E eu que pensei que teria um final de semana de paz e tranquilidade, acabei me enganando. Agora, estava enlouquecendo por uma mulher que me menospreza sempre que tem a chance de fazê-lo.
"Talvez isso seja castigo, pelo meu comportamento com as mulheres com as quais me relacionei. Só pode!", penso ao levar minha xícara de café ate os lábios e sorver um grande gole da bebida.
Faço uma careta de dor ao queimar a língua com o líquido quente.
— Merda!
Rapidamente, levanto-me da cadeira, dou a volta na mesa, indo em direção a pia da cozinha. Pego um copo e coloco água, depois bebo um pouco para aliviar a queimação.
"Bem feito, fica aí pensando em Amanda", zombou minha mente.
Eu não conseguia tirá-la da minha cabeça. Amanda começou a invadir meus sonhos, meus pensamentos ao longo do dia. O mais bizarro era que eu havia conhecido ela a apenas quatro dias e Amanda já estava conseguindo tumultuar minha vida.
Sinceramente, não gostava nenhum pouco disso. Eu sempre tive o controle de tudo. Bem, pelo menos era o que eu achava até conhecê-la. Ela me deixava confuso... perdido...sem saber se estou indo na direção certa ou não.
Ontem quando lhe enviei uma mensagem com meu endereço, para conversamos hoje sobre o emprego, ela não me respondeu. Então, fiquei me perguntando se ela aceitaria o trabalho?
Honestamente, pela nossa última conversa já não estava mais tão certo quanto a isso.
Amanda, estava com um pensamento totalmente equivocado a respeito da função que exerceria como minha secretária. Para ela, eu pretendia fazer uma troca: sexo por trabalho.
Era evidente que eu a queria, mas não usaria esse tipo de método desprezível para ter o que quero. Saber que ela pensava isso de mim me atingiu profundamente.
Neste exato momento, meu celular vibrou sobre a mesa, interrompendo meus pensamentos. Ando até lá e assim que o telefone, deslizo o dedo na tela para desbroqueá-lo, vejo que era uma mensagem de Amanda.
"Ela não morre tão cedo"
Trato logo de ler à mensagem.
"Desculpe-me só responder agora. Estarei aí às 16h"
Aí estava a resposta para minha pergunta. Ela não havia desistido do emprego. Admito, isso me deixou muito contente.
"Tudo bem. Até mais tarde."
Respondo sua mensagem e me dirijo até o sofá para pegar meu paletó. Começo a vesti-lo, mas a voz de Marisa ou Nãna, como costumo chamá-la, me fez parar e girar para encará-la.
— Ei, meu filho, que horas você volta do trabalho? — Ela entrou na sala carregando um cesto com toalhas.
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Meias verdades... (Quadrilogia Mulheres Negras - Livro 3) (PAUSADO)
RomanceAmanda Martinez, viveu grande parte de sua vida em lares adotivos, onde passou por momentos difíceis, até descobrir que possuía uma meia-irmã. E quando achava que sua chance de saber o que é de fato ter uma "família" havia finalmente chegado, ela se...