Estávamos deitados ali mesmo, no meio do rinque, sem quebrar nosso contato visual, enquanto o único barulho presente era dos patins que raspávamos preguiçosamente contra o gelo, que por incrível que pareça, não trazia nenhum incômodo para meu corpo...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Fiz algumas mudanças importantes na cena pós, percebi que estava um pouco confuso então seria interessante se vocês lessem.
-Então quer dizer que vocês se beijaram.
Confirmo com a cabeça e torço a boca resmungando, sentada no sofá esfrego as mãos nos olhos em pura frustração e mordo o lábio com força, analisando cada um dos acontecimentos repetidamente.
-E você fugiu?
Confirmo mais uma vez com a cabeça e sinto culpa envolver meu estomago com um sentimento frio desagradável, eu não deveria ter fugido assim. Não foi justo com Jack, assim como não é justo tentar culpa-lo por um erro nosso, mas minha reação horrível foi completamente inevitável e só percebi como foi errada quando entrei em casa e encarei meu telefone.
Finn: kory Finn: Onde vc tá?
Alguns minutos depois recebo mais mensagens e meu coração se aperta carregado de culpa. Droga, droga, droga. Mais uma mensagem chega ao meu telefone e suspiro encarando a notificação, completamente ansiosa.
Finn: só me diz se você tá bem.
Respiro fundo e escrevo e reescrevo a mesma mensagem dezenas de vezes, o ponto final e a mensagem sem gíria alguma quer dizer alguma coisa? Sim Cora, quer dizer que ele tá puto com você sua surtada maluca.
Cora: Estou bem, vim pra casa. Desculpe.
Apago a última parte e envio a mensagem, a confirmação de leitura vem logo em seguida e Jack fica online por longos segundos até sumir. Sem resposta, não que eu mereça, não faz o menor sentido querer que ele corra atrás de mim em uma situação como essa. Afundo-me no sofá e suspiro, derrotada.
-Então vocês tipo... se beijaram. - ele repete mais uma vez, falando tão lentamente que parecia assimilar cada palavra como se aprendesse outro idioma. - e você...fugiu.
-Sim, Samuel. - confirmo pela milésima vez durante a hora inteira que passamos sentados ali, impacientemente solto um suspiro pesado e me afundo mais ainda no sofá, rezando para desaparecer e não precisar mais lidar com toda essa bagunça. - Foi exatamente isso.
-E então... por qual motivo você fugiu?
-Eu não sei. - resmungo envergonhada e encolho os ombros, esfregando uma mão na outra. - só consegui pensar nisso na hora, pareceu o único jeito e eu estava tão nervosa...
-Ta brincando? - Sammy me encara exasperado. -consigo pensar em ao menos dezoito maneiras disso ter sido um pouco melhor, eu literalmentecontei e tenho certeza absoluta que existem mais!
Grunhindo, tampo meu rosto com as mãos e me encolho no sofá em posição fetal como o amontoado de agonia e desespero que me tornei durante as últimas horas. -Você definitivamente não está ajudando, Samuel.
