𝐕𝐈.ㅤ▬ㅤfuneral

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Seu garoto não estava dormindo, nem ele. Tony se lembrou vagamente de algo semelhante acontecendo com um de seus funcionários quando eles tiveram um filho. O bebê não dormia a noite toda, nem seus pais. Mas é claro, isso geralmente passava quando a criança tinha um ano ou algo assim... talvez dois. O que raiosTony sabia sobre bebês afinal? Limpando o rosto com a mão e balançando os pés ao lado da cama, ele acenou com a mão para o nada: - Sim, sim, SEXTA. Entendi. Estou indo. - ele murmurou, e o alarme que o acordou foi silenciado.

- Peter mais uma vez me pediu para parar de alertá-lo quando ele acorda angustiado. - a IA disse a ele. Tony ignorou isso, assim como fez nas últimas noites. Tudo começou naquela primeira noite com o pesadelo e depois se estendeu por mais três dias... até o dia do funeral. Domingo. Naquela manhã, às três horas da manhã, ele encontrou o quarto vazio, apesar de SEXTA-FEIRA ter dito a ele que Peter havia acordado angustiado há menos de cinco minutos. Olhando em volta, ele finalmente percebeu que a porta da varanda estava aberta e sentiu seu coração pular na garganta. Não... definitivamente não. Ele sabia que Peter estava chateado. Talvez deprimido... e ele estava fazendo o seu melhor aqui, mas Tony não sabia o que fazer além de sentar com o garoto quando ele acordava de noite, alimentá-lo durante o dia e tentar estar sempre por perto.

Apressando-se até a varanda, Tony congelou quando encontrou Peter empoleirado no parapeito, com os pés pendurados nas laterais: - Peter? - ele perguntou hesitante, não querendo assustá-lo, mas é claro que Peter o ouviu se aproximar.

- Eu pensei que se eu deixasse o meu quarto, ela não poderia te acordar. - ele murmurou.

- Eu disse a ela para me acordar sempre que você acordasse à noite com qualquer tipo de angústia.

- Você não precisa fazer isso - Peter disse a ele, sua voz desanimada. Ele odiava isso. Odiava ouvir seu garoto soar assim. - Você deveria dormir... você é alguém ocupado.

- Eu consigo dormir menos - Tony disse com um encolher de ombros. Peter não respondeu, apenas olhou de volta para as árvores que cercavam o complexo. - Por que você não desce daí?

Peter bufou um pouco, o som o assustando: - Você tem medo que eu pule? - o adolescente perguntou, em um tom estranho... um tom que Tony odiou ouvir. Odiou ouvir seu garoto falar assim. - Eu não acho que uma queda tão pequena possa me matar. - seu coração acelerou, garganta se fechando quando o mais novo olhou para a queda de seis andares.

- Por favor, Pete. Desça. Por favor? - Peter virou-se para olhá-lo, piscando como se estivesse saindo de um transe, depois assentiu, parecendo vagamente envergonhado. Colocando o peso nas mãos, ele girou, levantando os pés sobre a balaustrada com a graça de uma ginasta e pulando de lá. Estendendo a mão, Tony colocou um braço em volta dos ombros, levando-o de volta para dentro.

- Eu não ia pular nem nada... - Peter murmurou, e Tony assentiu, fingindo uma garantia da qual ele não tinha.

- Eu sei.

- Eu não consigo dormir.

- Eu sei amigo - ele apertou seu ombro. - Aqui... deite-se - ele o empurrou em direção à cama, e Peter se arrastou para debaixo das cobertas, afundando no travesseiro. Tony endireitou o cobertor, dando-lhe um tapinha nas costas. - Tente dormir... eu te acordo se você tiver um pesadelo.

- Mas você precisa dormir - Peter balançou a cabeça. - Eu não sou um bebê. Não preciso que você se sente comigo - assim que as palavras saíram de sua boca, ele pareceu envergonhado novamente e falou antes que Tony pudesse abrir a boca. - Me desculpe... eu não quis dizer...

𝐓 𝐇 𝐄   𝐆 𝐔 𝐀 𝐑 𝐃 𝐈 𝐀 𝐍ㅤ▬ㅤirondad.Onde histórias criam vida. Descubra agora