:(

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As coisas estavam se complicando e Minho sabia disso. A ficha do cerco se fechando só caiu quando Minho fez as contas e percebeu que Jisung sairia da cadeia logo. Ele pensou em ir se encontrar com o amigo, pensou no que seria menos arriscado e se irritou por estar tão preocupado, esse não era seu método, certo? Ele pegou o que tinha de mais importante e partiu, entrou em ruas que nunca havia visto antes e voltou a se sentir livre. Um quarto de hotel barato seria seu refúgio durante essa noite.

Enquanto Hyunjin tomava banho, Ângela descansava a cabeça em uma almofada no sofá. A mente da mulher não parou desde que voltou para casa e ela crê que não parará até ter certeza de que está fora do alcance de Minho.

- Você está bem? - ela ouviu, logo sentindo o cheiro de um Hyunjin limpo.

Ângela se levantou e sorriu. Ela sentia seu peito aquecer quando tinha Hyunjin por perto e gostava disso. Ela gostava de sentir isso de novo. Sempre que olhava pra ele, ela sentia que deveria só esquecer e ficar grata por estar em casa, mas Minho precisa ser parado, se não fosse por Minho seu pai estaria vivo e ela estaria bem. Essa lembrança de que Minho fodeu com a sua vida, bem, com parte dela, não deixava ela seguir esse caminho de paz que a imagem de Hyunjin lhe fazia querer.

- Estou. Estava pensando em fazer o jantar, o que acha? Você gostaria disso? - ela perguntou sem tirar os olhos dele.

Hyunjin se encheu de euforia, seu rosto quase doía com o sorriso largo que apareceu ao processar as palavras de Ângela. Ele sentiu tanta falta disso e vê-la retornando pra ele desse jeito o vazia querer soltar fogos de artifício pelo peito.

- Eu acho uma boa ideia. Sabe como pode ficar melhor? - ele pôs uma mão na cintura e a outra ele colocou no queixo, fingindo pensar.

Ângela não pode evitar a risada. E depois de algumas semanas ali estava o olhar apaixonado de novo.

- Me diga. - ela pediu.

- Você me deixando cozinhar com você. - ele diz. Os olhos brilhando.

Ela não pôde negar, até porque ela queria isso tanto quanto ele.

Christopher estava cada vez mais estressado, quase como uma panela de pressão prestes a explodir. Ele tinha outros casos, com mais pistas e mais fáceis de resolver, mas pegar Minho era sua prioridade. E cada vez que ele resolvia um caso que não era o de Minho, ou que não tinha nenhuma ligação, ele se sentia frustrado. Ângela ainda estaria lá com ele ou até muito possivelmente morta, se não fosse por ela mesma. Ele se sentia péssimo.

Que tipo de policial, detetive, ele era? E com esse pensamento as folhas do último caso voaram da mesa. Bang não aguentava mais. Ele se deu um dia de folga. Quando estava quase saindo, alguém o chamou para avisá-lo sobre a soltura de Han Jisung.

Christopher então se lembrou do que Ângela havia lhe dito. O que quer que tenha acontecido com ele aconteceu depois do meu acidente. Ele respirou fundo, e anotou em sua lista mental de afazeres: "tomar um chá de camomila quando chegar em casa". Ele pediria um ano de férias depois de tudo isso, seu sonho de ter uma família cada vez mais distante precisava se tornar real. E então ele foi ver as coisas para soltar Jisung.

(...)

Os risos ecoavam pelo cômodo. A casa nunca esteve tão alto astral. Havia farinha pelo balcão e um pouco no chão. Marcas de mãos em farinha na blusa de Ângela e no rosto de Hyunjin. Os biscoitinhos assavam no forno enquanto eles dançavam pela cozinha. Hyunjin nunca se viu tão apaixonado.

Vê-lo sorrindo feliz daquele jeito só a motivou a destruir Minho. Como ele pôde privá-la disso?

Ângela foi pega de surpresa com os lábios de Hyunjin nos seus. A mulher não sabia que queria tanto aquilo até sentir, provar daqueles lábios macios, de novo. Ela acariciou seu rosto e retribuiu com carinho, logo se sentindo ser pressionada na bancada. Ela se lembrou de momentos assim e só conseguiu se sentir melhor. O forno apitou, indicando que os biscoitos estavam prontos. Hyunjin cessou o beijo e apoiou sua testa na de Ângela, a respiração ofegante logo se tornou um riso. O rapaz mal podia acreditar que aquele pesadelo de ter Ângela em casa e mesmo assim tratá-la como uma estranha, estava bem longe, como se nem tivesse acontecido.

- Vá tomar um banho, eu vou limpar tudo aqui... - Ângela começa.

- ...e se tiver sorte, vai conseguir se juntar a mim no chuveiro. - Hyunjin completa num suspiro e outro sorriso bobo lhe toma a face.

Ângela apenas assentiu, um pouco envergonhada, e foi tirar os biscoitos do forno.

Quando Christopher pensou que seus pedidos não resultariam em nada, um policial lhe guiou até uma sala de interrogatório com Han Jisung dentro. O rapaz de 22 anos estava sentado, uma expressão aérea.

- Jisung, eu sou o detetive Christopher. Sei que hoje é o seu último dia aqui, então vou tentar ser breve. - Bang começa. - O que aconteceu cinco anos atrás?

Jisung levantou seu olhar para Bang pela primeira vez. Um sorriso de canto apareceu brevemente.

- Você só pode estar brincando. Eu passei 4 anos aqui nesse inferno, como espera que eu lembre do que aconteceu cinco anos atrás? - Jisung diz sério, indignado, e logo riu desacreditado. - vocês policiais...

- Houve um acidente. Jisung. Houve um acidente! Um homem e sua filha estavam no carro, ele morreu. E algo me diz que você tem participação nisso. Se quiser sair daqui hoje, é melhor começar a se lembrar. - Bang o encara.

Jisung suspirou e passou as mãos no cabelo, jogando os fios pra trás.

- Eu só tinha 17 anos, a vida de crimes parecia mais fácil e ele era tão convincente. O plano deu errado aquela noite e depois ele ficou louco, cismado... segui sozinho e o resto você já sabe. - Jisung diz.

- Eu preciso de mais detalhes, Han!

- Lee Minho era apenas como eu. Ele bolou um plano para roubar um carro, deu errado. Nada ocorreu como ele esperava. Frustrou o cara, entende? - Jisung explicou.

Depois de conversarem mais sobre Minho, Bang foi para casa pensar melhor sobre todas as informações que recebeu. Jisung não se arriscaria voltando para Minho agora, não é? O Minho de agora mataria ele por traição ou algo assim. Mas, talvez, por ter saído da cadeia agora e não ter recursos para recomeçar, a melhor opção seja, realmente, voltar a trabalhar com Minho. O quão perigoso seria se isso acontecesse? Será que voltar para Minho valeria mesmo a pena na cabeça de Jisung?

Christopher adormeceu pensando nisso.









Estava ansiosa para atualizar aqui :')

Jisung deu as caras, né

E ai, o que vocês acham que vai acontecer? Estão gostando do rumo da história? Eu espero que sim.

Só avisando que está chegando ao fim, e tem muita coisa pra acontecer ainda puts estou ferrada, quem amou? Kkkkk

Qual é o personagem favorito de vocês nessa fanfic?

Smile :) [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora