Capítulo 3

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Eu nunca tive muitos amigos enquanto crescia

Então eu aprendi a ficar bem comigo mesma

Comigo mesma, comigo mesma, comigo mesma


E eu vou ficar bem do lado de fora


De qualquer maneira, eu gosto de comer sozinha na escola

Então é por isso que fico aqui

Bem aqui, bem aqui, bem aqui


E eu vou ficar bem do lado de fora


Então eu sento no meu quarto

Depois de horas com a lua

E penso em quem conhece meu nome

Você choraria se eu morresse?

Você lembraria do meu rosto? (Fine On The Outside - Priscilla Ahn)


      Sim, eu tinha razão, o tapa não foi nada

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      Sim, eu tinha razão, o tapa não foi nada...

      Chegando em casa, Annie havia me dado mais dois tapas, um em cada bochecha, a que estava já machucada doía de um jeito terrivelmente doloroso, e vários chutes em minha barriga. E me chamou de coisas tão horríveis que foi quase impossível não segurar as lágrimas que queriam tanto escapar, tanto pela dor em meu corpo quanto pelo meu coração que se contorcia com a falta de esperança de um dia melhor.

      Quando pisei no meu quarto pensando que ia ter um descanso para cuidar dos meus machucados, madame Carmem me chama falando para eu arrumar seu quarto porque havia comprado um conjunto para a cama novo e novas almofadas também. Coloquei uma compressa de gelo correndo em meu rosto dolorido e fui ajeitar o quarto de minha madrasta.

      Depois de ter ajeitado tudo à perfeição, o que não foi pouco, já que ela sempre exagera nas compras. Fui fazer minhas outras tarefas. Tentei ir para meu quarto passar algo nas minhas feridas que agora depois do trabalho árduo a marca roxa quase preta esverdeada em minha barriga doía mais. Porém o que eu encontrei na porta do meu quarto foi pior. Muito pior.

      Outro namorado de Annie. Na verdade um ex que voltará a ser o atual, acho que o garoto que devia ter dado a pulseira de miçanga para ela...

      Ele veio até mim com um sorriso perverso, tentei sair correndo de lá. Não! De novo não! Mas ele era maior, mais rápido e ainda mais forte. Ou eu estava cada vez mais fraca. Ele me agarrou e pegou meu rosto entre suas mãos e me beijou ferozmente. Mesmo quando eu mordi sua língua ele não desistiu. Apenas parou o beijo para apertar ainda mais seu braço em minha cintura. Era como se uma cobra peçonhenta se enroscasse em mim com a intenção de quebrar todos os meus ossos para depois sugar a minha vida.

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