Como estranhos

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Bem que eu queria poder pausar o tempo e consertar aquele momento, o sentimento de angústia só aumentava com o passar dos dias, os mesmos que por si só, passaram tão rapidos quanto um relâmpago no céu, desde o momento que as frases mal pensadas de...

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Bem que eu queria poder pausar o tempo e consertar aquele momento, o sentimento de angústia só aumentava com o passar dos dias, os mesmos que por si só, passaram tão rapidos quanto um relâmpago no céu, desde o momento que as frases mal pensadas deslizaram para fora, o garoto não trocava mais que três palavras direcionadas a mim, ele se tornou cauteloso e acanhado e eu tinha certeza que o quebrei.

Não sabia arrumar tamanha besteria, tinha medo de machucá-lo ainda mais, tudo parecia incerto e eu realmente queria me aproximar, queria fazê-lo prometer que essa distância não o roubaria de mim, mas parecia drástico e desesperado.

Seu aniversário estava próximo e a dúvida se deveria ou não comparecer na comemoração estava me corroendo.

E ele estava ali, como todos os dias, sentado em sua pequena mesa reorganizando os papéis, não havia sorriso, piadas, flertes, nada.

— Senhor Jeon, você tem uma reunião sábado as dezessete horas — simples e direto.

— No dia do seu aniversário — aquilo saiu arranhando minha garganta, eu só queria que ele me dissesse que esperaria por mim e que estava tudo bem entre nós, contudo, querer não é poder, afinal.

— Tanto faz, será apenas mais um dia comum — ele deu de ombros.

— Não pode ficar assim comigo para sempre — eu praticamente implorei.

— Não sei a que esta se referindo — ele se levanta — Aliás, eu pedi ao Jin que cancelasse a festa, entao não precisa se preocupar em aparecer.

Se me dissessem a um tempo atrás que palavras machucam mais que um soco, eu apenas iria rir de algo tão estúpido, porém, eu estou sentindo na pele essa dor.

Ele saiu da sala e me deixou com um enorme dor no coração, eu estava sentindo sua falta, das nossas conversas e piadas internas, de sair pra comer juntos depois do serviço e levá-lo pra casa, agora, Park prefere pegar transporte público a voltar comigo.

O que as outras pessoas pensariam de mim se eu cedesse a esses sentimentos?

Além do que, Seokjin nunca aprovaria, não sendo o melhor assistente social da cidade, ele é burocrático e correto, principalmente quando se trata do seu filho. Park teria que entender, por bem ou por mal.

E assim passamos o resto da semana, como estranhos.

🎨

O sábado chegou e junto dele o anversário do Jimin, gostaria de estar me arrumando para festejar ao seu lado, entretanto, ao invés disso, eu estou apertando uma gravata ao redor do meu pescoço e entrando em uma sala mal iluminada, com pessoas que provavelmente debochariam de minha falta de profissionalismo quando me arrisquei pelo garoto de fios loiros, mas o que eu deveria fazer? deixa-lo morrer ? isso nunca foi uma opção e eu faria tudo novamente só para vê-lo seguro e sorrindo.

Social Worker • ji + kookOnde histórias criam vida. Descubra agora