O Amor não é obvio

Capítulo 29

Narrado por Megan :

_ Loba dorme aqui. - Falou Carlota saindo do banheiro usando apenas uma calcinha preta de renda.

_ Ual - Falei sem pensar vendo os lindos seios fartos e deliciosas que ela tinha. A junção com aquela calcinha preta que realçava o seu tom de pele claro estava me deixando molhada só de olhar. _ Quer dizer uai por que está pelada?

_Vou pegar a roupa que eu esqueci.

_ Não sei, essa cama é muito pequena para nós duas.

_Você vai dormir aqui sim. Amanhã já vamos para sua casa e em seguida para casa dos seus amigos.

_Tudo bem, já leva uma roupa de sair a noite pois no fim do dia vamos para um barzinho.

_ Tudo bem. Vou arrumar minha bolsa agora mesmo.

_ Você dorme só com esse blusão? - Perguntei pois sabia que seria difícil me conter a tanta beleza.

_Sim amiga, está muito calor. Eu vou pegar um blusão para você também - falou a mesma se levantando e procurando uma blusa para mim.

_Não precisa eu vou dormir assim mesma.

_Ah não Loba, de calça nesse calor não. - Falou fazendo bico.

_Tudo bem Carlota.

Fui ao toalete que ficava dentro do pequeno quarto da Carlota e me assustei com a bagunça que estava aquele banheiro. Ela realmente era o oposto d e todos os padrões que eu mesma criei para mim. Tudo nela me lembrava um antigo amor, amor esse que só serviu para me magoar, para me machucar.

_Eu vou para casa Carlota. - Falei seria.

_ Aconteceu alguma coisa ? - Falou sem entender nada.

_Não- Falei saindo sem explicar muita coisa.

Eu não sabia o que tinha dado em mim, talvez insegurança do meu corpo, talvez medo de estar caindo em um armadilha que eu mesma estou armando. Ela era tudo aquilo que eu não queria para mim, derrepente meus olhos são aberto e consigo ver que ela não seria algo a mais, nem nos meus melhores sonhos. Ela era muito para mim, ela vivia a vida intensamente, ela era muito bagunça para minha vida padronizada.

Pérola era como ela, cabelos jogados ao vento, sem muitas realizações de vida, vivia dia após dias e sobreviveria da melhor foma possível. Tinha uma energia que contaminava qualquer pessoa. Ela era sempre espontânea, desajeitada tinha um sorriso que brilhava e olhos difíceis de decifrar. Ela me tirava da realidade, ela fazia eu querer fazer coisas que nunca pensei em fazer. Com ela eu realmente topava tudo. Mas tudo que é bom um dia acaba o nosso amor não foi diferente.

No dia seguinte me permito acordar tarde, já não tinha grandes coisas planejada para passar o tempo. Carlota provavelmente não iria ir comigo para casa dos meus amigos já que tive um surto de realidade.

_Bom dia mundo. - Falo baixinho.

_Bom dia. - Ouço uma voz ecoar pela casa.

Me assunto quando vejo Carlota na minha frente, com aquele sorrisinho bobo. Ela conseguia acabar comigo só com aquele sorrisinho.

_O que faz aqui ?

_Nos vamos sair. Estou cansada de crises existenciais dos meus amigos. Então se arruma que nos vamos sair.

_ Até que para uma Pandinha você tá bem autoritária. - Falei rindo.

Eu queria conseguir ser seria com ela, queria conseguir pedir para ela sair e não voltar mais. Ela tinha alguma coisa que me prendia a ela. Eu faria tudo para ter aquele sorriso bobo em seus rosto.

_Vamos ? - Falo já pronta.

_Você vai de calça jeans preta nessa calor?

_Não gosto de saias nem de vestidos. - Falei abrindo a porta para irmos para casa da Amber e da Ayla.

O caminha fomos ouvindo algumas músicas antigas e jogando conversa fora. Em alguns minutos estávamos na casa das meninas.

_Então você é a famosa Carlota. - Amber atendeu a porta.

_ Famosa não, apenas Carlota. - Falou rindo.

_ Bom esses são meus amigos Carlota. - Apresentei o pessoal para ela.

_Muito bom poder estar aqui, conhecendo alguns amigos da Megan.

_Alguns não!!!! Os únicos. - Falou Alex rindo.

_Não liga para ele. - Cristal falou.

_ Vamos tomar alguma coisa -Diana levou ela para cozinha.

_ Ela é muito gata. - Alex falou.

_Sim ela é. - Falei um pouco desconfortável.

_ Que sorte a sua.

_ Que sorte a minha.

_ Loba olha essa bebida. - Falou me dando um copo de bebida alcoólica.

_Tá azeda Pandinha.

_ Olha esses nomes. Que gay. - Falou Cristal rindo.

_ Vocês são hilários. - Ela falou com as bochechas avermelhadas.

_ Cheguei família. - Ayla falou com algumas sacolas na mão. _ Eu não tô bem. - Falou sentando um aperto no coração ao ver Carlota.

_ O que foi amor ? - Amber saiu correndo ao ver a amada ter uma queda de pressão.

_Está tudo bem ? - Carlota perguntava sem entender.

Enquanto Carlota se divertia com Cristal e seus drinques eu fui para o quarto saber como Ayla estava após ver a grande semelhança entre Carlota e Pérola.

_ Por que você está fazendo isso com você ? Por que você está fazendo isso com a gente ? - Falou brava.

_ Eu não sei. - Foi A única coisa que em veio a cabeça.

Eu não sabia como explicar para os meus amigos que estava gostando de uma menina que era idêntica ao meu antigo amor. Eu estava tendo uma convulsão de tantos pensamentos presentes da minha mente. Eu queria poder me explicar mas só conseguia concordar com Ayla.

_ Amiga nas fotos não parecem tanto mas pessoalmente a semelhança é gritante. Como você achou essa menina ? - Amber perguntava curiosa.

_ No café aonde ela trabalha.

_Ela não tem nenhum parentesco com a Pérola ? Você já buscou saber sobre isso ?

_ Já falamos sobre algumas coisas voltada a sua família mais ela sempre desvia do assunto familiar. Mas pelo que busquei saber não são absolutamente nada, nem prima de terceiro grau.

_ Pelo menos isso você teve cabeça. Eu não quero olhar para cara dela. Ela me lembra a minha melhor amiga e isso é doloroso demais para mim.

_ Ayla tá tudo bem. - Amber tenta abraçando a amada.

_ Eu não sabia que você iria reagir assim. Eu vou embora com a Carlota. - Falei rápido.

_Não. - Amber falou com um tom de voz um pouco mais alto que o de costume. _ Elas ficam!!! A Carlota não tem culpa de nada. Você precisa superar isso, ela não é a Pérola  Ayla.

_ Está tudo bem aqui gente ? - Carlota entrou no quarto. _ Eu percebi que sua pressão caiu quando chegou aqui, deve ser por conta do calor. - Falou soltando um sorriso no final da frase.

_ Eu não consigo. - Falou Ayla

_ Ela está bem sim. - Falou Amber.

_ Só precisa ficar sozinha para pensar nas barbaridades que fala. - Falei olhando diretamente para Ayla.