02. Elfos Domesticos

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Era degradante a situação que Hermione se encontrava, jogada em uma cela na casa do inimigo, sem saber se irá viver o próximo minuto, com fome, com frio, era totalmente desumano.
Nesses dois dias que segundo seus cálculos diziam que estava ali ela se perguntava porque Voldemort não tinha aparecido, que não perguntaram sob tortura os segredos da Ordem ou nada do tipo.
Eles apenas a deixavam ali, parecia ser por diversão.

O que ela sinceramente, nem duvidava.

Hermione estava no auge do seu estresse, quando o comensal da morte veio trazer o que eles chamavam de comida que lhe traziam uma vez por dia.
Hermione se encolheu quando ele apontou a varinha para ela e entrou.

__Parada, ou você morre - disse a voz fria.

__E não é isso que vai acontecer?

Ele não respondeu nada.

__Eu posso saber pelo menos o por que eu estou aqui? - ele jogou a vasilha com "comida" para ela e não respondeu  - Eu mereço saber pelo menos o porquê eu vou morrer não acha?

O comensal se irritou, virou  varinha e lhe lançou um feitiço que a deixou desmaiada, provavelmente estupefaça, quando Hermione acordasse ela se perguntaria com certeza como eles sabiam lançar algo sem ser das trevas.

Ela acordou, o que parecia ser meia hora depois, o feitiço foi forte e sua cabeça latejava, havia batido forte a cabeça contra o mármore do banco, ela queria ter morrido, a fome era tanta que a morte seria bem vinda.
Ela olhou para a vasilha a sua frente aquilo que eles chamavam de comida não era nem de longe comestível, se parecia mais com uma vajem.
O que Hermione não entendia, era: Porque diabos eles tantavam à alimentar? Eles queriam deixar ela viva?
Mas porque?
Isso era uma loucura total, e quanto mais ela ansiava por explicações mas ela ficava confusa.

Hermione ia se prestar ao papel humilhante de – tentar – comer aquilo, ela tinha que se manter viva por Gina, e ela ia comer se na hora que levantou o olhar não tivesse visto ele ali.
Parado com o olhar ofuscado mirando secamente ela, ele parecia tentar descobrir algo, ou obter algo enquanto olhava para ela. Hermione jámais tocaria naquela comida na presença de Draco,  então ela se irritou, pegou o recipiente que continha o "alimento " e tacou na grade, com raiva dando um grito.

Mas seu grito continha apenas dor, não ódio, ou qualquer outro sentimento, apenas dor. Ela ficaria com fome até o outro dia, e ela viu antes de se render a humilhação de deixar os olhos marejar as pupilas de Draco dilatar e algo se contrair em sua face, como de ele sentisse, pena?
E foi quando Hermione começou a chorar que ele saiu do local desesperadamente, ela nem tentava entender mais, do que adiantava perder o pingo de sanidade entendendo algo que não era possível.
Hermione se recostou na parede fria e abaixou a cabeça entre as pernas deixando que o desespero
a tomasse por completo caindo no choro, em menos de cinco minutos algo queimou dentro dela, como se ela sentisse o sofrimento de outra pessoa, ela só não sabia de quem nem como isso era possível. Nunca sentiu isso antes.

Ainda perdida entre os soluços seco do choro e a estranha sensação de um sofrimento alheio dentro de seu peito ela escutou um "CRECK" alto e em sua frente se materializou duas criaturinhas pequenas, com orelhas de morcego, olhos muito claros esbugalhados, e os trapos velhos, Hermione deu um pulo de susto, mas vendo de que se tratava ela se sentou aliviada.

__Olá senhorita Granrer - falou o primeiro elfo que parecia ser o macho - Não precisa ter medo de nós, não a faremos mal, não, não.

__ Isso mesmo - disse a outra elfa, essa era uma fêmea - Senhorita Granrer, nós somos elfos do nosso senhor Draco, eu sou Del, ele é Rome.

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