Chapter Twenty Five

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Após uma longa semana dolorosa eu cheguei a conclusão que já era hora de voltar para o colégio. James já havia tentado falar comigo de todas as formas possíveis mas a última coisa que eu queria no mundo era ouvir a voz dele. Me levantei da cama vendo o enorme nó que havia se formado em meu cabelo e as olheiras extremamente marcadas que estavam aparentes em meu rosto. Tomei um banho, lavei o cabelo e coloquei uma máscara facial para ver se minha aparência não parecesse tão destruída. Chloe e Amber haviam passado a última noite aqui em casa, me encorajando a voltar para a escola. Quando sai do banheiro, elas já estavam acordadas e pareciam animadas com a minha volta.
— Você acha que realmente está pronta? Não queremos te pressionar. — Chloe disse com uma cara de pena.
— Sim, preciso voltar ao normal... James não pode fazer com que eu repita de ano também. — Falei dando uma risadinha e elas se uniram a mim.
— Vou até o quarto de Tyler ver se ele já acordou. — Chloe disse se levantando rapidamente e saindo pela porta.
— E aí, Maddie... você decidiu se vai ou não na nossa viagem? — Amber perguntou fazendo com que eu me lembrasse da viagem que faríamos até Aspen.
— Não é só no final do mês que vem? — Perguntei indo até o closet para vestir uma roupa qualquer.
— Sim! Mas você tem que entregar a assinatura do seu pai até hoje. — Ela me disse parecendo histérica e eu assenti rindo.
— Tudo bem, quando formos descer para o café eu levo para ele assinar. Acho que o Tyler não entregou também. — Falei acalmando-a e ela assentiu enquanto tirava o pijama e vestia um dos looks que ela trouxe para dormir em casa. 
Depois que terminamos de nos arrumar, descemos as escadas em direção a cozinha e demos de cara com papai e Peter. Papai ficou surpreso e feliz por, finalmente, eu ter tomado coragem para voltar ao colégio. Sinceramente, um dos meus primeiros planos foi voltar para Boston e morar com tia Janet. Voltar a vida que tínhamos não seria nada ruim e pelo menos eu não teria que ver a cara do nojento de James nunca mais! Mas essa possibilidade foi excluída logo quando eu me imaginei longe da minha família e amigos. Tia Janet foi uma peça fundamental para que eu mudasse de ideia também. Apesar dela querer muito que voltássemos a ficar todos juntos, ela sabia que o meu lugar já não era mais lá. Foi até engraçado ver ela xingando o James com nomes que eu nunca ouvi saindo da boca dela antes. Seria cômico, se não fosse trágico. Outra pessoa que não estava nem um pouco feliz era Tyler. Não sei se fica absurdamente evidente, mas ele é super protetor comigo, como um irmão mais velho. Chloe disse que no primeiro dia que ele viu James, Theo e Adam tiveram que segurá-lo para que ele não fosse meter um soco na cara dele. Agora o grupo todo está meio separado. Adam e Theo meio que "escolheram" nosso lado e deram uma leve afastada de James. Obviamente, eles ainda são amigos, mas por conta dessa divisão estão com a relação mais "gelada". Chloe e Amber disseram que nunca mais seriam capazes de olhar para a cara de James sem sentir raiva. Eu imagino que seja difícil para as duas e não queria que fosse desse jeito, do fundo do meu coração. Eles são amigos há anos e viveram sempre juntos. Depois de pensar, pensar e pensar, entreguei os papéis da viagem para o meu pai assinar e depois de assinado, guardei em minha mochila. Tyler e Chloe desceram alguns minutos depois. Tyler já estava conseguindo se virar sozinho com sua perna engessada e não precisava mais de tanta ajuda para fazer as coisas, o que era um grande alívio para ele. Apesar dele ser o maior folgado do mundo e gostar de ter tudo na mão, ele estava achando um saco não poder fazer nada. Eles se juntaram a nós na mesa e começamos a comer nosso café da manhã. Peguei meu material e avisei para Chloe e Tyler que iria indo na frente para o colégio com a Amber. Saímos de minha casa e fomos até seu carro que estava estacionado na frente e Amber dirigiu em direção a escola.
— O que você vai fazer se ver ele? — Ela perguntou quando estávamos quase chegando.
— Não sei, provavelmente iremos precisar improvisar. Não estou com cabeça para pensar nisso e nem consigo imaginar, sério. — Falei deitando a cabeça no encosto do banco.
— Fica calma, vai dar tudo certo. — Ela disse com um olhar sincero, segurando minha mão.

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