23| A Menina e os Cigarros

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Eclipse;

-Aqui titia- ela me entrega um vestidinho azul com desenhos de borboletas pra eu colocar na sua boneca, confesso que fiquei assustada quando a menina pediu para brincar comigo, eu não nunca tive muito contato com crianças, nunca segurei um bebê no colo e nunca fiquei perto delas, mas Nala conseguiu me dobrar por completo, e agora eu estava vestindo bonecas e admirando a menina incrível que ela era

-Qual o nome dela?

-Ela é a Lili

-Hum, ela é muito bonita- termino de colocar a roupinha na boneca Lili e mostro para Nala

-Ta linda, olha papai- Austin parecia um bobo olhando para a filha, ele a pegou no colo e beijou sua bochecha gordinha, era estranho como ele tinha mudado depois da paternidade, eu quase não o reconhecia...

-Ela tá linda filha, vai lá mostra pra mamãe como a Lili ficou linda- a pequena pula do colo do pai e saiu correndo para a cozinha com sua boneca- Ela é perfeita né- diz ainda com seu sorriso bobo

-Ela é uma criança maravilhosa!- digo com sinceridade; Nala era doce, educada e muito amável, encantava qualquer pessoa, assim como fez comigo- Conhecendo ela eu entendo porque você mudou tanto

-Ela merecia o melhor de mim, por isso me mudei para Flórida, abri uma oficina mecânica e sou um bom pai de familia, queria dar o melhor pra ela... Ainda tenho que me ausentar as vezes, eu tenho uma dívida com David, mas sempre que entro em uma missão meu maior medo é não voltar para ela, antes eu não tinha nada que me fizesse querer desviar de uma bala, hoje eu tenho um motivo para atirar e me proteger a cada segundo, tenho que volta pra ela!

Talvez se James soubesse que seria pai ele teria um motivo para aguentar a cirurgia, para lutar por sua vida e voltar... Como Austin tinha

-Uma dívida?

-Você sempre presta atenção nas coisas erradas das falas- ele murmura, talvez irritado- Sim, David matou os meus pais, eles estavam devendo muito dinheiro para a máfia e não tinham como pagar por isso morreram, mas David poupou a minha, ele não deixou que atirassem em mim, me levou para uma casa onde os seus protegidos moravam e me deixou sendo cuidado por seu preferido, James, que na época tinha dez anos e parecia muito mais viu... Eu sou eternamente agradecido por ele ter me salvado, me dado um abrigo e condições de estudar e crescer na vida, tive que aprender a matar para sobreviver, mas nunca atirei em alguém que não merecesse

-James trabalha para o meu pai desde os dez anos?

-Não Ary, desde os sete! E não me pergunte a história dele, eu sou leal ao meu amigo, nunca contaria

-Não é como se ele fosse se importar agora não é...

-Ele vivo ou morto é o meu amigo, não me importa o que ele fez, como ele está, eu sou leal a ele e nunca contaria nada pra ninguém!- o pior é que ele estava certo

-Você não deveria sentir raiva de David por matar os seus pais e fazer de você um assassino?

-Não, eu odiava os meus pais, fiquei feliz quando vi eles mortes... E eu não mato quem não merece, David sabe disso, as minhas missões são para matar homens que já tem passagem garantida para o inferno, homens que matem crianças, batem em seus filhos e suas mulheres, caras nojento que abusam de garotas inocentes, eu sempre matei esse caras, eu ajuda James a matar alguns que não eram tão ruins, mas sempre era ele quem atirava

BELA| A Garota dos Cigarros de Menta!Onde histórias criam vida. Descubra agora