𝐓 𝐇 𝐄 𝐆 𝐔 𝐀 𝐑 𝐃 𝐈 𝐀 𝐍ㅤ▬ㅤirondad.

𝐗𝐗𝐈𝐗.ㅤ▬ㅤtime

Havia um armazém. Ou um... edifício. Talvez um aeroporto. Isso mudava constantemente, como os locais em sonhos tantas vezes faziam. De qualquer forma... era um lugar e estava frio, e Peter não conseguia se mover. Ele olhou em volta, o pavor se instalando em seu estômago. Ele não estava necessariamente com medo, mas também não sabia o que estava acontecendo. Ele queria ir para casa. Ele queria estar com Tony. Onde ele estava? Seus pés pareciam enraizados no chão e ele abriu a boca para gritar, para pedir ajuda, mas não conseguiu fazer as palavras saírem.

De repente, houve um movimento. O Homem de Ferro deu um passo para trás, com as mãos para cima enquanto tentava bloquear um escudo que desabou sobre seu rosto. O coração de Peter gaguejou quando seu pai... não... seu guardião... Tony. Quando Tony caiu para trás, tentando colocar as mãos no chão... tentando se levantar. Mas então o Capitão América ergueu o escudo novamente, ajoelhando-se sobre o homem e derrubando-o novamente, batendo no peito de Tony. E então, somente quando o Capitão América se afastou e desapareceu, Peter pôde se mover novamente.

Ele correu para a área aberta e caiu de joelhos ao lado de Tony, as mãos puxando inutilmente o metal. — Não... não... — ele soluçou. — Tony? Por favor... por favor. Tony. Por favor! Pai... por favor! — sua voz ficava cada vez mais alta enquanto ele sacudia o homem no traje, finalmente conseguindo arrancar sua máscara, expondo um rosto pálido e sem sangue, com olhos que não encontravam os dele... que olhava sem vida para o teto. — Não! — sua garganta doeu com a força do grito, e ele puxou com mais força o ombro de Tony, se assustando quando seu próprio corpo começou a cair de repente... até que ele estava no chão, ofegante com a força de sua aterrissagem, um grunhido fugindo dos lábios quando ele bateu em algo.

— Peter! — ele abriu os olhos, mal percebendo as lágrimas enquanto estava atordoado no chão do quarto, ofegante. — Merda! Peter? — alguém se ajoelhou ao lado dele, uma mão em seu braço. — Peter, fale comigo, amigo. — a voz insistiu. Ele ofegou quando alguém colocou uma mão atrás de seu ombro, rolando-o um pouco e dando tapinhas nas costas dele.

Tony. Era Tony. Peter se moveu tão rapidamente que Tony se encolheu, imaginando se ele estava realmente acordado ou se ainda estava naquele sonho terrível. Toda vez que ele fechava os olhos, ele via os olhos sem vida de seu guardião olhando para o teto... morto. Ele estava morto. E o Capitão América o matou. Ele envolveu os braços em volta do torso de Tony, segurando-o pelo que pareceu uma eternidade. Ele estava vivo. Ele estava vivo.

— Você também não... por favor... pai, por favor! — ele soluçou, a cabeça escondida contra o peito do homem, e Tony retribuiu o abraço, esfregando a mão nas costas.

— Tudo bem... ok, Pete. Está tudo bem. Eu estou bem aqui. Está tudo bem. — ele sussurrou.

— Você estava morto... ele te matou. — Peter soluçou, incapaz de parar.

— Eu não estou morto, amigo. Estou bem aqui. Ninguém me matou. Eu estou aqui. — ele estremeceu e Tony esfregou suas costas em círculos. — Você está ferido? — Peter balançou a cabeça. — Tudo bem. Vem cá... vamos tirar você do chão. — ele se levantou, puxando um Peter ainda tremendo com ele, e o garoto seguiu Tony até a sala de estar, agarrando-o como se sua vida dependesse disso até que eles estavam sentados em frente à TV no sofá, Peter segurando sua camisa. — Está tudo bem. Estou aqui, Pete.

— Você também não. Eu não consigo... — parecia que seu peito tinha um peso sobre ele, o coração pesado e dolorido. Ele não podia perder Tony. Não em cima de todo o resto. Ele não seria capaz de sobreviver a isso.

— Eu não vou a lugar nenhum, amigo. — por um longo tempo, Tony apenas o segurou, esfregando suas costas e prometendo repetidamente que não iria embora. Que Peter estava seguro. Que tudo ficaria bem. Mas então, Tony suspirou, as palavras cortando. Peter enrijeceu, com medo de ter irritado o homem, mas isso foi antes de Tony falar. — Este não é um bom momento. — ele disse a alguém, cansado.