𝐓 𝐇 𝐄 𝐆 𝐔 𝐀 𝐑 𝐃 𝐈 𝐀 𝐍ㅤ▬ㅤirondad.

𝐗𝐗𝐈𝐈.ㅤ▬ㅤrecuperação

Peter estava quente. Gemendo, ele jogou a cabeça para o lado, tentando empurrar o cobertor para longe. - Peter? - alguém perguntou, mas ele estava tão cansado... cansado demais para abrir os olhos ou mesmo se incomodar em tentar descobrir quem estava falando com ele. - Peter? Você pode me ouvir? - sim. Ele podia ouvi-los. Mas ele não queria falar... não queria se esforçar para responder. Ele não achava que poderia fazer sua boca se mexer de qualquer forma, mesmo que quisesse.

- Qual é o problema com ele? - alguém perguntou, e uma mão enorme e quente tocou sua testa. Ugh. Peter não queria nenhuma mão quente nele, mas seria necessário muito esforço para afastá-la, então ele apenas enrugou o nariz e esperou que eles entendessem a mensagem.

- Ele está com febre... não é muito ruim, mas está subindo. Mandei mensagem para o Tony... ele deve estar a caminho - alguém murmurou e ele tentou se afastar novamente. - Vou tentar... - a voz do homem desapareceu, ou talvez ele simplesmente não conseguisse processar as seguintes palavras. - Provavelmente não vai funcionar... seu metabolismo... acordando.

Peter queria argumentar. Ele não estava acordando. Ele já estava acordado... e quente. Alguém pegou sua mão e ele apertou sem pensar, nem mesmo raciocinando no fato de que a mão não reagiu, nem a outra pessoa tentou se afastar. Ela apenas segurou sua mão firme na sua, deixando-o apertá-la por um tempo, até que alguma coisa o cutucou em seu outro braço.

- Peter?

- Hmm? - ele perguntou, ainda sem abrir os olhos. Isso não fazia sentido. Onde ele estava? Seu braço estava doendo... alguém o machucou? Ele mal conseguia raciocinar decentemente.

- Porcaria - a outra pessoa murmurou. Ele conhecia essas pessoas... ele só não conseguia lembrar de seus nomes. Ele sabia que estava seguro. O Sr. Stark não o deixaria com pessoas que ele julgasse serem uma ameaça para Peter. - Está subindo mais...

- Por que ele está com febre? - alguém perguntou... uma voz que ele meio que reconheceu. Ele reconhecia todas elas... seu cérebro só não queria juntar as peças. Essa última pessoa não parecia preocupada, então ele respirou, tentando acalmar seus próprios batimentos cardíacos que zumbiam em seus ouvidos.

- Pode ser uma infecção da bala... fui o mais cuidadoso possível, mas... - a pessoa se afastou e Peter tentou se acostumar com o calor e com o desconforto, afastando-se da mão quente que encontrou sua testa mais uma vez. - É por isso que eu queria tratá-lo em um hospital. - a voz resmungou.

A próxima coisa que Peter sabia, era que uma mão gelada estava em sua testa, e ele respirou aliviado, surpreso com o quão bom aquilo o fez se sentir. Ao seu redor houve silêncio, e ele virou a cabeça e a encostou na mão, sorrindo um pouco para o frio. Aquilo pareceu tão bom... tão reconfortante. Ele relaxou na cama, escorregando de volta ao sono.

Peter estava vagamente consciente das vozes agora. Uma era a mais familiar, uma voz que ele conhecia como as costas de sua própria mão... uma voz que sempre se destacava entre as outras. - O que está acontecendo? O que há de errado?

- A febre dele estava subindo... mais rápido do que deveria. Ele começou a acordar e estava mostrando sinais de desconforto, mas parece estar bem agora...

- E o que você está fazendo? - a voz familiar perguntou, e uma outra mais próxima de Peter respondeu, seu tom entediado. A mão gelada ainda estava em sua testa e ele se perguntou de quem ela era... e por que alguém estava tão gelado? Seja lá qual fosse o motivo, aquilo parecia incrível, e ele esperava que ela continuasse ali.

- Seu filho estava quente. E eu sou gelado. Assim... - ele deve ter feito um gesto ou algo do tipo, e Peter sentiu a mão que segurava a sua passar um polegar sobre os nós nos dedos, o gesto reconfortante carregando Peter ainda mais para dentro de seus sonhos, onde ele imaginou estar com uma mão correndo por seus cabelos e uma voz suave ao seu lado, dizendo-lhe que estava tudo bem. Ele acreditou naquela voz. Essa voz nunca mentia para ele.