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Samantha caminhou por aquelas portas mais uma vez e, lentamente, fez seu caminho em direção ao elevador. Ela considerou tomar as escadas, apenas para adiar o inevitável, mas não achava que seria capaz de respirar no momento em que chegasse ao vigésimo quinto andar.

Pelo menos era sexta-feira. Ela poderia fazê-lo por mais um dia. Os últimos dias tinham sido cheios de inacreditável tensão sexual, para ela, pelo menos. Ela não achava que Lica tinha pensado sobre seu tempo em sua mesa desde que tinha puxado suas calças para cima. Ela quase nem olhava para Samantha. Ela estava tentando se convencer que isso era uma coisa boa.

Ela deu-se uma lição de moral todo o caminho até o topo do prédio. Ela poderia passar por mais um dia. Elas terminariam os últimos arquivos e, em seguida, Lica mais do que provavelmente iria voltar para a sede, e ela poderia relaxar.

O sino tocou no elevador, o que a fez saltar. A porta abriu e ela saiu como se estivesse na faixa verde, andando seus passos finais para a sala da presidente.

Ela nem sequer se preocupou em ir para seu escritório. Sabia que no segundo em que se sentasse Lica telefonaria exigindo que fosse para seu escritório.

A alça da bolsa escorregou para baixo do ombro e as mãos estavam cheias de café, de modo que ela não podia fazer nada sobre isso. Ela entrou no escritório de Lica e suspirou. É claro que ela estava ali, à sua frente. A mulher de olhos verdes nunca dormia, ou até mesmo chegava dois minutos depois das sete da manhã.

Samantha estava acostumada a ser a primeira no trabalho, mas era impossível com Lica por perto. Não podia chegar mais cedo, desde que tinha que levar seu filho para a escola.

Colocou o copo de café extra para baixo na frente de Lica e, em seguida, tomou seu lugar na frente da muito menor pilha de pastas de pessoal.

"Obrigada", murmurou Lica quando pegou o copo, sem sequer olhar para cima.

Ela só tinha lhe trazido café porque no outro dia, quando tinha chegado com um grande mocachino Carmel, Lica tinha jogado $50 em sua direção e dito para lhe trazer um também, desde que ia parar de qualquer maneira.

Lica não se preocupou em perguntar-lhe se seria inconveniente; não se preocupou em perguntar e ponto. Tinha simplesmente assumido que Samantha faria isso por ela.

Não sendo uma batalha que valesse a pena lutar, ela só pegou o café. Não era como se tivesse que desviar de seu caminho, de qualquer maneira. Além disso, Lica agora estava pagando o dela também, e os incentivos de manhã não eram baratos.

Samantha seriamente viveria só de cafés se pudesse. Ela tinha feito isso por um par de dias e, no final, ela estava tremendo toda. Mas sua casa tinha ficado incrivelmente limpa.

"Nós temos mais um par de entrevistas para fazer hoje, com o último dos funcionários anteriores. Eu quero que você verifique os currículuns que chegaram ao longo da semana e selecione alguns deles. Encontre os melhores candidatos e programe-os para entrevistas na próxima semana. Precisamos obter essas posições preenchidas o mais rapidamente possível", disse Lica quando finalmente olhou para cima.

Infelizmente para ela, quando Lica olhou para cima, Samantha estava ocupada olhando para seu corpo em locais inadequados. Lica arqueou as sobrancelhas e ela não conseguia parar o profundo vermelho que manchava suas bochechas. Samantha se afastou dela, rezando para que ela fingisse que não tinha acontecido.

Ela precisava sair de seu escritório, porque cada vez que olhava para a mesa, se imaginava sentada lá, com Lica entre as coxas. Ela assentiu com a cabeça e depois fingiu estar absorta com o arquivo na frente dela.

•𝕃𝕚𝕞𝕒𝕟𝕥𝕙𝕒• ✓  (REVENGE) ᵍⁱᵖOnde histórias criam vida. Descubra agora