O Amor não é obvio

Capítulo 24

Narrado por Carlota :

Um tempo se passou desde o dia que havia conhecido o sabor da maresia. A amizade construída entre eu e Megan foi inevitável. Somos opostas, enquanto eu prefiro sair para beber com alguns amigos em um barzinho sem reputação ela prefere ficar criando regras inúteis para sua vida. Conversamos, ou se preferir "brigamos" todos os santos dias. Ela mesmo sendo doidinha se tornou alguém importante para mim, está sempre me ensinando coisas novas e sinto que sua amizade é sincera e verdadeira. Ela sem dúvidas entrou para minhas listas de preocupações e prioridades.

Acordo bem cedo em uma sexta feira. O dia estava nublado e fazendo um leve friozinho, eu ainda com os cabelos molhados saio do banho enrolada no meu roupão rosa que Jasmine havia me dado.

_Que susto Megan. Eu falei para estar aqui as sete horas e não vir me dar café da manhã na minha boca.

_Você é retardada ou você se faz meu amor ? - Perguntou a mesma já sem paciência. _Olha o horário Carlota, estou te esperando faz vinte minutos. Se seu objetivo é não passar nos portões está fazendo tudo certo. - Falou rindo da minha cara.

_Como eu fiquei tanto tempo no banho ? - Falei correndo para me vestir.

_ Na calada da noite eu me pergunto o que seria você sem eu ? - Falou Megan  correndo para procurar os meus documentos.

Cheguei um pouco atrasada na faculdade, mas graças a Megan consegui entrar a tempo. A faculdade era extrmenate elegante, estilo antigo e modelo rústico. As paredes eram constituídas por bloquinhos bege, as escadas de madeiras davam um toque realeza para os grandes corredores do campus. A universidade era um ambiente muito agradável porém pouco acolhedor. Os alunos estavam todos muitos nervosos, alguns choravam pelos corredores e outros surtavam nos banheiros da universidade. Obviamente que aquelas pessoa não  estavam me animando nem um pouco, o meu estômago já estava embrulhado, fazia tanto tempo que não entrava em um lugar rodeado de adolecentes. A minha última experiência com escola foi a anos atrás quando terminei o colegial. Época em que eu só pensava em estragar a vida que tinha e acabava que tudo que acontecia na minha vida era causada pelo fato da minha mãe ter ido embora. Não tive um adolescência fácil, ambiente escolar ainda me assustava, lembro de momentos marcantes da minha vida. Sinto minha mão gelar, a cada momento ali dentro eu comia centímetros da minha sanidade mental. Eu não podia estar tendo uma crise bem no dia da prova. Para tentar me acalmar me levanto do banquinho de madeira que estava sentada e tento dar uma volta para conhecer melhor o ambiente. Fui para o jardim do campus que por sinal era muito bem cuidado, puxei um pouco da energia daquela linda paisagem e voltei para fila de identificação para entrar nas salas de provas.

A prova começa e eu já quero desistir na primeira fase. No meu caso a primeira fase é escrever o meu nome. Mesmo com a prova em branco na minha mesa eu não consegui move-la. Estava paralisada e apenas perdendo tempo; olhava para os meus componentes e todos já estavam encarando a prova com muita velocidade enquanto eu apenas observava. Quando o tempo começa a passar eu começo a soar frio por ainda não ter começado a prova. Quando meu cérebro da um estralo consigo me concentrar um pouco e começar a ler algumas perguntas.

Eu começo a me desesperar mais ainda a cada momento que a mulher que estava supervisionado a sala avisa quando tempo faltava para essa maldita prova acabar. As minhas mãos estavam tão suadas que nem no lápis com precisão eu conseguia pegar. Era agonizante esse sentimento ruim que estava sentindo.

Calma Carlota, está tudo bem, é só uma provinha. Eu vou ficar tão chateada com o resultado dessa prova. Eu concerteza vou mal, não lembro quase nada, hoje vejo como eu deveria ter focado mais na escola do que na merda da minha vida. Passei anos na escola para chegar aqui e não lembrar de um terço que aprendi.

_ Bom alunos falta apenas vinte minutos para que todos aqui presentes sejem dispensados.

Eu só conseguia pensar : Eu não estou nem na metade da prova como vou terminar isso em vinte minutos. Minha redação estava péssima, não tinha passado nada a limpo, estava tudo na folha de rascunho e o meu gabarito ainda estava em branco. Nesse momento do campeonato minha vontade era correr daquela sala e chorar profundamente, a prova estava sendo um desastre.

Com rapidez passo todas as coisas para folhas originais e faltando cinco minutos para finalizar entrego minha prova junto com a redação. Minha respiração deu uma aliviada após sair daquela sala tóxica. Meus pensamentos automaticamente se organiza e as batidas do meu coração vai desacelerando.

_Como foi a prova Carlota ? - Falou Megan vendo eu entrar no carro.

_ Eu não quero falar sobre essa prova Megan. - Falei colocando o cinto.

Passei o caminho para casa em silêncio, olhando para as ruas agitadas de Nova York e refletindo sobre o como as vezes estamos rodiado de amigos mas estamos verdadeiramente sozinhos.

_ Tudo bem não passar de primeira Carlota. Eu não consegui de primeiro. - Falou querendo me ajudar.

_Não compare a sua história priveligiada com a minha. Se estivesse na sua pele as coisas seriam mais fáceis. - Falei saindo do carro.

Eu sei que não deveria ter falado assim com a Megan, mas estava tão chateada com toda situação que nem pensei nas consequência de uma palavra má direcionada.

É horrível fazer uma prova e seus amigos saberem. Todos esperam o melhor de você, sempre esperam que passe e no fim do dia comemore. Mas quando as coisas não saem como desejado é  desgastante ter que responde a mesma coisa para várias pessoas.

_Como foi a prova amiga ? - Perguntou Sarah com um sorriso de orelha a orelha.

_Eu não quero falar sobre isso. Foi horrível só isso que posso falar. - Falei entrando no meu quarto e me caindo nas lágrimas.

Eu passei o fim de semana todinho me lamentando por ser tão burra e não ter me esforçado mais. Foi um fim de semana bem difícil, tentava fazer tudo para esquecer o fato que no domingo sairia a minha  aprovação ou reprovação.

Passei o domingo inteiro com medo de entrar no site da universidade. No fundo eu tinha um pouco de esperança de ter passado. Rapidamente ligo o computador e navego no site da faculdade. Meu coração estava quase saindo pela boca quando apareceu o resultado.