14. Bad Guy

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14. Garoto ruim

Stratford, Ontário, Canadá — Maio, 2014 às 01h00 AM

Point Of View Laverne Grace Rampton

É um senso de fraqueza. Eu não sei lidar com pressão. Eu sei o que tenho para fazer, em determinado tempo e para algo. Eu já sei, simples. Não gosto e nem consigo lidar com situações em que alguém acha que precisa ficar ditando o que eu já sei. Custa as pessoas entenderem isso de uma vez? Porra, custa as pessoas apenas cuidarem de suas vidas? Não preciso de alguém me avisando, mandando ou me alertando das minhas próprias obrigações. Não preciso, mas, parece que as pessoas custam a entender isso, né? Pelo jeito, sim. Fecho a caneta de ponta grossa e respiro fundo, olhando o mapa aberto na mesa em minha frente. Eu tenho uma ideia... E eu preciso pensar nessa ideia com muita perfeição porque os riscos e erros serão grandes e eu não vou admitir isso. Mas, ao mesmo tempo em que tenho certeza disso, não consigo chegar ao ponto que quero. Está faltando algo. E eu odeio ter esse tipo de sensação.

Ao meu lado, Ryan se mantém em silêncio, analisando todos os riscos feitos no mapa em sua frente.

— Não dá para entender nada. — Afirma, puxando o mapa para suas mãos. — Ficou um lixo, Rampton.

A forma como fala sai menos grosseira do que parece, e um sorriso ainda paira por seus lábios, sendo rapidamente retirado ao ter sido notado. Bato a caneta fechada na mesa e encaro meu copo de uísque vazio. Um rangido baixo vindo da madeira da grande porta do escritório ecoa pelo cômodo. Jaxon Bieber e seu irmão mais velho entram.

— Eu já disse que posso ouvir sobre isso, mas, depois. — Justin afirma. — Estou cheio de coisa, beleza? Podemos falar sobre isso depois para podermos pensarmos em uma solução? — Pacientemente um toque nos ombros de Jaxon foi o suficiente para fazê-lo apenas concordar, suspirando fundo. — Ótimo, temos um acordo?

Jaxon Bieber e suas múltiplas personalidades me assusta, sem dúvidas. Como assim... Ele não vai gritar ou ameaçar, Justin? O encaro por alguns segundos e Justin me analisa, acendendo um cigarro, olhando para Ryan. Inicialmente parece que ele irá soltar um argumento, como se fosse realmente necessário ele causar algum desconforto entre nós. No entanto, apenas um sorriso de canto aparece em seus lábios.

— Que bom ver que vocês dois não se mataram e nem estão gritando um com o outro. — Debocha, aproximando-se e puxando o mapa para mais próximo da ponta da mesa onde está. — O que é isso? Algum tipo de arte abstrata? — Zomba. — Que merda é essa que você fez no mapa, Laverne?

Eu reviro os olhos e bufo, apoiando a mão em cima do mesmo, olhando-o fixamente. Pedi que parasse de ficar me questionando. Isso também é sobre ele, portanto, ele precisa cooperar comigo. A reprovação em meu olhar é o suficiente para que ele não fale mais nada.

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