Nada disso é sua culpa

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Dois meses se passaram desde que comecei a acompanhar o caso do Park e sinceramente não sei como irei prosseguir, não existe provas e o pequeno não declarou atos de agressão por parte do seu genitor, todavia, a imagem do mais novo com uma expressã...

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Dois meses se passaram desde que comecei a acompanhar o caso do Park e sinceramente não sei como irei prosseguir, não existe provas e o pequeno não declarou atos de agressão por parte do seu genitor, todavia, a imagem do mais novo com uma expressão tão triste e seu corpo coberto por moletom em dias tão quentes, não saia da minha cabeça e com certeza algo não estava certo.

Jimin nunca me deixou ver seu corpo por debaixo daqueles panos grossos e nao sou capaz de julgá-lo, seu medo deve ser maior do que a vontade de se livrar daquele homem.

Eu visitava a casa da Família algumas vezes por semana, por mais que não existam evidências concretas, havia uma testemunha e eu não podia deixar que algo acontecesse com aquele garoto. Devido a minha visita frequente, nós acabamos nos aproximando, eu queria conquistar sua confiança, queria passar a idéia de que eu podia protegê-lo.

Ele me contava como foi seu dia na escola, o que mais gostava de comer e posso afirmar com toda certeza de que o conheço com a palma da minha mão,  porém, mesmo com essa amizade tão linda, eu não conseguia arrancar nada dele.

O mais novo acobertava seu pai, mas continuava agindo de forma cautelosa com seu genitor, vivia pisando em ovos e concordava sempre com o mais velho, o mesmo então dizia que era sinal de respeito, mas aquilo não passava de medo, ele temia seu pai, porém, não tinha coragem o suficiente para confessar.

E como aquilo me machucava, eu nem sei explicar o motivo daquilo me afetar tanto.

Na noite anterior, eu havia visitado a casa dos Park e hoje eu passei a tarde toda revisando o caso, lendo e relendo os depoimentos na esperança de ter deixado algo passar despercebido mas foi em vão, quando me dei conta já era tarde da noite e resolvi então deixar o escritório para poder descansar.

Peguei meus pertences e sai do prédio trancando o mesmo, apertei o tecido grosso do meu terno em meu corpo e caminhei em direção ao estacionamento e logo após adentrar o veículo pude ouvir meu celular tocar.

— "Senhor Jeon?" — a voz baixa e fraca do outro lado da linha vez meu corpo inteiro arrepiar.

— Quem é? — perguntei angustiado ligando o carro, nada de bom poderia vir daquela ligação.

— "Sou eu, o Jimin" — sua voz falhou.

— Park, o que houve? — coloco o celular no viva-voz e dou partida saindo do estacionamento escuro, algo me dizia que eu precisava ir até o mais novo.

— "Meu pai, ele..." — o garoto logo foi interrompido por uma voz mais grossa gritando coisas que não pude identificar devido ao sinal ruim da ligação e sem nenhuma explicação a mesma foi encerrada bruscamente.

Maldita boca, Jeon.

Estava confuso, mas não podia me levar pela incerteza de se estava tudo bem ou não, apenas acelero o veículo em direção a casa dos Park e no modo discagem rápida do meu celular, ligo para Namjoon avisando sobre o ocorrido de alguns minutos.

Social Worker • ji + kookOnde histórias criam vida. Descubra agora