CAPÍTULO 32: MY CANDY

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Pude imaginar meus ouvidos sangrarem com cada palavra que saia de sua boca

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Pude imaginar meus ouvidos sangrarem com cada palavra que saia de sua boca. Meu semblante demonstrou choque, e me atentei com cuidado a cada confissão que veio a seguir. Doía profundamente no meu coração imaginar alguém fazendo mal a minha doce Candy. Como fui babaca ao ponto de desconfiar que havia algo errado e não correr atrás de descobrir e ajudá-la? Ao invés disso, eu a tratei mal e ainda lhe proporcionei terríveis gatilhos. Nunca vou me perdoar por isso. Todas as vezes que brinquei com ela, que lhe provoquei, que lhe insultei, fui agressivo... Ok Adam, não se faça de vítima.

A garota, já vestida, desmoronou à minha frente, não controlando as lágrimas que insistiam em sair de seus olhos com cada lembrança. Enquanto ela fazia o seu relato, só queria abraçá-la, dizer que tudo ficaria bem e que ela poderia contar comigo. Afinal, os meus sentimentos estavam comprometidos demais para largar ela de mão, como normalmente faria com qualquer outra.

Dentre tantas coisas para assimilar, só conseguia pensar em matar o desgraçado que fez isso com ela.

— Quem? — perguntei, bravo, sentindo as veias saltarem do pescoço. Algo dentro de mim fervia de raiva, tinha certeza que quando descobrisse quem fosse, não ia perder por esperar.

— E-eu não me lembro. — Abaixou seu olhar até as mãos que se encontravam no meio de suas pernas.

Percebi que talvez ela se lembre, mas essa seja um informação dolorosa demais para ser repetida em voz alta. Agora não era a hora certa para surtar e Candace já havia se esforçado demais para concluir o relato. Fiz o mínimo que poderia, aceitei sua decisão e ofereci um pouco de conforto com meus braços esticados.

Ela se aproximou de mim e a envolvi como se fosse seu escudo protetor. Eu sei que não posso tirar essa dor, pois a superação depende dela, mas lhe garanti que faria o que estivesse ao meu alcance para protegê-la e fazer ela se sentir inteiramente bem de novo.

— Eu me sinto bem quando estou com você. — Ela falou manhosa, enquanto se aconchegava mais nos meus braços. — Mas por favor água, não vire vinho... Só por agora — pediu, e mesmo não entendendo qual era a lógica dessa analogia, confirmei, rindo e beijei o topo de sua cabeça.

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