Capítulo 7

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Noite perigosa, suas vozes chamando

Um lampejo de luz antes do amanhecer

Aqui fora, os selvagens estão domando o medo dentro de mim

Estou com medo de chamá-los de amigos e me decepcionar novamente

Seria esta esperança apenas um sonho místico?


Tudo o que eu queria era ser desejada

Nova demais para vagar pelas ruas de Londres, sozinha e assombrada

Nascida em meio ao nada

Pelo menos você tem algo, algo a que se apegar

Vislumbres de cômodos deslumbrantes nos quais eu nunca poderei entrar

E as lembranças se perderam há muito tempo

Mas pelo menos você tem belos fantasmas

(Beautiful Ghosts - Cats)

          No dia seguinte, na escola o clima estava tenso porque Annie havia melhorado e estava grudada no Jackson como jabuticaba na árvore, dava para ver algumas garotas se remoendo de raiva e tristeza

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          No dia seguinte, na escola o clima estava tenso porque Annie havia melhorado e estava grudada no Jackson como jabuticaba na árvore, dava para ver algumas garotas se remoendo de raiva e tristeza. Eu apenas os ignorei, mas pareceu um ato quase difícil, já que eu e Jackson éramos amigos agora, ele sempre ficava fazendo caretas e expressões exageradas de alguém pedindo ajuda em minha direção, o que sempre me fazia sorrir. É... Realmente o popular Jackson Wild não era alguém tão odiável assim.

          Como de costume peguei os livros que ia usar hoje no meu armário. Jackson e Annie passaram perto de mim, Annie me fuzilou com o olhar e Jackson deu uma piscada para mim junto com um leve sorriso e eu acenei sem chamar muito a atenção sentindo um leve sorriso se repuxar nos cantos da minha boca.

          A novidade do dia foi esses dois, todos ficavam os cercando como abelhas em uma flor cheia de pólen, tudo que eu fazia ao ver essa cena era dar risada com as caretas e palhaçadas de Jackson que eram lançadas apenas para mim, assim como as mensagens no celular.

          Jackson fazia tudo isso parecer natural como se já estivesse acostumado com multidões e Annie estava claramente adorando toda a atenção que estava recebendo.

          Entrei na sala, sentei no meu lugar de sempre e abri o livro para dar uma olhada na matéria. Pego um grifa-texto amarelo no meu estojo e comecei a grifar algumas passagens.

           — Certinha! — Jackson me chama e eu reviro os olhos. Ainda não sabia se gostava desse apelido que ele havia inventado ou se o odiava.

          — Oi, cérebro de ervilha. — fecho o livro e olho para ele como se o culpasse por ter me desconcentrado.

          — Vem comigo. — ele me chama estendendo a mão na frente da minha carteira com a palma da mão pra cima.

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