Uma nova ameaça

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Clarice acorda e se prepara para ir para a aula do turno da tarde, mal podia esperar para poder ver Calebe mais uma vez. Assim que o sino tocou, ela foi até a sala dos professores, e lá estava não só Calebe, mas como também o Diretor, professores do turno noturno, e no meio deles estava Éden contando o que havia acontecido com ele na noite passada. E um pouco mais distante havia uma pela mulher de cabelo bem curto e negro brincando com os troféus da sala.

- Se alguém tentar apagar a memória dele, eu arranco a cabeça. – disse, então se virou para a direção da entrada e pôde ver Clarice entrando. - A moça de ontem!

Clarice ficou meio acuada ao ver uma mulher desconhecida apontando para ela.

- Quem é você? – perguntou.

- Você me fez carinho, lembra? – Aproximou-se de Clarice e repetiu o gesto.

Éden correu para impedir que Eva fizesse algo esquisito.

- Clarice, me desculpe por isso. Ela passou muito tempo na outra forma, então não tem muita noção de proximidade. – disse ele, puxando Eva para seu lado.

- Eu sei andar, humano. – Eva se soltou.

Clarice ficou meio confusa, mas logo viu Calebe se divertindo com a situação, e sentiu-se mais confortável.

- Como eu estava dizendo, ele apareceu diante de mim como um lobisomem e tentou me matar, mas a Eva lutou com ele. – Éden contava tentando conter a empolgação e nervosismo.

- Eu devastei ele. – reforçou Eva.

- É, ela fez isso. – Éden ficou meio sem jeito.

- Então, o que você é mocinha? – Perguntou Carlos, um dos professores que estavam na sala.

Enquanto isso, alguns outros professores do turno da tarde tentavam descobrir porque estava sendo proibida a entrada deles na sala dos professores, porém o diretor enviou Elizabeth para cuidar da situação.

- Aquilo que todos vocês deveriam temer, um cão divino. – Eva empurrou ele um pouquinho para trás com o dedo e, por algum motivo ficou encarando a jaqueta preta que Carlos usava.

- Você deveria adestrar sua cadela. – disse ele.

- O quê? – Éden se surpreendeu e cerrou os punhos, mas antes que ele pudesse reagir de alguma forma, Eva tomou a frente.

- Da próxima vez que a sua raça me chamar de cadela, vou exterminar todos vocês. Exatamente como deveríamos ter feito há muito tempo.

- Você sabe que não pode fazer isso, temos um tratado com os cães divinos. Por favor, peço que se acalme. – disse o Diretor do noturno.

- É, cadela. – Carlos insistiu, e tentou empurrá-la com o dedo indicador.

Eva não se moveu nem um centímetro, e então segurou a mão dele com os dedos entrelaçados, e forçou até que os ossos da mão de Carlos se quebrassem. Todos ficaram apenas observando, enquanto ele gritava e se contorcia até ficar de joelhos.

- Foda-se o tratado. Da próxima vez que qualquer um de vocês encostar em mim, vou quebrar bem mais que os ossos da mão. – Eva cerrou o punho, e com a outra mão apontou para todos da sala. Com exceção deles, apontou para Éden, Clarice e Calebe.

- Maldita, vamos exterminar você como exterminamos os vampiros! – Disse um outro professor ao fundo.

- Tem certeza? Que eu saiba, eles ainda estão por aí. – disse Calebe.

Eva que olhava para as próprias mãos como se lembrasse de algo.

- E esse lobisomem, você viu quem era? – perguntou o diretor.

Aqueles que UivamOnde histórias criam vida. Descubra agora