Capítulo 03 - Ana

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Não consegui desviar o olhar do casal a minha frente, e apesar de ter se passado anos eu percebo que ainda não o esqueci

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Não consegui desviar o olhar do casal a minha frente, e apesar de ter se passado anos eu percebo que ainda não o esqueci.

Mas eu deveria ter esquecido, outro deveria ocupar minha mente, não ele.

Ele ajudou a mulher a descer do cavalo e involuntariamente meus olhos varreram seu corpo. Os braços ainda mais musculosos, o cabelo negro estava escondido embaixo de um boné, a calça jeans colada a seu corpo e a camisa xadrez aberta alguns botões, exibindo uma camada fina de pelo no peitoral. Me imaginei tocando-o, mas o pensamento se desfez quando sua mão grande segurou a mão da mulher loira.

Ana...

— Eu estou bem. — respondi sem encarar minha irmã.

Ela ainda carrega a culpa por nunca ter percebido que eu era apaixonada por Christian. Aperto sua mão e vou para perto da minha avó.

— Relaxe, ja passou.

Tento acalmar Elena e ela sorri pequeno. Eu sei que não é culpa dela nunca ter percebido, pois eu sempre agi indiferente e guardei tudo. Ter passado tanto tempo sendo humilhada por Carla teve suas vantagens: eu soube guardar os sentimentos no mais profundo do meu subconsciente.

— Olha se não é a mulher mais bonita ficando mais velha.

Sua voz rouca chegou a meus ouvidos, fazendo meu corpo reagir. Não me atrevi olhar para trás, sem antes colocar meus óculos escuros.

— Como é bom te ver. — Vovó disse beijando suas duas bochechas. — Onde está sua mãe?

— Deve estar vindo com meu pai. — respondeu se afastando.

Vi dar dois passos para trás, até abraçar a mulher loira, meus olhos acompanharam o movimento de sua mão e quando parou na barriga avantajada da mulher, eu entendi tudo.

Eles estavam construindo uma família.

— Como vai Elena? E as crianças?

Dei as costas sem ânimo para ouvir a conversa, fui até dona Candinha e percebi que a idosa não se esqueceu de mim.

— Ah menina bonita. Seu sorriso fez falta por essas bandas.

— Também senti falta da senhora. — respondi me sentando em uma cadeira branca — Principalmente do seu bolo de chocolate.

me visitar e farei com gosto um bolo para você.

— Vai ter que ficar para uma próxima, vou embora hoje a noite. — meu coração apertou no peito ao dizer isso em voz alta.

Parecia tão errado voltar para a vida agitada depois de ter tido uma da melhores noite da minha vida.

— Ah menina, fique. — pediu tocando minha mão. — Fique e se apaixone novamente.

Não sei te Esquecer - Parte 1 - (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora