capítulo I - malfoy.

105 11 9
                                    

resumo: draco não admite cochilos em sua aula, pansy odeia adolescentes e harry é um bom professor.

A sala fazia silêncio. Os primeiranistas estavam apreensivos, olhando calados as costas do homem loiro que escrevia calmamente na lousa negra. Após poucos segundos, quem olhasse seria capaz de ver a caligrafia bem desenhada, tornando prazerosa a leitura do seguintes dizeres:

Draco Malfoy – Poções.

— Bom dia. Devo dizer que é bom ver rostos novos, estava ficando de saco cheio dos espinhentos dos outros anos. — brincou, ouvindo as risadas e perambulando pela sala, observando os alunos atentos — É um prazer que estejam aqui e desejo que nossa interação seja a melhor possível. Por isso, então, vou falar as regras básicas para que nossa convivência seja minimamente decente. A primeira regra: — falou, parando atrás de duas lufanas que pareciam aéreas aos seus dizeres, comentando animadas sobre um aluno do segundo ano — Não fiquem de conversinha quando eu estiver falando. Eu odeio falta de educação. Olá, meninas, como se chamam?

As garotas estavam paralisadas, olhando hipnotizadas para o sorriso irônico do professor. A primeira, uma garota loira e gordinha, arregalou os olhos azuis antes de tentar, inconclusivamente, pronunciar uma mínima sílaba:

— Me... Me....

— É um prazer conhecê-la, Me-Me. — olhou feio para o resto da turma ao ouvir as risadas — E sua amiga, como se chama?

A segunda garota era morena e tinha longos cabelos cacheados. Parecia tímida, mas se dispôs a falar, temendo enfrentar o riso constante de vários outros estudantes. Apreensiva, deixou-se confiar no sorriso do professor Malfoy. Ele parecia reconfortante, embora as finas sobrancelhas se movessem num sinal de descontentamento.

— Alice, senhor. Alice Stewart. E essa — começou, acariciando o ombro da garota loira — é minha amiga Melinda.

— Alice, Melinda, espero que tenham entendido as regras sobre conversa. Tenho certeza que qualquer assunto pode esperar. Estamos entendidos?

— S-Sim...

— Ótimo. — falou, sorrindo — Menos dez pontos para a Lufa-Lufa. Agora, senhores, devo lhes mostrar a segunda e mais importante regra... — sorriu, tirando a varinha de dentro do terno — e como lidamos com ela nesta sala de aula.

A passos lentos, rumou até um sonserino que dormia no fim da sala. Parecia preso num sono pesado, incapaz de acordar, nem mesmo com as indiscretas cutucadas que seu colega lhe dava. O garoto tinha a boca aberta e os cabelos bagunçados, respirando profundo e fazendo com que poucos fios da franja longa levantassem com o sopro que não conseguia evitar soltar. Já o garoto ao seu lado, alternava o olhar assustado entre o professor e o colega, fazendo menção de tentar acordá-lo novamente, mas parando quando Malfoy negou com a cabeça, pedindo-o para que não o fizesse.

Levicorpus. — disse calmamente, apontando a varinha para o garoto, a expressão se neutralizando ao ver o corpo levantar.

— E agora, professor? — um aluno perguntou.

Draco revirou os olhos ao perceber que, mesmo a metros do chão, o aluno ainda dormia. Estava de cabeça para baixo, esparramado no ar, e o ronco parecia ter aumentado gradativamente.

— Normalmente esperamos eles acordarem, mas alguns casos definitivamente são mais complicados do que outros. Liberacorpus. — falou, sorrindo ao ouvir o grito fino do aluno que havia, finalmente, acordado. — Aresto Momentum. Bom dia, flor do dia. Espero que saibam que este é o resultado de cochilinhos e dormidas na aula de Poções. Menos dez pontos para a Sonserina. — falou, olhando desgostoso para o aluno que, agora acordado, ainda não parecia ter muita noção de onde estava — Não me faça dizer isso novamente, estamos entendidos?

malfeito, feito • drarryOnde histórias criam vida. Descubra agora