the cutest thing i've ever seen.

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Billie.

Passo pelos jornalistas e fotógrafos o mais rápido possível, minha única ambição momentânea é chegar em casa e dormir até ao dia de amanhã, mas então lembro-me que chamei minhas amigas para passar no hotel hoje e é como se alguém tivesse jogado um balde de água fria em mim.

O shooting foi lindo e a entrevista foi tranquila, fizeram algumas perguntas pessoais, porém não invasivas e algumas perguntas sobre minha carreira, sobre o álbum novo principalmente.

Desde o When we all fall asleep where do we go? eu venho lançando apenas músicas soltas, sem promessas de novo álbum ou até mesmo um EP. O que respondi foi a mesma coisa de sempre, respondi que estou trabalhando nisso. E realmente estou. Às vezes viajo para LA para gravar no estúdio caseiro do meu irmão, pois se tem algo que eu não abro mão é continuar gravando lá. Tenho algumas músicas prontas, cerca de três gravadas e editadas, prontas para serem lançadas. Mas Finn acha que ainda não é a hora.

- Você vai mesmo hoje? - pergunto fazendo bico. Estamos parados na frente do aeroporto de NY.

- Vou, eu tenho que ir. - meu irmão diz.

- Tudo bem. - continuo com o biquinho.

- Desfaz esse biquinho e tenta não fazer merda, vamos nos encontrar de novo na quarta.

- Na quarta?

- Vamos para Dublin, você tem um Meet&Greet lá. - bato na testa.

Eu sempre me esqueço dos compromissos, ainda bem que tenho esse ruivo para me lembrar das coisas.

- Então até quarta, mano. - abraço meu irmão com força, ele geme de dor e eu rio.

- Até quarta, maninha. - beija o topo da minha cabeça e desce do carro.

Os seguranças dele e do próprio aeroporto fazem a segurança dele até entrar no lugar. Finneas viajará de voo comercial, ele prefere viajar assim de vez em quando, principalmente quando ele está sozinho.

O motorista esperou o meu comando para arrancar com o carro. Nova York é uma cidade linda, apesar dessa agitação diária. Não considero que fiz a melhor escolha ao vir morar em NY sozinha, estou basicamente longe dos meus pais e de Finneas, moro na cobertura de um hotel e quase não tenho amigos de verdade na cidade. Claro que me sinto sozinha às vezes.

Quando chego finalmente em casa, ou melhor, no hotel, encontro-me com Lauren e Jessie no sagão me esperando.
- Eai, garotas! - ambas se levantam.

- Oi Bil. - Reyez me cumprimenta com um beijo na bochecha.

- Oi bebêzinha. - a outra aperta meu nariz. - Vamos subir.

- Eu que tenho que convidar, Jauregui.

- Sua suite é como minha segunda casa. - a folgada, mais conhecida como Lauren Jauregui pisca o olho e chama o elevador.

O caminho até ao meu andar não foi demorada, conversamos sobre amenidades e logo já estávamos em minha cobertura.

- Vou tomar um banho e volto já. - jogo meu casaco no sofá. - Podem pedir alguma coisa pra comer? Vegana pra mim, por favor.

- Vai lá, garota. - Jessie diz e pega o telefone do hotel.

Acho importante frisar que é para pedir comida vegana para mim, às vezes minhas amigas esquecem desse pequeno detalhe. Ou então fingem que esquecem apenas para me provocar. Acho que essa última é a mais provável.

Em meu quarto jogo minhas roupas em qualquer lugar e vou direto para o banheiro. Durante o banho me lembro da noite de ontem e a madrugada de hoje, o que me fez abrir um sorriso de lado enquanto esfregava meu coro cabeludo com cuidado. Estou feliz por ter conhecido alguém como Mia, sei que já disse isso mas sinto como se tivesse conhecido essa garota há muito tempo.

ten thousand hours. | billie eilish. Onde histórias criam vida. Descubra agora