#4 parte 3

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O caos estava instaurando no saguão do prédio. Todos estavam perto das catracas, os elevadores estavam interditados, e o burburinho era alto.

- John, o que aconteceu aqui? – Perguntei ao porteiro gentil.

- Um dos elevadores parou com uma pessoa dentro, então estão fazendo uma checagem rápida em todos.

- E as escadas? Não podem ser usadas?! – Meu tom era de humor puro, e ele riu.

- Claro que podem. Embora, acho bom lembrar que seu escritório fica no vigésimo sétimo andar. Mas fique a vontade!

Ele pediu licença para ir falar com a equipe de manutenção, e eu continuei escorada no balcão. Um homem que nunca tinha visto parou ao meu lado. Ele me olhou de cima a baixo algumas vezes, e eu comecei a ficar incomodada.

Antes que pudesse falar qualquer coisa, os elevadores foram liberados, e pudemos começar a subir para nossos andares.

- Eu estava com saudades da comida desse lugar! – Tônia falou encarando seu prato.

- Bom saber é só a comida que te faz vir até aqui... – Ela rolou os olhos e jogou um beijo no ar.

- Será que as mocinhas podem parar de discutir a relação, para falarmos sobre o que importa? – Murilo falou e olhamos para ele. – Que no caso é o nosso happy hour sexta.

- Prioridades, né?! – Ele concordou e eu ri. – Sexta eu não vou estar no escritório de tarde...

- Ah, eu me esqueci da sua viagem romântica com o Thomás! – Ele rolou os olhos e eu fiz o mesmo.

- Mas nós não teremos viajem nenhuma... – Carine começou a falar.

- De fato, devemos encerrar o expediente mais cedo inclusive! – Murilo falou e Carine concordou. – Mas e essa viagem, Laura... Será que ele vai te pedir em casamento?

- Não! – Respondi rindo. – E mesmo se ele fosse, como eu saberia?

O resto do almoço passamos conversando sobre coisas banais, e rindo de tudo que falávamos. Depois de terminarmos de comer, fomos pagar a conta. Em uma mesa próximo ao caixa, o mesmo cara de hoje cedo estava sentado.

- Mu, você conhece aquele cara sentado sozinho naquela mesa bem ali?

- Não, por quê?

- Nada... É que a segunda vez que encontro ele hoje. E ele me pareceu um tanto estranho.

- Deve ser só alguém esquisito, que está trabalhando por aqui.

Dei de ombros, voltamos para o escritório e Tônia foi para o seu trabalho.

"É uma pena que seu carro esteja na revisão... Vou ter que fazer o sacrifício de te buscar, e te levar para jantar..."

Dizia a mensagem que recebi do Thomás. Foi impossível não sorrir.

"Você é um idiota. Mas eu aceito a carona. E o jantar também. Me pega as 19h, e não se atrase!".

Respondi em seguida e larguei o celular para conseguir trabalhar em paz. As 19h em ponto, Thomás avisou que me esperava no estacionamento. Assim que entrei no carro, ele me deu um beijo rápido antes de começar a dirigir.

- Você já arrumou sua mala? – Ele buscou minha mão para segurar enquanto dirigia.

- Ainda não. Vou fazer isso amanhã. – Encostei minha cabeça no banco. – Você vai para o escritório sexta cedo?

- Não, vou trabalhar de casa. Eu passo para te pegar ao meio dia, para almoçarmos e pegarmos a estrada.

- Você não vai me falar para onde vamos?! – Ele negou com a cabeça sorrindo, e eu fiz o mesmo. – Ok, eu acho que posso viver com isso. – Ele concordou e deu o assunto por encerrado.

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⏰ Última atualização: Sep 24, 2020 ⏰

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