49| A Menina e os Cigarros

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Eclipse;

Tão pequeno!

Como algo tão pequeno pode produzir tantos sentimentos gigantes em mim?

-Eu não consigo deixar de olhar pra ele- Rocky sussurra bem baixinho analisando o bebê vestido com roupinhas quentinhas e brancas- Ele é tão perfeito, eu nem acredito que eu sou pai, isso é tão surreal

-Eu sonhei tanto com isso, com esse momento e esse sentimento, tenho medo de fechar os olhos e quando abrir não ser mas real...- era tão acostumada a perder tudo e a sentir dor, que essa felicidade me fazia pensar que estava em um coma profundo, meu maior medo agora era acordar e voltar a rotina de me sentir vazia, depois de experimentar o que é a vida eu não quero voltar a ser um zumbi, não quero a sensação de ter um corpo que existisse sem motivo, razão ou emoção... Apenas ser um erro e uma alma esquecida

-Bela, nós somos uma grande família agora, você nunca vai perder isso, sempre que acordar vamos estar aqui, e mesmo que esteja longe, sempre que abrir os olhos depois de um pesadelo, vai saber que somos reais, nenhum medo será maior que a emoção de saber que esse pequeno aqui existe...- pode parecer maluquice achar que ele sabia sobre a proposta de David, o único que sabia era Ângelo, e ele nunca contaria porque a confiança que depositei nele era real, mas na minha cabeça... Rocky estava me preparando, me garantindo que estaria lá por mim quando eu pudesse voltar

Beijo os lábios de Rocky com calma, sentindo seu carinho, nunca nenhum beijo teve tanto amor quanto o seu, ele encerra nosso contato com três pequenos selinhos e volta a me mostrar aquele sorriso perfeito, o sorriso que eu vejo nos mais bonitos sonhos que eu tenho, aquele que me lembrava uma criança feliz ao ganhar um doce

Sorrio para ele também, mas de uma forma um pouco mais tranquila, sem doer minhas bochechas e volto a olhar pro meu filho deitado entre nós na cama, ele estava calmo, respirava lentamente como se não tivesse preocupação alguma na vida, e realmente não tinha, foi nesse momento que eu pensei em algo completamente confuso

-Rocky...- ele murmura alguma coisa sem tira os olhos do bebê que começou a apertar o seu dedo com sua pequena mãozinha que me lembrava um pão antes de entra no forno, apenas uma massa gordinha- Ainda não escolhemos um nome para o bebê!

-Não?- só agora a lembrança de que pulamos essa parte veio em minha cabeça, assim que meu filho chegou em meus braços e parou de chorar ao ouvir a minha voz eu o alimentei, me sentindo maravilhada com pequena dorzinha de seu aperto em meu seio, ele era guloso, não me espantava o fato de ser tão grande, em seguida quando meu filho já estava satisfeito Kevin e Amélia o levaram para tomar banho e analisar se ele estava bem, para ter certeza que ele era bastante saudável, e para a minha alegria ele era! Logo após isso eu dormi, prescisa ter ele ao meu lado para finalmente descansar, não sei quanto tempo se passou, mas acordei com uma melodia doce de uma voz que eu bem conhecia, Rocky estava cantando para o nosso bebê enquanto dançava pelo quarto com ele nos braços, uma cena que muitas vezes ele fez comigo... Simplesmente perfeita!

E quando meu bebê volto para a cama ele pegou novamente meu peito e foi lindo ver aquela cena outra vez, ele tinha pais bastante bobos por sua beleza

-Que tipo de país nós somos?- ele solta uma risada nervosa abafando o barulho com a palma da mão para não acordar o bebê, ele dormi rapidamente depois de se alimentar; tão pouco tempo e eu já pareço conhecê-lo muito bem...

BELA| A Garota dos Cigarros de Menta!Onde histórias criam vida. Descubra agora