Chapter fourteen

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Seção Reservada

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Seção Reservada


  No salão comunal, Scar, Harry e Rony encontram Jorge e Fred a se divertirem com alguns presentes. Rapidamente, Scar pega as gaiolas que estavam cobertas por um pano, ela coloca elas no meio do salão, os meninos encaram com curiosidade, ela pega duas caixas de tamanho médio e mais outras duas. Ela dá um doce sorriso.

- É para a gente? – perguntam juntos

- Sim, é o meu presente para vocês. Feliz Natal

- Obrigado, Scar – falam juntos

  Eles nem precisavam perguntar de quem é qual, pois no pano havia suas iniciais. Fred foi o primeiro a ver seus presentes, ele pega uma das caixa e vê vários dos melhores doces e alguns eram caseiros, a outra caixa estava cheia de travessuras, como bombinhas explosivas, e ele tira o pano da frente da gaiola a dar a visão de uma coruja marrom, bege e branca e seus olhos eram cor-de-mel, dava para ver o olho de Fred com lágrimas. Jorge começa a abrir a primeira caixa que havia brinquedos de travessura, mas eram brinquedos diferentes do de seu irmão, a segunda caixa estava cheia dos melhores doces e outros caseiros, e finalmente chegara a hora em que Jorge estava nervoso, ele tira o pano a dar a visão de uma coruja cinza com branco e de olhos cinzentos, os olhos do outro ruivo também se enchiam de lágrimas. Os dois correm até Scar e a abraça.

- Obrigada Scar, obrigada – eles sussurram

- Não foi nada, meninos, não foi nada

  Scar, Harry e os Weasley passaram uma tarde muito alegre ocupados em uma furiosa guerra de bolas de neve. Depois, frios, molhados e ofegantes, voltaram para junto da lareira na sala comunal de Gryffindor, onde Rony estreou o seu novo jogo de xadrez perdendo espetacularmente para Rony e Scarlet. Suspeitou que não teria levado uma surra tão grande se Percy não tivesse tentado ajudá-lo tanto. Scar riu tanto.

  Depois de lancharem sanduíches de peru, bolinhos, gelatina e bolo de frutas, todos se sentiram demasiado fartos e sonolentos para fazer outra coisa senão sentar e assistir a Percy correr atrás de Fred e Jorge por toda a torre de Gryffindor porque eles tinham furtado seu crachá de monitor.

  Fora o melhor Natal da vida de Harry e Scar. No entanto, no fundinho da cabeça de Harry e da cabeça de Scar alguma coisa os incomodara o dia inteiro. Somente quando finalmente se deitou é que teve tempo para pensar nela: a capa invisível e a pessoa que a mandara. Mas Scar pensara em outra coisa ao se deitar, ela pensara nele: no presente de seu pai.

  Rony, cheio de peru e bolo e sem nenhum mistério para perturbá-lo, caiu no sono assim que puxou as cortinas de sua cama de dossel. Harry debruçou-se pela borda da cama e puxou a capa que escondera ali. Do seu pai... aquilo fora do seu pai. Ele deixou o tecido escorregar pelas mãos, mais macio do que seda, leve como o ar. Use-a bem, dissera no cartão.

  Tinha de experimentá-la agora. E saiu da cama e se enrolou na capa. A olhar para as pernas, viu apenas o luar e as sombras. Era uma sensação muito engraçada.

  Use-a bem.

  De repente, Harry se sentiu completamente acordado. Toda a Hogwarts se abria para ele com esta capa. Sentiu-se tomado de excitação em pé ali na escuridão silenciosa. Podia ir a qualquer lugar com a capa, qualquer lugar, e Filch jamais saberia. Rony resmungou adormecido. Será que Harry devia acordá-lo? Alguma coisa o deteve – a capa do seu pai – , sentiu que desta vez – a primeira – queria usá-la sozinho, ou com alguém muito especial para ele, o garoto olha para Scar, anda até ela e, com delicadeza, a acorda.

- Vamos para a Seção Reservada podemos encontrar algo lá

- Está bem, Esmeralda – Scar havia criado um apelido para o Harry a uns dias atrás, mas nunca usara

  Eles saíram sorrateiros do dormitório, desceram as escadas, atravessaram a sala comunal e passou pelo buraco do retrato.

– Quem está aí? – perguntou esganiçada a Mulher Gorda. Harry e Scar não responderam, Scar não gostara da Mulher Gorda, a achou muito dramática. Sairam depressa pelo corredor.

  A biblioteca estava escura como breu e muito estranha. Harry acendeu uma luz para enxergar o caminho entre as fileiras de livros. A lâmpada parecia que estava flutuando no ar, e embora Harry sentisse que seu braço a sustentava, aquela visão lhe deu arrepios. Scar pegou sua varinha e sussurrou:

- Lumus

  Uma luz surge da ponta de sua varinha, o garoto ao seu lado arregala os olhos surpreso. A seção reservada era bem no fundo da biblioteca. A saltarem com cautela a corda que separava esses livros do resto da biblioteca, ele ergueu a lâmpada para ler os títulos. Eles não lhes informavam muita coisa. Suas letras descascadas e esmaecidas formavam dizeres em línguas que Harry não entendia, mas Scar entendia. Alguns nem sequer tinham título. Um livro tinha uma mancha escura que fazia lembrar horrivelmente de sangue. Os pelos na nuca de Harry ficaram em pé e Scar notara, ela soltou uma fraca risada. Talvez fosse imaginação dele, talvez não, mas achou que ouvia um sussurro inaudível vindo dos livros, como se eles soubessem que havia alguém ali que não deveria estar.

  Precisava começar por alguma parte. Pousando com cuidado a lâmpada no chão, ele procurou na prateleira mais baixa um livro que parecesse interessante. Um grande volume preto e prata chamou sua atenção. Puxou-o com esforço, porque era muito pesado, e equilibrando-o nos joelhos, deixou-o abrir ao acaso. Um grito agudo de coalhar o sangue cortou o silêncio, o livro está gritando! Scar o fechou depressa, mas o grito não parou, uma nota alta, contínua, de furar os tímpanos.

  Ele tropeçou para trás e derrubou a lâmpada, que se apagou na mesma hora. Em pânico, ouviram passos que vinham pelo corredor do lado de fora, a enfiar o livro gritador de qualquer jeito no lugar, eles correram para valer. Passou por Filch quase à porta. Os olhos claros e arregalados de Filch atravessaram-no, Harry e Scar escorregaram por debaixo dos seus braços estendidos e saíram desabalados pelo corredor, os gritos do livro ainda a ecoar em seus ouvidos.

  Pararam subitamente diante de uma alta armadura. Estiveram tão ocupados em fugir da biblioteca que não prestaram atenção aonde estavam a ir. Talvez porque estivesse escuro, eles nem sequer reconheceram onde se encontravam. Havia uma armadura perto das cozinhas, eles sabiam, mas eles deviam estar uns cinco andares acima.

– O senhor me pediu para eu vir direto ao senhor, professor, se alguém estivesse perambulando durante a noite e alguém esteve na biblioteca, na seção reservada

  Harry e Scar sentiram o sangue se esvair do seu rosto. Onde quer que estivessem, Filch devia conhecer um atalho, porque sua voz baixa e untuosa estava se aproximando, e para seus horrores, foi Snape quem respondeu:

– A seção reservada? Bom, eles não podem estar longe, vamos apanhá-los.

  Scar e Harry ficaram imóveis no lugar em que estavam quando Filch e Snape viraram o canto do corredor à frente. Eles não podiam vê-los, é claro, mas era um corredor estreito e se chegassem mais perto esbarrariam neles, a capa não os impediam de serem sólidos.

  Recuaram o mais silenciosamente que poderão. Havia uma porta entreaberta à esquerda do Harry. Era suas única esperança. Esgueirou-se por ela a puxar Scar, a prender a respiração, a tentar não empurrar a porta e, para o alívio das crianças, conseguiram entrar no aposento sem que percebessem nada. Eles passaram direto e Harry e Scar apoiaram-se na parede, a respirarem profundamente, a ouvirem os passos dos dois morrerem a distância. Fora por pouco, por um triz. Passaram-se alguns segundos até eles repararem em alguma coisa no aposento em que se esconderam.

𝕊𝕔𝕒𝕣𝕝𝕖𝕥 ℝ𝕚𝕕𝕕𝕝𝕖 𝕒𝕟𝕕 𝕥𝕙𝕖 ℙ𝕙𝕚𝕝𝕠𝕤𝕠𝕡𝕙𝕖𝕣'𝕤 𝕊𝕥𝕠𝕟𝕖Onde histórias criam vida. Descubra agora