dez

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eu escrevi esse capítulo inteiro com o meu computador travando a cada cinco minutos e apagando coisas sozinho, então eu espero que vocês gostem, porque agora eu vou ir gritar com uma parede e então tirar um cochilo bem longo )




Varinhas eram muito importantes para bruxos.

Harry, como alguém que tinha vivido por onze anos como um Trouxa, podia dizer sem sombra de dúvidas que não havia nenhum equivalente para eles, nenhum exemplo que Harry pudesse usar para os explicar como era para um bruxo perder a sua varinha, ou ter ela tirada deles, ou não poder a usar por uma série de razões – explicar como era quase como ser separado de uma perna ou um braço, uma parte tão fundamental e intricada do seu corpo que cada movimento depois disso não iria ser o mesmo, não iria ser cerro.

Na guerra, Harry tinha passado um tempo sem a sua varinha, e mesmo enquanto ele usava a de Hermione, mesmo quando ele tinha pegado a de Draco, não tinha sido a mesma coisa. Tinha sido como se houvesse um punho ao redor de seu coração, apertando e apertando e deixando claro que, a qualquer segundo, qualquer movimento errado que Harry fizesse ia ser o suficiente para a tensão aumentar ainda mais, aumentar até o coração dele ser completamente esmagado.

Tocar a sua varinha, não importa quantas vezes você faça isso no dia, sempre vinha com um senso de segurança. De força. Você podia sentir toda a sua magia enquanto passava seus dedos por aquele pedaço tão simples e tão incrível de madeira.

Você podia sentir o núcleo de tudo que te fazia você.

Então fazia sentido – depois de anos separado de algo tão importante, fazia sentido que Draco, mesmo não podendo a usar, não queria soltar a varinha dele nunca, para nada.



Harry teve outro pesadelo, o que era só algo com a qual ele tinha aprendido a lidar depois de acontecer tantas vezes, a não ser que não era exatamente um pesadelo. E também não era como nenhum outro sonho que ele já tinha tido, algo tão bom que era ruim, que era assustador e uma das piores coisas pela qual ele já tinha passado.

Ele estava nos jardins de Hogwarts, de novo, sentado de pernas cruzadas com um livro nos seus joelhos, e ele não podia ler as palavras escritas nas folhas a sua frente, mas não importava, porque antes que ele pudesse realmente pensar no quão estranho isso era, alguém tinha o abraçado pelas costas. Harry se lembrava de Ginny fazendo isso com ele, quando os dois estavam namorando na época de escola, mas esses braços com certeza não eram dela.

"Você sequer sabe ler?" Draco perguntou contra o ouvido dele, sorrindo, e ele estava rindo de Harry, mas ele soava tão suave, tão delicado, não como se fosse uma piada sobre Harry, mas como se fosse uma piada entre ótimos, velhos amigos. O coração de Harry acelerou, e então Draco o soltou, só para ir se sentar do lado dele. "Esses óculos realmente não funcionavam para nada, hã?"

Harry engoliu em seco.

"Eu–"

A gravata de Draco era vermelha e dourada. Como o uniforme da grifinória. Harry não sabia porque isso o fez entrar tanto em pânico, mas fez, porque era errado, Draco era um sonserino e ele deveria ser um sonserino e Harry não queria o ver como mais nada. Ele girou a gravata com um dedo muito longo, seu sorriso se morfando em algo perigoso, quase diabólico.

"Reconheceu alguma coisa?" ele perguntou.

Harry piscou. O mundo ao redor deles balançou, e Draco riu, apoiando a sua cabeça no ombro de Harry e piscando para ele inocentemente, apesar dele ser tudo menos inocente. Ele entrelaçou os dedos dos dois, algo tão inocente e pequeno e que Harry não se lembrava de nunca ter feito com ninguém antes, por alguma razão, e fazia o peito dele doer, fazia tudo dentro de si arde e gritar por mais e–

never seen before,  DRARRY ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora