𝐓 𝐇 𝐄 𝐆 𝐔 𝐀 𝐑 𝐃 𝐈 𝐀 𝐍ㅤ▬ㅤirondad.

𝐗𝐕𝐈𝐈.ㅤ▬ㅤpeter e pepper

- Tony? - a voz suave tirou Tony de seu sono e fez com que o homem gemesse, rolando na cama e jogando um braço sobre Pepper, que riu alto, uma mão acariciando seu rosto e correndo por seu cabelo. - Tony? - parecia cedo... ou talvez ele tenha ido para a cama tarde. Ele não conseguia se lembrar. Isso normalmente acontecia depois de uma noite de bebedeira, mas ele sabia que não era o caso desta vez. Ele não tinha bebido desde que acolheu Peter. Ele tentou se lembrar da noite anterior... Peter teve um ataque de pânico. Então ele passou o resto da noite com Pepper, que ainda estava tentando acordá-lo.

- Não - ele gemeu, escondendo o rosto em seu pescoço. - Eu ainda quero dormir.

- Mas é hora de levantar - Pepper argumentou, e ele pôde ouvir o sorriso em sua voz. - São quase oito da manhã. Hora do café. - ele gemeu novamente.

- É domingo - ele raciocinou. - Domingo é dia de dormir.

- Para algumas pessoas, é um dia para adorar crenças religiosas - ele grunhiu. - Peter é religioso?

- Mínima ideia - ele admitiu, finalmente abrindo os olhos e sorrindo quando encontrou Pepper inclinada sobre ele, apoiada em um cotovelo. Seu cabelo estava uma bagunça, os olhos semicerrados, ainda cansados. Ele estendeu a mão, acariciando sua bochecha com o polegar. - Você tem alguma reunião hoje?

Ela hesitou: - Não, mas...

- Então estamos dormindo mais. - ele a puxou para baixo, sorrindo quando ela riu, a cabeça apoiada em seu ombro, uma mão subindo para descansar em seu peito bem onde o reator arc ficava.

- E o Peter? Você não quer ver como ele está? - ela perguntou. - Você disse que ele ficou chateado na noite passada. - isso tirou o sorriso de seu rosto e lembrou a ele da noite anterior: sentado na cama com Pepper, ela percorrendo algo em seu StarkPad e ele com o ombro contra o dela. Ela colocou o tablet na mesa e bocejou, a boca aberta para perguntar algo, mas então eles ouviram Peter gritando.

- Vão embora!

Peter não gritaria com outras pessoas. Principalmente as pessoas que estavam hospedadas no Complexo com ele. Saltando da cama, ele encontrou Peter de joelhos, curvado no chão, as mãos sobre as orelhas, lágrimas escorrendo pelo rosto. Bruce estava sentado no chão ao lado dele, as mãos pairando inutilmente sobre o ombro do garoto, e Thor estava paralisado nas proximidades, com a mandíbula apertada, os olhos preocupados. Os dois olharam de volta para Tony, obviamente preocupado com o garoto, e então Tony assumiu o controle, acalmando o adolescente e levando-o para a cama.

Às vezes, Tony se preocupava que o menino nunca superasse essa dor... que ele viveria infeliz e à beira de um ataque de pânico para sempre. Claro, ele sabia que Peter melhoraria. Ele se lembrava do quanto isso doeu nele. Bem, ele se lembrava das histórias que Rhodey lhe contava sobre suas bebedeiras e desmaios, recordando-se de acordar no dia seguinte ao lado de mulheres aleatórias. E ele sabia que Peter estava sofrendo. Mas ele estava lidando muito melhor do que Tony jamais havia feito.

Como Tony poderia ajudá-lo? Como ele deveria tornar tudo isso melhor? Ele deveria arranjar um terapeuta para Peter? Tentar falar mais com ele? Fazer mais coisas com ele? Ele sabia que Peter gostava de trabalhar no laboratório... mas Tony estava ocupado nos últimos dias. Ele não tinha a intenção de ser ausente... ele estava tentando passar mais tempo com o garoto sempre que podia... sempre que Peter queria. Ele fez uma nota mental de tentar passar mais tempo com ele. Encontrar algo para eles fazerem juntos. E então, eventualmente, eles examinariam as coisas de May e discutiriam a adoção e, com sorte, poderiam fazer as duas coisas sem mais ataques de pânico.

- SEXTA-FEIRA? Peter está acordado?

- Sim. Ele está acordado desde as cinco e meia desta manhã. - Tony franziu a testa com isso. Pelo que ele sabia, Peter geralmente não se levantava tão cedo. Bom, pelo menos o garoto tinha dormido um pouco.