LA MALQUERIDA

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No puedes querer
La suerte se esconde
Si duerme en tu piel
Entre corazones te pierdes y duele

No tiene piedad
El viento en tu contra
No puedes volar
Con tus alas rotas
Qué triste es ser buena
Y que no valga la pena

Após Heitor e Estrela expulsarem Maria de casa, ela sai pelas ruas sem rumo, as palavras duras e cruéis de seus filhos lhe partia o coração e a alma.

Estêvão ao chegar em casa e ficar a par de tudo o que ocorreu, sai desesperadamente em busca de Maria, passa por todas as ruas possíveis, sem sucesso resolve falar com o padre...

IGREJA

- Nunca pensei que pudessem ter por essa desconhecida uma veneração tão extrema. - diz Estêvão, que era puro desespero.

- Se lembra quantas vezes eu te disse que a verdade é o melhor caminho? Mas você preferiu deixar que Alba tomasse as rédeas da sua vida.

- Estou desesperado, padre, não encontro Maria. - diz já quase sem esperanças.

- Vamos pedir a Deus que não lhe aconteça nada de mal, aonde quer que ela esteja. - Estêvão suspira.

- Me dói muito que Maria passe por esse momento tão difícil, ela deve estar desesperada e não sei mais por onde procura - lá. - o padre por sua vez o aconselha.

- Peça a Deus que te ilumine, que guie teus passos para encontra - lá.

O padre podia ver e sentir a dor de Estêvão, sentia muito por ela maldita mentira, sentia muito por Maria, por seus filhos que atacaram a própria mãe movidos pela maldade de Alba. Ah como o padre sentia muito por aquela família tão destruída.

Soledad te seguira sin descansar
Tienes la maldicion
De no encontrar a quien amar
Y llevas escondidas
Abiertas tus heridas

Y sentiras que el dolor no sanara
Sobre tu espalda ira el peso por querer soñar
Y pagas con tu vida
Por ser la malquerida

Maria para em frente a uma vitrine, aonde tinha um manequim com um vestido de noiva e lembra de seu casamento após sua volta da prisão, suas lágrimas rola pesadas.

*Se me casei de novo com Estêvão, foi somente pelos meus filhos, mas agora eles me desprezam. Nunca mais voltarão a me ver, para que sejam felizes.*

Ela chega a praça, senta no banco e logo passa uma mulher com seus filhos, as lembranças de quando era feliz vem a cabeça... a confirmação da espera de seus filhos... a compra dos berços... o nascimento dos meninos... a hora da papinha, que era uma alegria, cheia de cantoria... a hora do banho, com patinhos e espumas... os abraços e carinho de seus filhos... e por fim, aquele grande e desastroso dia, o dia que acabou com sua vida, o dia que a destruiu por dentro, o dia da sua prisão e muitas outras vieram naquele momento.

- Meus filhos, meus filhos! Eu perdi os meus filhos para sempre. - diz entre lágrimas, conversando consigo mesmas.

Maria não sabia o que fazer, estava se sentindo completamente destruída por dentro, não conseguia entender o porquê fizeram isso com ela, como podem dizer que amam a mãe e não são capazes de sentir o elo que os unem ? Que amor é esse que não deixa enxergarem a verdade ? Que Maria é sua mãe verdadeira e não a mulher do quadro, a quem os fizeram acreditar.

Uma nova oportunidade para mim Onde histórias criam vida. Descubra agora