Capítulo 33

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Os diálogos em negrito é por que estão sendo ditos em português.

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Alguns Meses Depois

"Tom, você pegou protetor solar? Se não nós dois vamos torrar no clima do Brasil" pergunto, entrando no quarto, e paro ao ver que ele apenas está encarando uma parede.

Franzo o cenho, e entorto a cabeça pro lado.

"Tom?" O chamo de novo.

Ele não responde, nem parece mesmo me ouvir.

Me aproximo, pensando que talvez ele tenha morrido.

"Tom?!" Passo minha mão na frente de seu rosto. Ele me olha, parecendo sair de um transe, piscando bastante. "Você tá bem?" Franzo o cenho, o encarando preocupada. "O que há de errado?"

"Eu to com medo" ofega.

"Medo?" Repito, sem entender. "Do que?" Pergunto preocupada.

"Do seu pai"

Apenas faço careta e lhe bato no ombro. "Para de graça" resmungo, com raiva "eu pensei que era sério. Não tem que ter medo do meu pai, mas sim da minha mãe"

"Não tá ajudando a me acalmar!"

Me viro, o vendo realmente sério, e preocupado "o que te preocupa?" Pergunto gentilmente, me sentando ao seu lado agora.

"E se eles não gostarem de mim?" Pergunta baixo, e tenso.

"Eles te conhecem" asseguro. "Mesmo sendo por Skype, mas eles conhecem você" digo gentilmente e volto a sentar ao seu lado..

"Sua mãe não gosta do meu Spidey" ele resmunga, apoiando a testa no meu ombro "por que não gosta de mim..." Resmunga.

"Talvez seja apenas nos filmes, não na vida real. Peter é um personagem. E você é você" passo a mão por seus cachinhos macios.

Ele tá com o cabelo um pouco comprido de novo.

"Eu sei, mas é estranho. E se ela não gostar da minha família?"

"Eu também estou pensando isso, okay? Nossas famílias não se conhecem direito ainda, vamos dar tempo ao tempo. Talvez eles se deem bem." Comento, também pensativa.

"Eu não quero que a gente se separe, por causa disso. Por causa das nossas famílias não darem certo, ou não se gostarem..."

"Amor, não somos Romeu e Julieta. E mesmo se talvez eles não se gostarem, isso não vai nos atrapalhar" o asseguro isso.

"Ainda bem, por que não vou usar aquelas calças esquisitas. A história da sacada com as flores e o poema pode ser, mas as calças..." Ele diz sério.

O imagino usando aquelas roupas, e acabo que por rir.

"Hey, não ri" ele diz, mas já era.

Caio pra trás na cama. "Desculpa, mas você ia ficar fofo ou ridículo" continuo a rir. "Desculpa" me endireito e vejo seu beicinho, e braços cruzados.

"Isso não tem graça. Eu estou preocupado e você tira proveito disso, rindo na minha cara" resmunga emburrado.

"Você fica tão gostoso quando tá com raiva falsa" digo, indo por trás na cama, massageando seus ombros tensos.

Ele apenas bufa, mas não fala nada, nem se move. Sorrindo de lado, faço massagem, e o sinto derreter sob meus dedos. Eu sempre fui uma boa massagista.

"Vai lá, se anima" digo, beijando sua bochecha. "Não se preocupe" digo agora dando um beijo em seu pescoço. "Eu amo você, e mesmo se não se derem certo, isso não vai diminuir" dou outro beijo em outro ponto "irei ficar triste, por que gosto da sua família, mas mesmo assim, ainda vou amar você" agora dou beijo em sua orelha.

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