmúrios é audível pelo local, comigo ignorando tudo. Eu nem sabia o que tinha acabado de fazer 😅

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O meu Silêncio - Sonho de criança(6) ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora