capítulo IV - perpétuo.

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esse capítulo possui uma cena de sexo — não cem porcento explícita, mas possui. caso não se senta confortável lendo, eu deixarei uma nota na linha exata em que a cena acaba. o capítulo também possui menção a um relacionamento abusivo e à maldição da tortura, se você não quiser ler e quiser saber o que aconteceu com o harry e o draco, sinta-se à vontade pra me mandar uma mensagem que eu te contarei. preze pela saúde mental, ok?

(...)

resumo: harry gosta de apelidos carinhosos, narcisa irá para paris e draco ainda ama lucius.

quatorze anos atrás.

— Harry, porra!

Estava abruptamente calor. O sonserino sentia cada centímetro de seu corpo esquentar, sentia-se próximo demais ao que gostaria quando o assunto era se render. Não havia, é claro, como não se render com Harry beijando-o daquela maneira.

Por Mérlin, é claro que não!

Como, em nome de Salazar, Draco Malfoy teria coragem de pedi-lo para parar quando nada no mundo era tão bom como os lábios molhados se arrastando lentamente, provocando-o naquela área, fazendo questão de marcá-lo como um animal? É claro, aquilo poderia apenas ser obra daquele grifinório maldito, exibido, narcisista e que, céus, sabia onde beijá-lo como mais ninguém.

E para Harry, bom, não havia nada melhor do que deixar Malfoy naquele estado. Após o primeiro beijo, havia prometido a si mesmo que calaria a boquinha atrevida e mal-humorada de Malfoy como melhor pudesse, e lá estava: cumprindo sua promessa, honrando os lemas de sua casa — exceto, por é claro, estar se agarrando com o inimigo. Mas não tinha tempo para aquilo, sustentaria a guerra boba de casas quando não estivesse com a boca ocupada.

Uma das melhores coisas era fazê-lo perder a consciência a ponto de, surpreendentemente, chamá-lo por seu próprio nome. Sem o irônico, carregado de malícia Potter, sem aquele maldito sotaque que fazia um simples sobrenome soar como a coisa mais sexy do mundo. Não, é claro que não. Porque não o provocaria, não o deixaria a beira de um de seus — muitos — colapsos nervosos, em troca de nada.

Em troca de não escutar o manhoso, em tom de súplica, como quem praticamente lhe implorava por mais:

— Harry, por favor!

— Não sabia que era educado a esse ponto, Malfoy. — sussurrou contra a tez quente do pescoço pálido, afrouxando o nó da gravata esverdeada e garantindo a si mesmo mais espaço para brincar — Só falta aprender a dizer obrigado, hm?

— Vai se f–

Fora interrompido pela boca de Harry, repentinamente saindo de seu pescoço e lhe dando um beijo afoito. As mãos trêmulas de Draco agarravam o cabelo mal-penteado, praticamente lhe implorando por mais, ignorando os evidentes sinais de seus pulmões que os mandavam parar para que pudessem respirar.

— Você precisa controlar essa sua boca, Malfoy.

— Você parece gostar dela em outros lugares, Potter.

— Acredite em mim, não há jeito melhor de te fazer ficar quieto.

A relação de Harry e Draco era minimamente atípica. É claro, não foi surpresa nenhuma ao vê-los andar de mãos dadas pelo grande salão — Minerva e Severo até mesmo apostaram sobre isso, ignorando as informações que Sibila queria passar e se dispondo a colocar cinco galeões na conta de quem quer que tivesse acertado quando se assumiriam. McGonagall, é claro, ganhou, já que Snape os considerava burros demais para perceberem que todo aquele ódio era um profundo e enjoativo amor, não antes de se formarem, pelo menos.

malfeito, feito • drarryOnde histórias criam vida. Descubra agora