27

6.5K 823 260
                                    

Meta: 150 comentários

Layza

Roberta: É puta mesmo, vagabunda!!! - disse alto. - Mulher que se sujeita a comer homem casado pra mim é isso.

Já tava de saída do espaço, vim fazer minhas unha quando ela chegou, já sentou pra fazer a unha e quando me viu saindo do banheiro começou as indiretas.

Vive assim, onde me ver quer roncar. A gente não se encontra muito, até em baile ficamos bem longe uma da outra. Rennan me bota em um reservado e ela em outro completamente longe.

Mas a favela é grande, mas não imensa. Vira e mexe a gente se trompa em qualquer lugar, aí é isso. Mona sempre surta, joga indireta e até ameaça! Nunca chegamos aos finalmente, no dia que tava quase perto os meninos da boca chegou no ato e colocou a gente pra ralar.

Tava ela e a prima dela, acho que é Paula o nome, mas também pouco importa por mim. Ela berrando horrores, espumando  e eu nem aí!

Já tava de saída, juro! Mas ela disse uma coisa que eu não gostei, daí deu ruim, tive que retrucar sim. Enquanto ela tiver lá se acabando, tentando me atingir e dizendo coisas que eu sei que não é verdade, tudo bem...

Ela que surte sozinha! Mas vim pra cá com mentira, querer sustentar farsa? Pra mim não deu! Tive que responder, segunda vez já que ela vem com esse papo forjado po.

Roberta: Piranha! Tem que sair caladinha mesmo, escrota! Se humilhou tanto pra voltar pro meu marido pra bancar ela, falida. - provavelmente se referiu a minha faculdade, coé?

Layza: Mona, eu não pedi pra ele pagar nada pra mim não, nunca pedi nada, tudo que ele me dar é porque quer, cara! Agora veja essa sua história, não sei se foi ele que te disse, ou de onde você tirou essa mentirada aí, mas eu não me humilhei pra ninguém voltar pra mim não. Pelo contrário, seu marido... - dei ênfase bem ao dela, como ela mesmo bate no peito afirmando. - Que não me deixou em paz, fez que tanto fez e não deixou que eu o largasse! Se alguém correu atrás de alguém nessa história foi ele, não eu. - disse seríssima.

Sabe aquele silêncio? Ele reinou! Ela não teve coragem de falar mais nada, mais quis roncar vindo pra cima de mim. Eu no lugar que estava fiquei, só esperando ela vir, mas a prima dela segurou ela.

Roberta: Vou te pegar sua piranha! Vou te machucar todinha. - gritou. - Tu vai ver! Me solta, Paula!

Layza: Pois venha! Mesma disposição que tu tem, eu tenho, cara. - disse seríssima, já tava no catiço também. Povo tudo olhando já!

Ah! Sou na minha, perturbo ninguém não, mas se mexer comigo afronto mesmo. Puxei aos meus, tive boas professoras... nem minha vó nem minha mãe levam desaforo pra casa, então não seria eu que levaria.

Menina do salão ficou mandando eu ir pra casa pra evitar confusão, pois eu fiquei lá parada enquanto ela gritava. Fui mais por respeito a ela, já que a outra não tem por ninguém.

Fui pra casa puta e bolada! Na moral, essas coisas me irritam demais. Olha as coisas que tenho que passar por aquele traste, o que ele me fez passar.

Falando nele, demorou nada brotou aqui na minha porta, provavelmente a mulher dele foi fofocar, inventar o que quis e não queria!

Chegou querendo roncar pra cima de mim, mas eu fiz murxar logo, fui logo no ponto, bofe até amansou a voz. Puto, cretino! Falso... só assim pra descobrir as marmotagens desse homem sujo.

Layza: Desde quando eu fiquei implorando pra voltar contigo, Rennan?

Artilheiro: Ô, cara! Vim falar contigo uma parada, muda de assunto não. - quis se desvencilhar.

Layza: Sim, já ouvi o que tu veio falar! Veio roncar porque eu respondi tua mulher, mas ela te disse que foi ela que começou? Que foi ela que fez aquela palhaçada na frente de geral? Agora eu vou ter deixar de frenquentar lá porque dela? Que bonita! - debochei.

Artilheiro: Sim, cara! Deixa ela falar, mano. Pra que tu vai responder?

Layza: Deixa ela falar... - imitei ele. - Se fosse contigo, tu não deixaria po. Ainda mais se viessem te desmerecer ou tentar te humilhar com mentiras na frente de geral! Eu me humilhei pra voltar contigo... - debochei. - Tu é uma puta mentiroso, sério! Que arrependimento... que ódio! - disse puta.

Artilheiro: Ih, cara. Falei nada disso pra aquela doida não, cara. Não fode! - falou na maior cara de pau.

Layza: Não falou não né? Tu é sujo, cara! Falso demais... o tanto que mente pra mim e pra ela não deve tá no gibi, só contando lorota.

Artilheiro: Ô, coé, Layza! Tenho dois papos não, maluca. Meu papo é reto, sou sujeito homem no bagulho.

Layza: Sério, que arrependimento que eu tenho de ter me envolvido contigo. Sério mesmo, to com ódio da sua cara! Olha as coisas que eu tenho que ficar passando por você, cara... Não sei se eu vou aguentar isso não, viu? Principalmente com ela aqui, eu não sei! - falei seríssima.

Artilheiro: Sim, cara... tá maluca? Tu vai fazer o que?

Layza: Não sei o que eu vou fazer, mas se for o caso até sumo no mundo! Só pra não ver mais a sua cara. - disse mesmo, murchou rapidinho.

Artilheiro: Ô, para com isso! - me puxou pelo braço fazendo com que eu ficasse mais próximo dele. - Vai me deixar, cara!? Que isso, vacilona?! - falou serinho e eu não respondi. - Vou levar um papo com ela po, vou mandar ela parar com essas atitudes porque ta feião, se ela persistir vai ser sem leme, relaxa. Tem nada que ficar te falando desaforos não, errado sou eu!

Layza: Ainda bem que você sabe, seu ridículo! - ele mordeu meu braço. - Vem, não! - puxei o mesmo.

Artilheiro: Se tu ficar nessa vou meter o pé po, coé? Para com isso! Fica na moral, vai bolar?

Layza: Vai bofe, pode ir. Tu não veio aqui pra roncar pra cima de mim, ué? Já mudou?

Ele nem disse mais nada, só levantou da minha cama e saiu puto. Eu, ein! Acha que é assim. Mulher dele inventa, ele vem aqui pra querer me cobrar, quando sabe a real mete o rabo entre as pernas e ainda quer graça. Meu cool! Já vai tarde, infeliz.

ZERO 2 🌪 (DEGUSTAÇÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora