Capítulo 1

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Lua

A vida de quem mora na favela não é fácil, porém eu e meus pais temos mais condições que várias pessoas aqui.

Todo valor dado, certo?

Minha mãe sempre doa uma boa quantia para a igreja, que faz doações para pessoas mais necessitadas, e eu sempre ajudo quando precisa na igreja.

Minha mãe acredita que mais graças o senhor irá nos dar, e ela tá certa.

Meu nome é Luana, mais conhecida como Lua.

Moro no alemão desde pequena, cresci na rua, tive uma infância foda.

Eu e meu irmão sempre fomos unidos, e eu tenho uma melhor amiga que nunca me abandonou, a Lívia.

Tá comigo desde sempre, sabe meus medos e meus defeitos, sonhos e objetivos.

Sabe dos problemas que tenho aqui em casa, meu pai e minha mãe brigam sempre, por qualquer coisa.

E como se não bastasse, ele expulsou o Kevin, desde quando ele começou a trabalhar como vapor.

Influência de amigo né, o melhor amigo dele é o dono disso tudo.

Sempre foi o herdeiro.

Mas não vou com a cara dele, muito folgado, e se acha só por que vende dr

Nunca botei fé na caminhada do meu irmão, na ele é feliz com os aliado dele, quem sou eu pra julgar? Eu amo ele, ele é mais pai que meu próprio pai, tá sempre presente, mesmo morando em outra casa.

Silva: NÃO VOU EMBORA, PORRA! OS ENCOMODADOS QUE SE MUDEM.

Ouço o grito do meu pai, já sabendo que ele tava brigando com a mãe, e eu não aguentava mais.

Lena: EU NAO AGUENTO MAIS SILVA, TODO DIA VOCÊ CHEGA BÊBADO, GASTA TUDO COM BEBIDA. E NOSSA FEIRA? OS MATERIAIS DA LUANA?

Pra mim chega, sempre coloco meus fones e deito na cama, ligo no último volume.

Por alguma razão sinto a vontade de tirar um fone do ouvido, e ouço algo que me deixa totalmente gelada.

Arranco eles do meu ouvido imediatamente.

O choro da minha mãe, tentando impedir algo, e ouço um estralo.

O meu pai bateu nela?

Meu coração está gelado, e minhas mãos trêmulas.

Desço imediatamente as escadas, com as pernas totalmente bambas.

Lua: CHEGA! VAI EMBORA DAQUI.

O empurro, e ele cambaleia um pouco se afastando, os olhos dele estão vermelhos e ele parece está mais irritado que o normal.

Lua: Mãe! como a senhora tá? olha pra mim.

Me ajoelho no chão ao lado dela.

Seu rosto está vermelho, e suas lágrimas começam a descer sem parar, coloco a mão em seu rosto e não pude evitar que as minhas não caíssem também.

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