ZERO 2 🌪 (DEGUSTAÇÃO)

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Layza

Eu bebi e não foi pouco, descontei minha frustração todinha na cachaça. Então o resultado não poderia ser outro, foi eu mamadissima quebrando tudo com meus fiéis.

Layza: Se você ficar com a minha mãe eu vou dar na sua cara! - disse assim que ele me abraçou de lado.

Richard: Tá maluca, cara? Que bagulho de ficar, mano. Eu vou logo casar pra virar seu padrasto, ajudar a criar você!

Layza: Ah... Que ódio de vc!!! - disse batendo nele que riu. - Para de brincadeira, Richard! Vou ficar putaaaa contigo desgraçado.

Richard: Coé, maluca! Tua mãe não dá moral pra mim não pô, da nem chances do pai atuar ali. - meteu serinho.

Layza: Ótimo! Já basta os outros... - ele deu risada.

Richard: Mas o dia que ela der mole é vapo! - disse e eu fui pra morder. - Coé, tá na mão do palhaço já fdp!? - disse rindo. - Ih, caralho!

Minha mãe pega os novinhos mesmo, tá nem aí. Já pegou um colega meu da escola que quando eu soube fiquei puta da vida. Evellyn é o terror! Ela ficou aqui com a gente até quase amanhecer, depois meteu o pé, isso foi abater alguém como ela mesmo diz. Kkkk

Tava virando vodca pura mesmo, um copo de cerveja em uma mão e no outro o com Absolut. Macsuel chegou com lança do verde, ainda me ofereceu mas eu neguei, só tava usando bala mesmo!

Fui embora da quadra quando o sol já tava rachando, pra subir na pcx eu e o viado uma perturbação do caralho. Eu com os saltos em uma mão e o copo na outra.

Maurício: Sobe piranhaaaa!

Layza: Eu não tenho condições não, viado! - disse rindo.

Maurício: Eu vou embora e vou te deixar aqui, puta! - ele que ia pilotar, pois nem subir eu tava aguentando.

Layza: Segura meu copo aqui! - dei pra ele, mas quando ia subir na moto quase vou pro chão.

Foi uma luta, mas consegui subir naquela porra e o viado saiu no maior zig zag. Os dois bebados, já era de se esperar a merda. Chegava nos quebras molas da vida eu gritava mais que tudo!!!

Layza: Vai devagar, bicha! Eu não quero ralar meu rostinho não. - dei dois tapinhas nas costas dele.

Cheguei na porta de casa pela graça, agradecendo a Deus pelo livramento mas quando chego lá dou de cara com o filho do capeta me aguardando. Bofe querendo falar comigo e o viado travou, daí ele se emputeceu, surtou logo, acha que tudo tem que ser do jeito dele. Ridículo!

Layza: Pronto, viado... Deixa ele falar, Artilheiro quer conversar! Fala, Artilheiro! - disse e o viado saiu saindo.

Artilheiro: Corta o deboche!

Layza: Fale aí o que você quer, tá aqui fazendo escândalo na minha porta por que mesmo? - disse cruzando os braços.

Artilheiro: Eu só vim falar contigo o que rolou... - eu cortei ele.

Layza: O que rolou o que? Da vergonha e humilhação que eu passei mais uma vez? Tem que explicar não. Você tem que ficar com tua mulher mesmo, a outra sou eu... eu que tenho que saber o meu lugar!!!!

Artilheiro: Vai ficar nessa, cara? - meteu serinho. - Para com isso!

Layza: Tô em nenhuma não, to na minha, estava muito bem até você vim atrás de mim procurar papo. Sua mulher sabe que você tá aqui???? - irritei também.

Artilheiro: É, tava mesmo. Eu vi tu lá roçando nos moleques, jogando avanço. Quebrando tudo! - disse já putinho, agora que deu.

Layza: É, tava mesmo! Adorei. Tava muito bem até você chegar aqui! - disse seríssima na cara dele e ele me lançou um olhar mortal.

Artilheiro: Na moral, vou entrar nesse papo não cara, nem vou me estressar contigo, pois é isso que tu quer, tá querendo me atingir porque tá bolada, tá com raiva... vacilona! - eu fiquei em silêncio, desgraçado fdp.

Eu já ia entrar, mas ele não deixou, me travou bem ali. E olhe que isso tudo tava sendo na porta da minha casa, nem vergonha tem. Mas o bom que o povo que tava passando tava vendo bem quem é que fica atrás de quem.

Artilheiro: Eu nem sabia que ela ia brotar lá cara, tu acha que eu ia fazer uma paradas dessas sendo que eu marquei contigo? Acha mesmo??? Coé, sou moleque não! Jamais faria isso contigo, Layza... - começou a falar várias paradas mesmo, cada ideia que qualquer um acata.

Layza: Pra você tá tudo bem essa situação, acha que chegar aqui e explicar resolve, mas não é assim não! Pra você tá tudo mara, é o gostosão, fodão, tá com duas mulheres no teu porte só pra você... tá tudo lindo e maravilhoso, mas pra mim não, cara! Eu que sou a vagabunda da história, comedora de macho dos outros... zero dois e tudo mais na boca dos outros! Sou tudo de ruim... Sofro as humilhações e ainda tenho que sofrer porque gosto de você que não vale porra nenhuma! - disse mesmo, tava na minha onda e tava soltando tudo que sentia já chorando.

Artilheiro: Coé, tu não é nada disso não! O errado nessa história sou eu, tem mais ninguém não. Deixe o povo falar, quem quiser que fale, tú não é nada disso não! Ninguém tem nada com a nossa vida po. Quem sabe dos nossos sentimentos somos nós! - Ah, esse bofe falou de sentimentos eu me estressei, cara de pau demais.

Layza: Que sentimentos você tem por mim, Rennan? - quase gritei. - Qual é, conta outra!!!! Já achei muito que você gostava de mim real, mas hoje eu vejo que não.

Artilheiro: Tá maluca, cara? Tu acha que eu não gosto de tú não é? - segurou meu rosto fazendo com que eu o encarasse, mas eu virei. - Ein, Layza?!

Layza: Não, você não gosta. Não gosta mesmo!

Artilheiro: Então eu to contigo porque po? Se eu não gosto de tú porque eu manteria essa porra, faria uma questão do caralho de você????? - se estressou.

Layza: Não sei! Vai entender o que se passa na mente de homem safado. - de branco já tava vermelho de raiva, pira.

Artilheiro: Tu viaja, mano! - disse puto e bolado. - Se eu não gostasse de tú eu não estaria aqui não, vacilona. Estaria lá com minha mulher e você que se fudesse, nem chegaria aqui pra te dar satisfação nenhuma pacero, tacaria o foda-se como vários fazem... papo reto mesmo!

Layza: Mas eu queria que você tacasse o foda-se e me deixasse mesmo, pois eu já tô cansada disso, to chegando ao meu limite... você não sabe como é humilhante essa situação pra mim.

Artilheiro: Porra, cara! Foi mal, não queria te magoar jamais... quer que eu faça o que????

Layza: Nada!

Artilheiro: Coé? To te entendendo não... - disse segurando meu rosto e me encarando.

Layza: Você tá me entendendo sim! Essa situação só me serviu pra fazer com que eu me mancasse de qual era o meu lugar e eu não sei se quero mais permanecer nele! - ele ficou me encarando serinho.

Artilheiro: Coé... Você tá chapada, com raiva, tá falando besteira... Depois a gente conversa. - me soltou.

Layza: Não, eu não to não... eu to falando a verdade! Não quero mais você não, quero que você esqueça, me deixe em paz. Se você gosta de mim como tá falando mesmo, me deixa po... - ele negou.

Artilheiro: Depois nós conversa! - ia sair, mas eu puxei ele pela blusa.

Layza: Me deixa, Rennan! Me deixa, cara. Tu não queria falar comigo? Agora eu to falando contigo, to te dizendo que eu não quero mais! - falei altão mesmo. - Não quero mais ser zero dois, não quero mais ser a outra, nem dividir ninguém... quero alguém que realmente goste de mim e seja só meu, não só eu dele. - disse seríssima enquanto puxava a blusa dele e ele tentava se soltar.

Artilheiro: Não vou falar nada contigo agora não, mano. Rachou a cara aí tá falando bobagem, merda! - disse grosso me empurrando fazendo com que eu o soltasse. - Depois a gente conversa, já te disse!

O viado com certeza tava ouvindo, pois nessa hora ele saiu de casa me segurando e eu chorando que nem uma condenada. Bofe meteu o pé e eu fiquei lá na minha onda arrasada!!!!