WHATEVER - Billie Eilish - HIATO

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Ps. Escolhi essa musica pq, vira e mexe eu me pego cantando ela...

Era manhã, uma manhã fria na Califórnia. O inverno estava chegando, mas nunca que Mia iria imaginar que teria de usar uma roupa mais pesada.

Ela com toda certeza, não estava nos seus melhores dias, mas também não estava nos piores. Ela se levantou e foi em direção do seu closet, pegando uma legging preta normal e um moletom grande, da mesma cor, com alguns detalhes no bolso.

Ela passou o resto do dia anterior, grudado do irmão, desapegou de tudo, apenas ficou abraçada no irmão.

Durante a noite, ela foi para o seu quarto, e fez algo, que ela não fazia a anos. Ela rezou.

A alguns anos ela fez catequese, e talvez esse seja o motivo por não ser mais religiosa. Foram os seus piores dois anos. A catequista era ligeiramente preconceituosa, em todos os sentidos. Mas o principal, ela que ensinou Mia a ser feminista, não por se uma, mas pelo contrario, para provar que mulheres são iguais, ou até melhores que os homens.

Mesmo que Mia não acreditasse, nisso de Deus, o coisas do gênero, ela começou a falar com ele, dentro de sua cabeça.

A princípio acho que estava enlouquecendo, ela estava falando sozinha, o que mais séria? Mas após algumas palavras do subconsciente, ela tomou posse de seus atos e derramou lagrimas.

"Me desculpa se eu pequei, se bem que você deve ter problemas maiores que roubo de canetas... mas eu vim aqui, até você, para pecar. Não deve ser algo comum de se ouvir, principalmente de alguém que não reza, se te xingar, ao mínimo de 5 anos."

Ela deu uma risada em meio as lagrimas, Deus para ela, não era como algo divino, era como um psicólogo, que não te julgasse, so te ouvisse e seria único, como se aquilo que fosse dito, fosse apagado para sempre. Deus era para desabafar.

"Vou tentar não falar mal de você, ou xingar, ou desejar seu mal... mas não prometo nada. Seria errado desejar a morte de um homem?"

Ela não sentia que era errado, ela só não queria viver perto dele.

Antes de sair, ela vestiu uma luva de tule branco, apenas para impedir que alguém notasse a sua mão, ela não queria ouvir as famosas perguntas, ou que os alunos comentassem com paparazzis. Não seria uma matéria muito boa.

Ao entrar na cozinha, ela viu os três irmãos na bancada. O mais velho sentado ao lado da do meio, e a mais nova, em um cadeirão, por mais que ela tivesse idade para se sentar em uma cadeira normal, na bancada, ela ainda era obrigada a se sentar no cadeirão. Eram cadeiras de bar, altas e perigosas.

- Achei que iria faltar hoje, a mamãe deixou. - Disse o irmão quando viu a irmã.

- Eu não quero ficar em casa, eu tenho que sair daqui, e deixar minha mente ocupada.

- Mente vazia, oficina do diabo. - Disse a do meio.

- A mente cheia que é, a mente vazia, é significado de paz... esse é um dito antigo, usado para os trabalhadores, e até mesmo escravos trabalharem mais, para não serem "atingidos" pelo diabo. - Disse Mia se sentado ao lado do irmão. - Onde aprendeu isso?

- O papai costuma dizer... - Ela disse voltando a atenção ao prato de cereal.

- Você deveria voltar para a cama, você parece exausta. - Disse Benjamin. - Você emagreceu muito em três dias...

- Eu vou ficar mais tarde na escola hoje, coisas do Teatro, e a mamãe pediu para eu passar no estúdio essa semana, foi no começo da semana passada, acho que ela não iria gostar muito da ideia de eu ficar perambulando pela cidade, mas eu preciso estar ocupada.