03 - Endorfina.

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Grace

Holmes Chapel, 10 de Junho de 2017.

— Eu preciso levá-la a um lugar. — Harry diz assim que entramos em sua carro em frente à casa sua mãe.

— E onde seria? — encaro curiosa.

— Você está com fome? — ele joga sua atenção em dar marcha ré no carro.

Harry fica tão sexy quando está de lado, enquanto seu maxilar se move com o chiclete de canela em sua boca. Deus. Ele é o próprio pecado.

— Isso importa?

— É claro que importa, preciso decidir qual caminho irei fazer primeiro. — seus olhos verdes esmeraldas são jogados em encontro dos meus.

— Então, há mais de um, lugar. — enrolo minha resposta, com um certo receio.

— Grace. — murmuro algo antes de rirmos. — Vamos, você está faminta?

— Não.

— Ótimo. — ele murmura.

— Vai me contar onde estamos indo?

— Não.

— Você vai me sequestrar, Styles?

— Bem que não seria uma má ideia. — ele coloca sua mão direita em minha coxa esquerda e a aberta logo em seguida. — Mas não. Ainda.

Harry tem o seu olhar de sínico provocador, um gosto que eu gosto de provar todas as vezes. Quando nos provamos hoje pela manhã, com suas mãos tampando minha boca, tentando ser o cara mais calmo possível para não fazer nenhum barulho e, porra, a sua feição estampada, não parecia ser a melhor coisa que eu veria esse fim de semana. Seu rosto suado, com algumas mechas caídas grudas em sua testa, seus olhos vidrados nos meus, ele em cima de mim, minhas unhas arranhando suas costas, minhas coxas em sua águia, minha boca na sua. Sinto que nós poderíamos queimar no paraíso.

Quanto mais Harry vai avançando pela pequena vila, mais posso sentir a tesão em seus dedos com o atrito do couro do volante, enquanto sua mão esquerda permanece em minha coxa. Ao admirar a vista pelas janelas, fico cada vez mais impressionada com a calmaria. Uma típica cidade do interior da Inglaterra. O céu azul, e o sol radiante na tarde de verão inglês, soa tão perfeito. Ontem quando chegamos nessa pequena cidade, o céu estava escuro, não pude ver a graça que era. Harry não poupou os adjetivos quando a descrevia, é uma cidade realmente bonita.

Consigo ouvir o barulho agradável de água, numa pequena correnteza, ao visualizar, o que parece ser um riacho. Os primeiros acordes de Landslide ressoam nas caixas de som do Jaguar, soam como um susto repentino. Sinto Harry apertar minhas coxas enquanto deixa escapar sua risada.

— Deus, eu amo essa música. — aumento o volume do rádio, e no mesmo instante, Harry para o carro, me surpreendendo. Estamos no meio do nada.

— Eu sei, eu também. Ficaria aqui para escutar com você mas, chegamos. — ele coloca seus óculos de sol e logo sai do carro.

— É aqui? — olho ao redor enquanto bato a porta do carro.

— Não, temos que pular um portão primeiro.

Ele só pode estar de brincadeira.

— Pular um portão? — repito suas palavras colocando minhas mãos sobre meu rosto para me proteger dos raios de sol. — Nós vamos invadir uma propriedade? — meus olhos fitos em seu rosto enquanto ele ri, como se fosse engraçado.

Westminster Bridge | h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora