Minha cura ~ Romanogers

Capítulo 78

NATASHA

Ainda estou no carro no carro, não tenho ideia de quanto tempo se passou, em frente a casa da irmã da Irmã Carmen, nenhuma lágrima eu derramei mais. A conversa foi breve e ela basicamente me confirmou tudo e quando a questionei sobre o episódio do supermercado onde ela achou que Helena era minha filha ela disse ter se confundido e que eu tive realmente um menino, mas que Sharon não mentiu, Carmen ia contar como meu filho nasceu pequeno, mas antes que ela entrasse nesse assunto e aí sim eu sabia que não conseguiria segurar as emoções dentro de mim a interrompi.

Estou em completa confusão dentro de mim, não sei se meu peito se enche de alegria, por saber que meu bebê o anjo que eu sempre pensei ser uma menininha na verdade é um menino, os pensamentos de como ele pode ser, seus olhos devem ser verdes? Mas podem ser azuis também pois na minha familia se tem os dois, me pergunto se ele esta sendo bem cuidado... Mas um repúdio se apossa de meus pensamentos também  ao pensar no meu pai se é que posso chamá-lo assim, como ele teve coragem de fazer isso? Porque? Meu filho não tinha e nem tem culpa de nada mas mesmo assim foi separado de mim, de todo apoio e amor que ele receberia.

Ligo o carro e as pressas pelas ruas de New York, seguindo depois a rodovia em alta velocidade, mas não me importo e quase em tempo recorde mas justificado pela velocidade que coloquei na pista estou em frenfe a minha casa, mas não vejo aqui mais como um lar, meu verdadeiro lar é em outro lugar com outras pessoas.

Toco a camapinha e olhando meu relógio ja é hora do alomoço, então provavelmente estão em casa, que pena estragar o momento tranquilo e agradável...sorrio de lado ,vai ser um prazer estragar a tranquilidade dele. Quem abre a porta é Maria, posso ver a confusão em seu rosto.

M:Menina Nat?? Oque? Quanto tempo? Seus pais estão no almoço, entra.

N:Boa tarde Maria, e não precisa anunciar nem nada sei o caminho. — Passo por ela reto e não respondendo a nenhuma das suas perguntas. Quando chego na sala de jantar ,eles estão sentados no lugar de sempre. Não demora ambos notarem minha presença. —Ops! Não queria atrapalhar o momento dos senhores perfeitos da cidade, alias a nova prefeita não é mesmo? Ivam, quer papai, já esta mandando em tudo como sempre quis?

I:Natasha? Você...

Lisa: Filha, querida quanto tempo e que modos são esses?

N:Achou rude foi? Então nem imagina oque seu marido me fez. —Meu tom é baixo porém firme.

Minha mãe já estava de pé e depois do que eu disse ele se levanta também.

I:Natasha, filha...

N:NÃO! Não me chame assim! Eu sei de tudo, como você pode? COMO??

I:Voce esta alterada vamos conversar no escritório por favor.

N:Não quer que ninguém ouça não é mesmo? Eu poderia muito bem fazer um escândalo! Mas vamos assim pode me responder algumas perguntas.

Saio sem mesmo esperar por ele, entro no escritório e não demora a porta se fecha. E esta os   dois, Ivan vai pro lado da sua mesa e mamãe se senta num sofá.

N:Bom se você deixou ela vir, então ela vai poder saber. Ou será que ela sabe? Você contou pra ela oque foi capaz de fazer?

I:Natasha.

N:Ou será que sou a única enganada mesmo?

I:Natasha do que esta falando? Você não parece mais nossa Nat.

N:Só porque eu estou confrontado vocês?? Porque eu não estou abaixando a cabeça como sempre fiz?

Passo a mão nos cabelos e os prendo nun coque antes de continuar.

L:De que você está falando filha.

N: Desse monstro!! Até onde Ivan? An? .Até onde você é capaz de ir para manter as coisas bem aqui.— Abro minha mão e aponto o indicador. —Na palma da sua mão? Não foi assim a minha vida toda? Você sorrateiramente controlava tudo, eu minha mãe..Você não suporta perder as rédeas da situação. E como se não bastasse, para manter sua imagem você foi capaz de coisas baixas, de pessoas que não tem coração, me fala...

Me apoio na mesa ficando bem de frente a ele.

N:Me diz como você consegue dormir? Como você deita a cabeça na porra de um travesseiro sabendo que foi capaz de mandar matar uma criança, UM BEBÊ IVAN? O MEU FILHO!! Você teve a capacidade de mandar a Sharon como ela mesmo disse "dar um fim" no meu filho,o seu neto. Por acaso não passou pela sua cabeça minúscula que ela era , você nao tinha. VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO! VOCÊ NÃO TINHA A PORRA DO DIREITO DE TIRAR O MEU BEBÊ DE UMA MÃE, AINDA MAIS QUANDO ELA É SUA FILHA!!

Fiquei em silêncio para tentar me acalmar. E eles também não falaram nada.

Um soluço é ouvido e não sou eu que estou chorando, quando me viro minha mãe está secando os olhos mas ela parece calma ao mesmo tempo.

L:Filha, seu pai. Não faça isso, ele tinha os....

N:Não me fale que ele tinha seus motivos, pois isso não justifica ele tirar de mim algo que não o pertencia. Ele era meu, eu não devia nunca ter aceitado a ideia estúpida de me esconder, era vergonha não é que você sentia de mim? Eu deveria ter acordado a tempos e assim que decidi ficar com meu filho te enfrentado.  Mas você ainda influenciava minha mente. Eu ainda achava que você era quem eu sempre achei que fosse. Um espelho, meu herói.

N:Engraçado, você não está muito surpresa. NÃO.  Não me diga que você já sabia de tudo.  —Ela apenas abaixa a cabeça.  — Você é mãe, você viu o quanto eu sofri. Isso fudeu com a minha cabeça!

Me viro pros dois o semblante de Ivan e normal.

N:Vocês não tem, não noção o quanto essa perda quebrou meu psicológico.  Eu colho os pedaços até hoje, você viu .Você viu eu entrando em depressão! Vocês viram!

L:Natasha, filha, ele teve os motivos dele...

N: Vocês sabiam que eu já tentei me matar? — Me encosto na mesa e olho os dois que estão no sofá. — Eu não queria viver sem ele, doía demais...

Antes que eu gatilhe me interrompo.

N:Mas sabe de uma coisa? Você não conseguiu, você fracassou Ivan.  Sharon não matou meu filho, ele esta em algum orfanato em Cliveland, e eu vou encontrar ele, nem que seja a última coisa que eu faça.

I:Filha eu não....

N:Não termine! E NÃO ME CHAME DE FILHA! VOCÊ NÃO É MEU PAI, VOCÊ É UM MONTRO QUE ME ENOJA. NOJO! E você Lisa, eu tenho pena por ser prisioneira das chantagens e jogadas psicológicas desse homem. — Saio e antes de bater a porta digo. — Podem esquecer que tem uma filha, porque agora eu tenho uma vida lá, pessoas que me amam, e outro filho, mas issk não dizem mais respeito a vocês.

Parece que um peso saiu das minhas costas quando saio dali, mas ainda tem muita carga que eu preciso me livar. Entro no carro e diferente da forma que vim dirijo devagar, não tenho pressa. Tem muita coisa aqui dentro ,mas estou em estado de choque, meu corpo esta levemente trêmulo quando paro o carro em frente a escola de dança. Hoje é o dia que fechamos mais cedo, e como já anoteceu não tem mais ninguém, só então me lembro de lucas. PORRA. O celular quase descarregado tem várias mensagem de Steve e Hill também ligou.

L:Natasha?!

Passo reto por Laura sozinha no Studio mas ela nada pergunta, deve ter estranhado mas não disse nada, fui até a maior sala esoelhafa. O som é alto e após colocar as sapatilhas de ponta e no automático a dança fluir dentro de mim, não sei quanto tempo estou ali mas meus pés doem ,mas eu preciso sentir, quero por pra fora a culpa que estou sentido.

A voz de Steve entra em meus tímpanos, mas estou muito compenetrada, ele parece gritar, tento me concentrar para ouvir sem mesmo parar.

S: Você não tem responsabilidade Natasha! Eu te procurei o dia todo!

Mas tudo está longe, meu rosto está molhado, estou chorando?

🌼🌼🌼🌼

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