Capítulo 01 - Ana

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VINTE ANOS DEPOIS

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VINTE ANOS DEPOIS

Estaciono o carro e coloco meus óculos escuros assim que coloco meus pés no chão. Nunca pensei em voltar para esse lugar, mas não poderia deixar minha velhinha favorita na mão.

— Aqui é lindo.

Eliott diz me abraçando de lado, apenas concordei e ouvi a voz que a alguns anos me amaldiçoou, me amaldiçoar novamente.

— O que faz aqui? Sua bruxa infeliz.

— Também estou feliz em te ver, mamãe.

Elliot apertou minha cintura e isso apenas fez o meu sorriso aumentar. Ele sabe tudo o que passei, mas também sabe que não vale a pena remexer no passado.

— Ordinária, veio rir da dor que causou a todos?

— Mamãe, deveria esquecer certas coisas. Guardar rancor envelhece. — sussurei a ultima parte, como se fosse um segredo.

Os olhos azuis, antes cheios de vida me encaram sem emoção alguma, Carla Steele virou uma pedra e gosta de espalhar que eu fui a culpada por isso.

— Onde está a minha irmã?

— Vagabunda. Suma daqui. — se aproximou apontando o dedo em meu rosto. — Vadia sem coração, merece morrer em uma fogueira. Bruxa maldita! Morra!

Revirei meus olhos mesmo sabendo que ela não veria, cruzei os braços sobre o peito enquanto ouvia seus xingamentos. Elliot se mantinha calado, apenas apertava minha cintura em alguns momentos, e quando Carla finalmente cansou de me xingar, Elena apareceu no portão com um sorriso bonito no rosto.

Ser expulsa daqui teve suas vantagens: me aproximou da minha irmã e fez com que uma de nós fosse feliz, bom ou quase feliz.

— Quando disse que viria, não acreditei.

— Eu também não acredito que estou aqui. — respondo sendo acolhida em seus braços.

Os anos fizeram bem a ela, os longos cabelos loiros agora estão cortados na altura dos ombros, a pele branca bem hidratada e sem nenhuma ruga aparente e os olhos azuis mantém o mesmo brilho de felicidade. O mesmo que vi na manha que saí daqui, o mesmo que me disse obrigada e um seja feliz.

— Como vai Elliot?

— Bem. Aqui é muito bonito. — respondeu abraçando minha irmã. — E você, como está?

Deixei os dois conversando e caminhei até o capim verde, do outro lado da estrada.

Inspirei com força e fechei os olhos, o ar limpo encheu meus pulmões e uma sensação de nostalgia tomou conta de mim.

— Parece feliz.

— Melhor entrarmos.

Desconversei e olhei para trás. Ele tinha um sorriso debochado no rosto e novamente eu revirei os olhos. Quando ele me estendeu a mão eu sabia que ele estava pensando em uma forma de me fazer falar, e eu sabia que no final do dia cederia a qualquer que fosse essa forma.

Não sei te Esquecer - Parte 1 - (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora