CAPÍTULO 3

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Tento abrir meus olhos fazendo um pouco de esforço. Meu corpo parecia estar dormente, minha perna formigava enquanto minha barriga se revirava por conta de uma suposta fome.

Com esforço eu consegui abrir meus olhos por completo, mas minha vista ainda está embaraçada fazendo com que as únicas coisas que eu fui capaz de ver foram borrões.

Ainda enxergando apenas borrões, eu percebi que eu estava deitado em um tipo de cama azul. A cama era uma cama de solteiro e ela era macia. Minha perna aos poucos parava de formigar e eu agradecia á isso mentalmente, já que eu não estava com forças nem para falar.

Meu corpo parecia estar tão fraco quanto o corpo de uma pessoa que passou meses sem ver comida. E algo parecia me dizer que isto realmente aconteceu com minha pessoa. A minha barriga implorava por algum alimento, minha cabeça latejava.

Por mais que o lugar onde eu estava fosse desconhecido, eu não queria fazer esforços para sair daquele lugar. Eu estava tão cansado que eu poderia dormir por anos.

Felizmente, minha vista foi voltado aos poucos. Enquanto eu sentia a minha vista finalmente voltando ao normal, eu abria e fechava os meu olhos repetidas vezes na tentativa de acelerar o processo. Meus olhos agora estavam abertos e minha vista tinha voltado por completo.

Eu encarei o lugar onde eu estava presente por algum tempo, e quando eu percebi onde estava eu tentei puxar forças do meu interior para tentar chamar alguém. Minhas forças estavam praticamente esgotadas, e a fome que estava presente não ajudava em nada.

Eu fechei meus olhos, e esperei alguns minutos em silêncio. Após alguns minutos com os olhos fechados, a minha força parecia ter sido restaurada, e para a minha felicidade, eu consegui finalmente falar algo, chamar alguém para me ajudar.

— En-enfermeira... — infelizmente, o meu tom saiu mais como um sussurro. Eu sabia que ninguém iria ouvir caso eu continuasse chamando neste tom. Então eu respirei fundo, e forcei minha garganta o máximo possível. E o resultado foi melhor do que eu esperava. — ENFERMEIRA.

O meu tom saio perfeito para alguém ouvir, e eu me alegrei por isso. Mas toda a minha alegria foi embora quando se passaram cinco minutos e sem sinal de alguma enfermeira, ou de qualquer funcionário.

O hospital estava tão silêncioso que eu era capaz de ouvir meu coração batendo dentro da minha caixa torácica. A única coisa que eu era capaz de ouvir vindo do hospital era algo parecido com um... Bebê chorando.

O suposto bebê chorava sem parar, mas o barulho era baixo, fazendo com que fosse quase imperceptível. Fazendo esforço, eu consegui chamar a enfermeira mais uma vez, mas o resultado foi o mesmo do que o anterior.

Ninguém aparecia, e eu achava isso uma total falta de profiçionalismo. Quando se tem um paciente em coma, você têm que estar o acompanhando 24h por dia. Sem levar em conta a minha fome que estava tão grande quanto o monte Everest.

Como algum hospital pode cuidar de um paciente tão mal deste jeito ? Eu prometo que quando sair deste hospital, a primeira coisa que eu irei fazer será proçessa-los. Eu não gosto de aparecer na mídia fazendo coisas ruins, mas isso é necessário. E se fosse alguma criança que estivesse nesta situação ? Isso é algo indesculpável.

Já que ninguém iria aparecer, eu resolvi eu mesmo sair deste quarto. Minha energia ao longo do tempo eu que eu estou acordado, acabou voltando um pouco. Ainda estou fraco, mas não tão fraco quanto antes.

Com esforço, eu me sentei na cama. Havia uma agulha ligada ao meu braço, e a agulha estava ligada a um fio que se ligava á um saco de soro vazio. Balancei minha cabeça negativamente, vendo a incompetência deste hospital. Em um movimento rápido, eu arranquei a agulha que havia em meu braço.

Ao Cair da noite. ( Romance gay )Onde histórias criam vida. Descubra agora