CAPÍTULO 17: FOI DADA A LARGADA

24 9 2
                                    


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

As aulas seguintes passaram mais que devagar e, graças a Deus, não foi falado mais nada sobre o episódio na piscina

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

As aulas seguintes passaram mais que devagar e, graças a Deus, não foi falado mais nada sobre o episódio na piscina. Harper tinha um compromisso depois da aula então não poderíamos pegar carona com ela hoje. Nos despedimos rapidamente antes de cada um pegar seu caminho.

— Amiga, por que você não vai como o Sr. James? — Ethan pergunta apreensivo com minha decisão de ir para casa sozinha e a pé.

— De jeito nenhum — fiz uma cara de nojo —, são só uns 20 ou 30 minutos de caminhada, eu vou ficar bem! — afirmei já longe, seguindo meu rumo.

Estava tudo tranquilo durante o trajeto. Com meus earphones tocando uma playlist mara de Sonic Youth, caminhava em passos largos e rápidos para chegar em casa logo. O solo inicial de She's in a Bad Mood foi interrompido com uma sequência de buzinas ensurdecedoras. Virei para trás e percebi que era o Dylan e alguns amigos do time de lacrosse em um carro conversível.

— Hey, Candace, tudo bem? — Ele perguntou gentilmente. — Queres uma carona até em casa? — ofereceu.

— N-não precisa, Dylan, obrigada! — Agradeci, voltando meu tronco para frente, dando continuidade à caminhada.

— Não é legal você estar sozinha na rua. — Ele insiste, fazendo seu amigo acelerar o carro, imitando minha velocidade. — Eu faço questão, entra aí! — insistiu.

— Eu não quero. — disse meio ríspida, me desculpando logo depois. — Eu agradeço a gentileza, Dylan, mas não dá, até mais. — Nunca mais daria confiança para um homem, mesmo aparentando ser tão gentil. E olha que Dylan Mcfield é o cara mais gentil que conheço.

Assim que alcancei certa distância, o carro passa novamente por mim, sendo possível escutar um amigo babaca do Dylan dizer:

— Que pena, gatinha. —Os amigos dele riram, menos Dylan, que não demonstrou divertimento. — Tchau, Gostosa, belas pernas! — disse outro.

O medo se instalou no meu corpo e corri o mais rápido que podia na intenção de fugir. Obviamente eles também prestaram atenção em mim na aula de educação física. Quem não prestou, Candace? Olha seu corpo! — Minha autoestima abalada gritava na tentativa de ser elevada.

Cheguei na porta de casa e pude soltar todo aquele choro que estava preso durante o caminho. Assim que entro de supetão, sou esbarrada por alguém que não tinha enxergado antes. Provavelmente era o Adam, então fui logo soltando os cachorros.

— Até nos cômodos de casa você vai ficar me seguindo e perturbando, é? — disse irritada.

— An? — perguntou, e para a minha tranquilidade, quando olhei para cima, era apenas meu irmão. — O que você disse, maninha? Por que está chorando?

— Ah, nada demais... — disse e limpei as lágrimas do meu rosto, me controlando para que nenhuma solitária escapasse. — Pensei que fosse o imprestável me enchendo de novo — mencionei seu querido amigo.

— Ele continua te incomodando? — Ancorou-se na quina da mesa, escondendo um sorriso bobo.

— É tão óbvio assim? — perguntei, demonstrando uma cara cansada.

— Vocês dois são muito engraçados, como cão e gato — ele riu e me abraçou —, nunca vi piores. Estão sempre se bicando, e como eu me divirto! — Ele diz. — Mas relaxa, está bem? Vou falar para ele pegar um pouco mais leve com você.

— De jeito nenhum — acrescentei —, eu sei me defender. — No momento me veio uma lembrança daquele traumático acontecimento de 2 anos atrás. Se consegui me safar de um abuso, consigo driblar as tiranias do Adam.

— Xingamento não é bem um tipo de autodefesa. — Provocante, a voz que perturba os meus dias, soou atrás de mim.

— O que é? — Saio do abraço de Chris cruzando os meus braços, e digo em tom de deboche. — Acha pouco? Quer mais? — Não acredito que depois de hoje ele ainda tem coragem de dirigir a palavra para mim.

— Mais o que? — retrucou — Cosquinhas vindo de você? — Ele diz fazendo menção ao tapa que a um tempo atrás tinha dado nele. — Desculpa, mas eu não tenho medo, não.

Começamos a discutir pela trigésima vez só nesse dia, e o Chris ficava entre a gente, impedindo que eu voasse para cima do garoto.

— Você não me conhece, Adam James. Não sabe do que sou capaz. — O ameacei.

— Pega leve, Candis. — Christopher não parava de rir.

— Claro que conheço. Quer ver? — Ele soltou o seu casaco no chão e começou a pontuar meus supostos defeitos em seu dedo — Mandona, irritadinha, problemática, ciumenta, criança, sem paciência, chata, ignorante... — o interrompi.

— Tem certeza de que você está falando de mim e não de você? – Levantei uma sobrancelha tornando o meu olhar mais irônico impossível.

— Careta... — Ele me ignora e continua a pontuar.

— Chris, olha isso! Você está vendo o que ele está fazendo? Não vai fazer nada? — questionei.

— Você não disse que sabia se defender, maninha? — debochou, entrando na onda de Adam.

Arg!

Os dois caíram na gargalhada enquanto eu os olhava muito brava.

— Se é assim, ok. Adam, você não perde por esperar. Se é guerra que você quer, guerra você terá. E Christopher Williams, se você ficar dando corda, sobrará para você também! — ameacei os dois.

— Ok, não está mais aqui quem falou! — Levantou as mãos em sinal de rendição.

Com o recado dado, me viro para não precisar mais olhar na cara deles, que pelo o que conheço das peças, deveriam estar se segurando para não rirem. Entretanto nem confirmei essa teoria, apenas juntei minha mochila do chão e subi para tomar um banho.

Não estou acreditando nisso, até o meu irmão entrou nessa... Mas quando eu disse que eles não perdiam por esperar, estava falando sério. Preciso fazer alguma coisa para me vingar! Tento pensar em algumas coisas, mas nada a mais vem na minha cabeça, a não ser planejar alguma pegadinha para fazer com eles.

Pode ser coisa infantil, como eles mesmo disseram? Pode sim. Mas se eles acham isso, foda-se, vou ter que fazer jus ao nome, e fazê-los se arrependerem pelas provocações sem cabimento. Eles que se cuidem. Resolvi começar com uma coisa bem simples, porém que sabia que deixaria Adam irritado. Fui até seu quarto, pé por pé, e cortei os fios de sua guitarra stratocaster sunburst da Tagima.

Foi dada a largada. 

Espero que estejam gostando! 

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Espero que estejam gostando! 

Beijos da Lya :)

BETWEEN USOnde histórias criam vida. Descubra agora