Anos depois.../ Jungkook /
- Fala comigo, princesa. - Digo baixinho para a pequena menina em meus braços, que mal abre os olhinhos enquanto resmunga agitando as mãos pequenininhas.
- Sabe que ela não pode te responder, não sabe? - Lisa diz enquanto arruma o berço, essa é a hora que a nossa princesa sem nome costuma ficar rabugenta por causa do sono.
Pois é, sem nome. Tivemos nove meses para decidir sobre isso, porém estávamos ocupados demais planejando nossas vidas após a chegada do nosso primeiro bebê. E nas poucas vezes que discutimos sobre isso, chegamos a lugar nenhum.
- Sei, mas vou me certificar de que a primeira palavra dela seja "papai". - Balanço-a de leve em meus braços.
- Isso se eu não ensiná-la a dizer "mamãe" primeiro.
Ignoro Lisa, continuando a conversar com minha pequena princesa. Porém somos interrompidos quando minha esposa a tira dos meus braços e a coloca no berço.
Nós dois a olhamos de cima feito dois babões.
- Precisamos escolher um nome pra ela. - Lalisa diz enquanto arruma a pequena manta para que a nossa bebê fique aquecida.
- Bom, eu já sugeri um nome.
Lisa revira os olhos.
- Minha filha não vai se chamar "amendoinzinho".
- Nossa filha. - Corrijo.
O apelido surgiu ainda nas primeiras semanas de gravidez, quando eu deitava a cabeça no ventre de Lalisa e tentava conversar com nosso filho ou filha, então ela me disse que nosso bebê ainda era apenas um amendoinzinho, parecia perfeito.
Levo a mão até tocar o pequeno rostinho, acariciando a pele macia e frágil. Seus cabelos e olhos são definitivamente meus, mas suas bochechas e lábios são claramente de Lalisa.
- Ela não é linda? - Minha esposa suspira e eu confirmo.
- Ela é.
Vou até Lalisa, a abraçando por trás enquanto continuamos feito dois babões pela pequena sem nome.
- Somos tão sortudos. - Beijo seu rosto, segurando sua mão e levando-a até meus lábios para beijá-la.
- Eu amo tanto vocês duas.Lisa se inclina o rosto para me beijar no queixo, descansando-o em meu peito. Volto a me concentrar na pequena menina no berço, que agora dorme profundamente depois de uma tarde inteira de choro. Lalisa e eu ficamos em silêncio por um tempo, apenas sentindo a traquildade do momento.
Aperto Lisa em meus braços ao me lembrar algo.
- MiCha.
Os olhos de Lisa se abrem, como se ela estivesse voltando de um sono traquilo, a garotinha se remexe no berço.
- O quê? - Lali se vira para mim.
- MiCha. - Eu repito. - Vamos chamá-la de MiCha.
Lisa aperta meus braços cobertos pelo suéter e seus olhos marejam, ela se vira para nossa pequena.
- MiCha. - Ela sussurra, vendo a menininha se remexer novamente. Um sorriso surge em seus lábios e ela se desprende de mim, indo até o berço. - Minha pequena MiCha.
Tomo a posição atrás dela novamente, vendo-a acariciar o rosto da nossa pequenina com lágrimas nos olhos. Sorrio e aperto seus ombros antes de segurar seus quadris, encostando o queixo em seu ombro.
- Nossa pequena MiCha. - Sussurro de volta e beijo seu pescoço.
Um fato um tanto aleatório e curioso é que a probabilidade de ser atingido por uma estrela cadente é um décimo em um bilhão. Sinto que ter Lalisa e a pequena MiCha ao meu lado é bem mais um milagre do que isso.
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Foi uma looonga jornada até aqui, errei e aprendi muito, no início foi algo nada planejado, apenas um tiro no escuro e um jogo de sorte, foi quando comecei a pegar gosto pela coisa e então descobri que não era só um hobbie, mas uma maneira diferente de viver. Fico aliviada por ter descoberto essa forma de sair do mundo real e conhecer pessoas que me apoiassem e que gostassem do meu conteúdo.
Quando comecei a escrever 'The Yellow book girl' haviam poucas pessoas que pudessem me motivar, me ouvir e me dar conselhos e sugestões. Eu tinha uma história para contar, e estou feliz por ter a contado primeiramente a vocês.
Espero um dia voltar com algo novo e diferente.
Imensamente, obrigada.
- M.B
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𝐓𝐡𝐞 𝐆𝐢𝐫𝐥 𝐈𝐧 𝐓𝐡𝐞 𝐏𝐡𝐨𝐭𝐨𝐠𝐫𝐚𝐩𝐡 | 𝐋𝐨𝐧𝐠 𝐅𝐢𝐜
FanfictionSegundo livro da duologia. Ela ainda sente a mesma coisa quando seus olhos se encontram. Ele ainda se sente no dever de cuidar dela. Mas eles precisam de um tempo. Longe um do outro percebem que precisam se controlar. Mas era tarde demais. U...