Imagine receber a notícia que o corpo de sua irmã está em pedaços na porta de sua casa e em seguida descobrir que ela foi estuprada 4 vezes por um cara que você não faz noção de quem é? Pois é, Laverne Grace passou por isso. Após o assassinato de su...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
8. Olhe o que você me fez fazer
Stratford, Ontário, Canadá — Maio, 2014 às 09h40 AM
Point Of View Laverne Grace Rampton
Fugir. Essa palavra parece forte demais para a situação. Eu não estou fugindo. Não. Pelo contrário, eu estou me livrando, certo? E como uma garota ambiciosa e um pouco gananciosa, estou indo cuidar dos meus problemas, que bom, agora são muito maiores e eles não são os meus pais. Até porque, mesmo que eu ficasse lá, e ficasse para derramar algumas lágrimas em vê-los sendo carregados por policiais... Os meus problemas se dobrariam e seriam todos voltados para mim e por eu ser filha deles. Ou seja: eu tenho um cartel para derrubar e não tenho tempo para ficar sendo perseguida pelas autoridades americanas apenas porque sou filha de Matthew e Yvanna Rampton.
Bom, isso irá acontecer em algum momento.
Irão ligar os pontos.
Se já não ligaram, né?
Mas agora eu não tenho tempo para resolver isso.
— Aqui está frio. — Digo, enfiando as mãos nos bolsos. — E estamos na primavera, por que está tão frio?
— Estamos no Canadá, Laverne, é lógico que está frio independente da estação. — Fai diz, rindo baixo, descendo do avião. — Não vai sair?
Encaro a pista de voo por alguns segundos, concordando lentamente, respirando fundo e descendo a escada.
— O jatinho ficará aqui para qualquer emergência, então... A conta será cara. — Resmunga, fazendo-me encará-lo com deboche. — Mas, claro, você tem dinheiro para pagar. — Diz, mantendo as palavras presas entre os seus lábios, abrindo um sorriso de lado. — O que foi?
— Nada.
Um carro preto para próximo de nós e umedeço os meus lábios, vendo Fai abrir a porta para mim, tocando minhas costas ao me mandar entrar.
— E agora começa o seu momento de você ser e ter tudo o que você merece por mérito próprio. — Diz, tocando minha perna, olhando-me no fundo dos olhos enquanto o carro se move. — Espero que esteja pronta, porque capaz, eu e você sabemos que...
— Ser capaz e pronta são coisas muito distintas, Khadra... — Sorrio, tocando sua mão, acariciando-a lentamente. — E eu nasci as duas coisas.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
