Um passado não tão distante

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Estavam todos reunidos na sala do diretor novamente, e aguardavam a tão chegada de Clarice e Calebe.

- Como passaram o tempo juntos? - Perguntou o diretor para Arthur.

- Tivemos nossos problemas inicialmente, mas até que não foi tão ruim. - disse Arthur. Que agora não olhava com tanto desprezo para Victório.

- E você? - O diretor encaminhou seu olhar ao professor.

- Eu achava que ele era um garoto bagunceiro e preguiçoso, que evitava usar todo o seu talento por medo da derrota, agora eu tenho certeza. No entanto, pude ver como ele é um rapaz brilhante, que vale a pena confiar. Tenho certeza, que no futuro se tornará um grande lobisomem. - Victório lançou um olhar de admiração para Arthur.

3 Dias atrás

- Pai, esse é o professor Victório, vai passar uns dias aqui.

- Nossa, essa educação especial do turno noturno, é bastante especial mesmo. Enviam até os professores para aulas particulares. - Arregalou os olhos de surpresa, e ainda aplaudiu.

- Na verdade, seu filho é uma exceção. Digamos que ele tem um talento que merece atenção especial dos professores, por isso temos que vigiá-lo. - se consertou. - digo, monitorá-lo.

- Quem diria, tá importante mesmo em filho. - deu um tapa nas costas de Arthur, que pareceu não gostar. - Bom, seja bem-vindo, espero que cuide bem do meu filho, e que ele não cause muitos problemas. Depois que perdeu sua mãe...

- Pai!

- Ele não gosta que eu fale muito sobre isso...Bom, eu vou indo. - puxou um cartão do bolso. - Qualquer coisa me ligue, virei imediatamente. - apontou para o filho. -E Arthur, não esqueça de levar a Rebecca na escola.

- Teodoro... - Victório leu o nome no cartão. - Muito gentil o seu pai.

- Só na frente de desconhecidos, na grande maioria das vezes ele é bem patético. Mas admito que ele é um bom pai.

- Claro, afinal, ele criou vocês dois sozinhos.

- Ainda assim, gostaria que ele tivesse mais tempo para a gente. - disse em voz baixa.

Rebecca desce as escadas ainda de pijama e segurando seu coelhinho de pelúcia.

- Cadê o papai? Já foi trabalhar? - coçou os olhos.

Imediatamente Arthur foi em direção a irmã a apanhou no colo.

- Sim, ele já foi. Está com fome?

- Quem é esse homem feio? - estranhou.

Victório ficou estagnado, e não sabia bem como reagir a breve ofensa da menina.

- Essa prepotência deve ser de família. - sussurrou.

Arthur riu.

- Esse homem feio, é da escola do maninho, ele está aqui para impedir que eu me meta em mais encrencas.

- O maninho é encrecreiro?

Arthur ficou desconsertado.

- E como é. - respondeu Victório.

Rebecca virou a atenção para ele.

- Homem feio, marca. - Tentou tocar o rosto de Victório, o fazendo se esquivar rapidamente.

- Não Rebecca, isso é feio! - Repreendeu a irmã. - Me desculpe senhor Victório.

- Tudo bem, não é como se eu me achasse bonito. -Pareceu realmente ofendido pela menina.

Aqueles que UivamOnde histórias criam vida. Descubra agora