𝐇𝐚𝐫𝐫𝐲 𝐏𝐨𝐭𝐭𝐞𝐫 𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞𝐬

⋙ O medo de um grifano {N.L}

Oi galerinhaaaa! Tudo bem com vocês? Espero que sim :))
Tomei conhecimento que hoje (vamos fingir que não estou postando às 2h da manhã e ainda é dia 30 de julho) é aniversário do Neville, então resolvi postar esse imagine pequenininho que fiz dele. É bem fluffyzinho, espero que gostem ❤️

O medo de um grifano

Neville Longbottom tinha medo de muitas coisas.

Ele gostava de sapos, por exemplo, mas tinha pavor de qualquer outro anfíbio. As serpentes eram, na visão do garoto, as piores. E isso obviamente refletia na sua opinião acerca da casa rival à sua, a Sonserina. Quer dizer, que casa seria boa tendo um animal daqueles como símbolo? E Neville respondia por experiência própria: não era. Malfoy e seus capachos eram a prova viva disso, sempre atormentando o grifano.

Mas havia apenas uma exceção que fazia o Longbottom acreditar que a Sonserina não estava completamente perdida, e seu nome era _____. A garota mais bonita que ele já tinha visto e a sonserina mais gentil também. Por mais que ele não conhecesse muitas pessoas dessa casa pela rivalidade natural, _____ e ele ficaram amigos na sua aula preferida, Herbologia. Ela também tinha destaque na matéria e a profª. Sprout resolveu que era uma boa ideia juntá-los em uma dupla, e assim, Neville começou a conversar com a parceira na sala de aula. Os dois também se cumprimentavam nos corredores e em outras matérias que faziam juntos, mas era apenas em Herbologia que podia a ter como par e aprender mais sobre a menina que o cativava tanto.

A filha dos Rhimes, para a surpresa de Neville, era jogadora de quadribol; mais especificamente uma das batedoras da sonserina. Ele nunca imaginaria que uma menina tão querida como ela seria capaz de agressivamente rebater um balaço para acertar alguém, mas, de novo, ela era uma sonserina, e podia-se esperar tudo deles. Certo?

Certo. Longbottom definitivamente não esperava que ela o chamaria para sair.

— Sa-sair? Eu e você?

— Sim? — A garota arqueou a sobrancelha, como se fosse óbvio. — Temos um passeio em Hogsmeade no final de semana. Por isso queria saber se quer ir comigo. Você sabe, visitar a vila e tudo mais.

O motivo de _____ Rhimes ter entrado para a Sonserina era principalmente aquele: era incrivelmente determinada e dificilmente algo a pararia ou a impediria de conquistar seus objetivos. Ela sabia o quão difícil era ser uma aluna da casa das serpentes e toda a má fama que carregavam, mas não ligava. Era astuta o suficiente para desviar dos maldosos que não gostavam do fato da garota conversar com todos, desde Corvinal até a Grifinória.

— C-claro! — O menino corou, e _____ achou adorável. A verdade era que Neville Longbottom atraía seu olhar fazia muito tempo.

Seu jeitinho desengonçado era cativante aos olhos dela, e se sentia mal todas as vezes que as pessoas da sua casa tiravam sarro dele. "Um grifano deve ter coragem", era o que diziam, "mas você é um medroso".

— Eu... posso perguntar por quê?

— Hã?

— Por que eu, _____? Tenho certeza que tem muitas companhias melhores por aí.

Ela suspirou. Sabia o quanto Neville tinha problemas de autoestima, e por isso raramente acreditava que não era digno. Foram várias as vezes que ele lhe contou que não merecia estar na Grifinória, e que a Lufa-Lufa seria mais ideal. Mas _____ discordava.

— Porque você é incrível, Neville. — Deu um sorriso doce, que com certeza fez o coração do garoto bater mais rápido. — Gosto de estar com você.

— Mesmo que seja para falar de plantas?

— Principalmente para falar de plantas. — Soltou uma risada gostosa. Isso imediatamente acalmou o Longbottom, como um bálsamo instantâneo.

Ele gostava de observá-la. O modo como seu cabelo caía nos ombros feito uma cascata, ou como seus olhos brilhavam na luz do sol, ou o som da sua risada, que o preenchia com êxtase. Para Nev, _____ era a pessoa mais sensacional ali dentro de Hogwarts, mesmo que não fosse uma aluna destaque ou algum tipo de "Escolhida", como seu amigo Potter era reconhecido. Saber que ela o considerava uma boa companhia e o queria junto a si em Hogsmeade o deixava tão feliz que suspeitou poder soltar fogos de artifício das Genialidades Weasley pelos ouvidos.

E ele precisava fazê-la saber. Sentia o sangue grifano ali, parecendo pulsar em suas veias de forma concreta pela primeira vez em anos. Conte a ela, garoto. Conte!

— Gosto de estar com você também! Muito, aliás! — disse. A bruxa enrubesceu dos pés a cabeça, olhando para o chão. Era impressionante como Neville a fazia se sentir uma adolescente boba e apaixonada.

Porque era exatamente isso que os dois eram: adolescentes bobos e apaixonados descobrindo mais desse sentimento extasiante.

— Então isso é um sim? — Torceu os dedos.

— Com certeza. Definitivamente é um sim. Quer dizer, você é tão bonita, e inteligente, e gentil, e... — Ele cobriu a boca quando percebeu que estava falando demais, vendo a Rhimes rir e colocar o rosto nas mãos, tentando esconder.

— Você definitivamente é parte da Grifinória, Neville. Eu nunca conseguiria ter a coragem de ser tão direta assim.

— E-eu...

Estava morrendo de vergonha, mas também sentia o sangue quente. Os antepassados sussurravam parabenizações em seu ouvido, dizendo que ele tinha a devida audácia de um grifano.

Neville Longbottom tinha medo de muitas coisas. Conversar com garotas, expressar seus sentimentos, ser quem ele era... e serpentes, é claro. Sempre serpentes.

Mas era uma ironia do destino que o fato de estar ali, justamente com a sonserina _____, somente o fazia se sentir seguro e querido, como em um porto seguro confortável.

E ficou determinado para melhorar o seu presente e o seu futuro, como um verdadeiro membro da Grifinória.

A partir dali, ele não teria mais medo.