Narradora pov.
S:Como assim Nat? Oque você quer me contar?
N:Eu já devia ter te contado antes, mas falar disso ainda me dói muito. Mas não posso mais adiar.
S:Adiar oque? Oque você precisa me contar e agora?
N:Vem vamos sentar.
Natasha o leva até uma poltrona, e puxa uma cadeira para que ele sente. Ele o faz e ficam lado a lado.
N:Me escuta, vou te contar e depois você pode fazer qualquer pergunta que quiser.
Ele afirma e Nat respira fundo antes de começar.
N: A certa de um ano eu fiquei com um cara e acabei engravidando. Quando meus pais descobriram foi um baque. Meu pai queria que eu tirasse a criança, pois não queria a filhinha dele sendo falada na cidade, por ser mãe solteira de um homem que nem sabe quem é, estragaria o nome da família na cidade e os negócios dele. E minha mãe ficou ao lado dele. Mas eu não tinha coragen de fazer aquilo, de tirar a vida de um inocente, que sairia de mim ainda por cima. —Ela coloca a mão sobre a barriga lisa, e segura para não derramar nenhuma lágrima.
N:Eu disse que não abortaria. A única coisa que passou na minha cabeça foi adoção. Minha prima me apoiou em tudo como sempre. E decidimos que eu passaria o tempo da gestação fora. Em um convento, lá as freiras me ajudariam no que fosse preciso e como lá era um orfanato, meu pai organizou tudo e meu bebê ficaria lá de uma vez. Na cidade foi falado que eu tinha ido fazer uma viagem para estudar dança.
N:Lá eu me isolei mas também conheci pessoas e crianças incríveis. — Sorriu ao lembrar de Lucas. —Mas cada dia que passava minha filha fazia mais parte de mim. Hill sempre que podia ia me visitar, meus pais também, mas eu cineversava mais com mamãe. E chegou um momento que eu percebi que não conseguiria deixá-la pra trás. Prometi que cuidaria dela sempre. Quando dançava ela se agitava toda em mim, e passavamos muito tempo conversando e aprendiamos varias coisas com as madres. Mas quando estava quase na semana dela nascer eu senti dores muito fortes, entrei em trabalho de parto. Sorte que tinha uma parteira lá. Eu fiz muita força mas não foi o bastante e eu desmaiei.
Algumas lagrimas escorreram e Steve se prontificou a seca-lás rapidamente. E segurou as duas mãos dela e beijou.
S:Amor, não precisa continuar se você não quiser. Está tudo bem.
Ela assentiu, e respirou fundo outra vez.
N:Eu vou contar tudo Steve...Quando eu acordei Hill estava no quarto eu perguntei oque tinha acontecido. E ela me contou que ela havia nascido morta. Minha bebê não tinha resisto, eu não tinha conseguido trazer ela ao mundo. E foi como se meu coração tivesse parado e entrei em estado de negação no início, e depois eu não tinha vontade de nada. Minha filha tiha levado com ela toda minha alegria. Voltei pra casa mas nada mudou. Hill ia pra lá quase todo fim de semana. Eu entrei em depressão.
Natasha estava chorando a essa altura .
S:Ei amor, vem cá. —Ele a puxou para um abraço e Natasha chorou mas depois se afastou e voltou a falar.
N:Foi ai que ela me chamou pra morar com ela aqui em NY. Não queria no início mas seria o melhor pra mim.
N:Enfim. Hill me incentivou a doar meu leite...
Ele me olhou confuso.
S:Nat...
N:Isso que eu quero te falar, agora Helena está aqui, precisa e EU posso ajudar ela. Se você quiser é claro, posso doar o leite pra ela. Eu tiro com a bombinha e pronto.
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Minha cura ~ Romanogers
ChickLitPara não estragar a imagem da família perfeita,após descobrirem que a filha Natasha Rmanoff está grávida e solteira,colocam o bebê para adoção contra vontade, que entra em depressão e decidi se mudar para Nova York pois não aguanta conviver com os p...