Onde o assistente social, Jeon Jungkook, recebe uma denúncia de que o adolescente Park Jimin vem sofrendo agressões físicas por parte do seu pai e faz de tudo para salva-lo, inclusive, arriscar sua própria vida.
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O tom azul escuro no céu e a lua eram uma linda visão para os dois jovens deitados na grama daquele enorme jardim. Park observava as inúmeras constelações e comentava como se fossem a oitava maravilha, mas na minha humilde opinião, nada era mais belo que seu rosto sereno e alegre.
Quem diria que eu poderia me sentir assim. Tão apegado a alguém.
Depois que comemos, Kim me pediu para passar a noite aqui no quarto de hóspedes já que amanhã era nosso dia de folga e sinceramente, dormir era a última coisa que eu queria. Compensar o meu erro era minha prioridade e mantê-lo feliz também.
— Porque está sorrindo? — ele se virou para mim e passou a mão em meus fios bagunçados — Lembrou de algo?.
— Mais ou menos — balanço a cabeça e respiro fundo — Eu só estava pensando que, a um tempo atrás, eu estava martelando a cabeça para achar uma solução para te tirar daquele lugar e agora você está aqui.
— Passou rápido, não foi? — ele riu nasalado e voltou a encarar a lua.
— Esse é o meu medo, o tempo — apenas me sentei e comecei a brincar com a grama, as vezes, Jimin aparentava ser o mais velho e eu era apenas a criança assustada — Tudo foi muito rápido, assim como os seus sentimentos, por isso ainda acho que você está confuso.
— Acha que me interessei por você por que me salvou? — ele levantou e se sentou de frente para mim — Eu pareço impulsivo?
— O que? não — nego afobado — Eu só acho que você precisa de um tempo.
E por incrível que pareça, ele sorriu.
— Jeon, eu sei que nossa história parece ter sido narrada em oito capítulos — e a risada foi inevitável, ele quebrava todo o clima tenso que existia entre nós – Mas a quanto tempo real nos conhecemos? a quatro quase cinco meses? Não é muito, eu sei — ele suspirou e segurou minhas mãos — Mas nunca foi questão de tempo e sim a pessoa. Você chegou com aquele sorriso idiota na minha porta e confrontou meu pai e mano, eu achei aquilo tão..
— Sexy? — o interrompi com um sorrisinho.
— Também, mas não era isso que eu ia dizer — ele depositou um leve soco em meu ombro — Eu ia dizer, Heróico. Sua profissão salva vidas de inúmeras crianças e adolescentes em perigo e eu achei aquilo a coisa mais bela, você se dispor a isso e lutar pela felicidade das pessoas foi o que me fez admirar você, e quando você disse que iria me proteger, começou a visitar minha casa e realmente me deixou ser quem eu era — ele abaixou o olhar e sorriu largo deixando sua bochechas fecharem completamente seus lindos olhos — Que eu me apaixonei.
